Como funcionava uma loja de discos nos anos 70?

Assista ao filme que mostra a Tower Records em 1971

por Ricardo Alpendre     02 out 2014

Quer ter uma visão de como é o céu? Ou, pelo menos, algo bem parecido? Uma filmagem em película de 16 mm, feita em 1971 na loja Tower Records da Sunset Strip, em Hollywood, foi divulgada na internet.

As imagens foram realizadas por Darrell Forney, professor da Faculdade de Sacramento, cidade na qual a Tower tinha sua sede desde 1960.

A unidade em questão, que funcionava em Hollywood há apenas um ano, aparece nos dez minutos de filmagem provavelmente em seu auge, em uma noite qualquer da semana. Funcionários desembalam LPs, empilhando-os entre os corredores de prateleiras; pilhas e pilhas de All Things Must Pass, de George Harrison dividem espaço com o público.

LPs de Elton John, Rare Earth, Paul McCartney, Iron Butterfly, Chopin, Brahms… O mundo da música estava naquelas gôndolas, entre consumidore292929s e cartazes de cartolina chamando atenção para as ofertas, com seus grandes números desenhados a mão. O vídeo é sonorizado com “Thank You (Falettinme Be Mice Elf Again)”, com Sly and the Family Stone, e “Me and Bobby McGee.” Na voz de Janis Joplin. Discos dos dois artistas também têm destaque no filme.

A seção de cartuchos de 8 pistas (os chamados 8-tracks) é mostrada como algo para um público específico.

O entra-e-sai de gente, a fila do caixa, os LPs sendo colocados nos envelopes da Tower, tudo é capturado com muito estilo com a câmera de Forney, documentando um pedaço importante da história da rede, fechada em 2006, e do próprio mercado fonográfico.

  1. gilson dee

    Tive a oportunidade de conhecer as Towers de NY e Chicago…imensas, com varios andares cheios de vinil, cd, camisetas de bandas e afins. Ai chegou o MP3 e essas lojas comecaram a fechar…Me lembro de ter ate chorado quando a Tower da Broadway fechou…Eu costumava marcar encontros na frente da loja… ;(

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  2. Ricardo Cumer

    Na Rua Augusta, na direção dos Jardins, ficava tambem a Cash Box Sonoplan, uma loja pequena, porem, cheia de discos importados e, logo acima, a Hi Fi, um pouco maior, com uma grande variedade de preciosidades…
    Depois de passar nas duas lojas eu ia à pé até o Conjunto Nacional numa lanchonete onde tinha uma Jukebox e botava pra rolar David Bowie, Alice Cooper e outras feras…
    Época maravilhosa…

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  3. antonio carlos pereira da silva

    Assim como nunca vamos ter na terra uma banda igual aos beatles,infelizmente tambem nunca mais teremos uma loja do bom e velho vinil como essa,era-mos pessoas mais felizes mas não nos dava-mos conta disso,a busca do ser humano por modernidade e tecnologia nos torna cada vez menos humanos,penso quantos clientes e funcionários se sentiram triste ou choraram quando ela fechou, uma parta de parte da vida de cada um também,adeus tempo que não volta mais:

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  4. antonio carlos pereira da silva

    saudades das boas lojas de vinil espalhadas por esse brasilzão,um tempo que não vai voltar mais,perdemos a inocência de ver como era bom esse tempo,fica só a saudade.

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  5. Marco tulio

    Caramba, os caras eram totalmente sem noção, empilhando lps de forma totalmente errada, podendo causar empeno e arranhados, vi um que pegou uma pilhas de uns 20 discos e simplesmente os jogou em cima de outra aaaffff!!
    Mas achei muito legal a loja, bela filmagem que foi coroada ao som da música maravilhosa de Sly & Family Stone….eu queria ter nessa época uns 20 anos e morar ao lado da loja, seria demais !!

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  6. Jorge Luiz

    Aqui em Curitiba, tínhamos excelentes lojas, que verdadeiras “ilhas de sonhos”. Nos meses que antecediam o natal, ficavam abertas até altas horas e as pessoas enlouqueciam, gastando o “décimo terceiro” e engrossando as filas de ônibus, para retornarem as suas casas. Apenas para recordar as Lojas em Curitiba, algumas, cito algumas: “Cash Box”, “A Musical”, “Rei do Disco”, “Bruneti Discos”, “Ponzio Discos” e uma em especial que era a minha favorita – “Sartori Discos” onde encontrei magicamente em 1974, um compacto da cantora “Joelma Giro”, contendo a música “Só Para Mim”. Esta música marcou minha adolescência e a procurei por anos!. Literalmente, foi um anjo vestido de garota que me atendeu e que encontrou o compacto, tirado de uma caixinha mágica, perdida no fundo de um balcão. Depois disto, desapareceu como se nunca tivesse existido!

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