A volta do flexidisc

Com a volta do vinil, até o amaldiçoado flexidisc está novamente no mercado

por Radames Junqueira     03 ago 2015

FlexidiscNa União Soviética da década de 60, eles eram usados como veículo de propaganda comunista. Nos anos 80, serviram de marketing promocional do pós punk e também vinham encartados como brindes em revistas de música e instrumentos musicais. Podiam conter um single do momento ou mesmo uma aula de guitarra. Falo do flexidisc, um disco que se assemelha a um compacto de sete polegadas, mas ao invés de ser prensado em vinil, é prensado em plástico flexível.

O formato parecia completamente esquecido até 2012, quando Jack White (quem mais?) encomendou mil flexidiscs de seu então novo single, prendeu-os a balões azuis de gás hélio e os soltou ao céu de Nashville, onde atua a sua Third Man Records. Logo bandas como Blur, Foo Fighters e Run DMC estavam seguindo os passos de Jack, lançando flexidiscs para o Record Store Day. O furor aumentou ainda mais no ano passado, quando uma máquina de prensar flexidisc foi transportada de navio de São Francisco para Praga, adquirida por Tom McFaull, da Pirates Press, a maior fábrica de LPs da Europa atualmente.

A mania do flexidisc pela Europa e pelos EUA trouxe também de volta ao imaginário popular a saudosa publicação britância Flexipop!, que atuou de 1981 a 1983, e trazia de brinde em cada edição um flexidisc com gravações e amostras sonoras dos artistas abordados. Uma compilação dos melhores artigos da publicação está sendo lançada em formato livro, sob o nome de Flexipop! Obviamente, o livro vem acompanhado de um flexidisc exclusivo, prensado na Pirates Press.

Saiba mais sobre o livro acessando flexipop.com.

  1. walter carvalho

    Volta do vinil ??? Onde ??? Não é bem assim néan !! Hoje só achamos esses discos em lojinhas especializadas e a preços exorbitantes e totalmente fora de nossa realidade (R$90,00 a R$120,00), e se me lembro bem, na era dos lps, antes mesmos dos cd’s ganharem o mercado, os preços dos bolachões variavam na faixa dos R$25,00 a R$30,00….portanto, esse negócio de “o vinil está de volta” pra mim nunca colou, e esse fato jamaaaaiiiisss vai acontecer…ou seja, isso é utopia purinha!!

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  2. Tiago Marion

    Eu nao entendo porque os novos lancamentos em vinil custam tao caro. Na America do Norte um lancamento em disco de vinil nao sai por menos de $25 dolares (isso quando esta MUIIITOOO barato) enquanto o mesmo lancamento em CD fica na casa dos $17 dolares.

    A volta do vinil eh interessante, pois da um gas na industria musical, mas eu ainda prefiro de goleada o CD.

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  3. Rodrigo Otavio

    Também não concordo com esse oba-oba em torno da volta do vinil. Se você não tiver um aparelho com excelente qualidade de reprodução (o que custa uma boa grana) não adianta nada, sem falar no fato da manutenção, o que obriga o infeliz colecionador a ficar de tempos em tempos lavando o bolachão, e haja tempo nos dias de hoje para ficar fazendo faxina em vinil! Além disso são caríssimos, apesar da boa qualidade, e na minha opinião só vale a pena se você já possui uma coleção apreciável em qualidade e quantidade e queira somente completá-la aqui e ali com alguns relançamentos e novidades que eventualmente surjam. Podem falar o que quiser, mas o preço do CD caiu a preços aceitáveis, e muitas raridades que você não encontrava em vinil hoje são lançadas com relativa frequência e com versões remasterizadas, com muita qualidade. Quando o bolso começar a ficar vazio com tantas compras de vinil, essa “moda” vai acabar, pode ter certeza.

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