Etron Fou Leloublan

A música do EFL é minimalista, esparsa; porém energética e emocional. Um tônico revigorante para aqueles cansados da mesmice da música pop.

por Bento Araujo     23 fev 2016

Essa incrível e curiosa banda foi fundada em 1973 pelo saxofonista e ator Chris Chanet, cujo verdadeiro nome é Eulalie Ruynat. Cinco anos mais tarde o Etron Fou Leloublan entraria para a história da música de vanguarda graças a sua aparição no primeiro festival de Rock in Opposition (RIO) em Londres, em março de 1978, ao lado de outros nomes como Univers Zero, Stormy Six, Samla Mammas Manna e Henry Cow – ou seja – “as cinco bandas de rock que as gravadoras não querem que você escute”.

O primeiro show deles aconteceu também em 1973, quando abriram para o Magma, de Christian Vander. O intuito deles desde o início? Dar uma sacudida na estagnada cena de rock e de jazz da França.

O primeiro álbum, Batelages, saiu somente em 1976 – e, quando chegou às lojas – Chanet já havia se mandado. Permaneceram no EFL o baixista Ferdinand Richard e o baterista Guigou Chenevier. Para o posto de Chanet veio Francis Grand, que gravou com eles o álbum Les Trois Fous Perdégagnent (Au Pays Des…). Depois de um segundo festival RIO, dessa vez em Milão, foram tocar nos EUA, onde em Nova York gravaram o disco ao vivo En Public aux Etats-Unis d’Amérique.

Depois de mais mudanças na formação, gravaram com Fred Frith, e inclusive aparecem em seu álbum de 1981, Speechless. Claro que o guitarrista do Henry Cow aprovou e, em troca, produziu e tocou em duas faixas do próximo álbum do EFL: Les Poumons Gonflés, lançado em 1982 e considerado o melhor pelos fãs do conjunto. Lançaram mais dois álbuns nos anos 80: Les Sillons de la Terre (1984) e Face Aux Éléments Déchaînés (1985). Em 1986 estava tudo acabado.

A música do EFL é minimalista, esparsa; porém energética e emocional. Um tônico revigorante para aqueles cansados da mesmice da música pop.

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