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Truckfighters

Rio de Janeiro recebe lenda do stoner rock

por Radames Junqueira     16 Maio 2016

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O Rio de Janeiro está na rota da turnê sul-americana do power trio sueco Truckfighters, referência mundial do stoner rock há 15 anos em atividade e uma das bandas favoritas de Josh Homme, fundador do icônico Kyuss e do cultuado Queens of the Stone Age. O show na capital carioca acontece nesta terça-feira, 17 de maio, a partir das 20 horas, no Teatro Odisseia. O evento na Cidade nada Maravilhosa – com produção da Abraxas em parceria com a produtora gaúcha Rock City (responsável pela realização da turnê) – ainda terá suporte das bandas Barizon (Rio de Janeiro) e Fuzzly (Mato Grosso).

Esta é a segunda turnê do Truckfighters no Brasil, mas a primeira vez que passa pelo Rio de Janeiro. A banda debutou por aqui em 2012 e, desde então, os suecos contabilizam shows em outros tantos diferentes países e apresentações nos principais festivais da Europa e dos Estados Unidos.

O Truckfighters tem bagagem respeitável na cena musical mundial. Precursores do stoner rock europeu com quatro álbuns lançados, o power trio sueco é milimétrico em dosar riffs empolgantes com certeiros efeitos do fuzz em canções que vão do rock progressivo ao metal e ainda com pitadas do alternativo. Este é o caldeirão em que ferve “Universe”, o último registro da banda, editado em 2014, cuja sonoridade autêntica e elétrica torna uma apresentação dos suecos ainda mais interessante e imperdível.

No ano passado, o trabalho do Truckfighters repercutiu positivamente no Wacken Open Air, na Alemanha, um dos maiores festivais de rock do mundo. O show do trio sueco agitou centenas de pessoas no Headbangers Stage, que foi transmitido ao vivo pelo canal oficial do requisitado festival.
Para o show desta terça, o Truckfighters terá companhia do eterno e sempre imponente Barizon, que está em turnê de retorno aos palcos após um ano parado, e uma das bandas de stoner rock mais antigas e emblemáticas da cena brasileira: diretamente de Cuiabá (Mato Grosso), o Fuzzly chegará em brasa máxima para fechar o lineup!

truckfighters RJ

SERVIÇO
TRUCKFIGHTERS NO RIO DE JANEIRO

Data: 17 de maio
Local: Teatro Odisseia (avenida Mem de Sá, 66)
Abertura da casa: 19 horas
Shows: Barizon (20h), Fuzzly (21h) e Truckfighters (22h)
Ingresso antecipado: R$ 60
Venda online: https://www.sympla.com.br/truckfighters-suecia-no-teatro-odisseia—17-de-maio__60428
Venda física: Rocksession – Tijuca (Rua Conde de Bonfim 80, loja 16, Tel.: 3168-4934), Tropicália Discos – Centro (Praça Olavo Bilac 28, sala 207, Tel.: 2224-9215), Audio Rebel – Botafogo (Rua Visconde Silva 55, Tel.: 3435-2692) e Hard N’ Heavy – Flamengo (Rua Marquês de Abrantes, 177, loja 106, Tel.: 2552-2449)
Ingresso na hora: R$ 80 (meia entrada) e R$ 160 (inteira)
Realização da turnê: Rock City

Stoned Jesus pela primeira vez no Brasil

Da Ucrânia, banda traz à América do Sul a turnê do pulsante The Harvest

por Radames Junqueira     27 abr 2016

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-press release-

Assim como Kiev, capital da Ucrânia e sua cidade natal, a Stoned Jesus possui uma intensa sonoridade, marcada por constantes revoluções e reinvenções. Principal expoente da música pesada ucraniana, o grupo viaja em turnê pela América do Sul no mês de maio para divulgar o aclamado terceiro álbum, ‘The Harvest’. No Brasil, o giro começa no dia 13 (sexta-feira), no Rio de Janeiro, passa por São Paulo no dia 14 (sábado) e chega a Florianópolis no domingo, dia 15. A realização é da Abraxas (http://abraxas.fm).

De canções rápidas e curtas, numa explosão de guitarras bombásticas e batidas frenéticas, às composições complexas, longas e arrastadas, a Stoned Jesus trouxe para ‘The Harvest’ a interessante combinação das clássicas referências do passado como como Black Sabbath e Led Zepellin com os principais elementos do metal moderno.

Os shows da Stoned Jesus esbanjam energia e dinâmica, efeito do stoner metal com referências de doom, prog metal e rock setentista, característica principalmente presente em ‘The Harvest’, lançado ano passado. Igor (vocais e guitarra), Viktor (bateria) e Sergii (baixo) chegam com tudo para estes shows da inédita passagem pela América do Sul, ainda quentes da recente turnê europeia com os franceses Mars Red Sky, que também já passaram pelo Brasil sob o comando da Abraxas.

A banda de apoio tanto em São Paulo como no Rio é a paulistana Saturndust, que destrói com seu space doom único, pesado e recheado de experimentalismos meteóricos. A banda se junta à Stoned Jesus para mostrar ao público o primeiro álbum homônimo, gravado no estúdio carioca Superfuzz (onde também foram concebidos discos de Mars Red Sky – França, The Flying Eyes – EUA, Necro – Alagoas, dentre outros) e lançado em vinil pelo selo gringo Helmet Lady Records.

Antes de aterrissar em terras brasileiras, a turnê passa por Argentina e Chile.

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STONED JESUS NO RIO DE JANEIRO (13 de maio de 2016, sexta-feira)
Local: Teatro Odisseia.
Endereço: Avenida Mem de Sá, 66, Lapa.
Line up: Stoned Jesus e Saturndust
Horário de abertura da casa: 18 horas (Saturndust, às 19,e Stoned Jesus, às 20 horas)
Ingressos: R$ 60,00 (antecipado), R$ 80,00 (meia, na hora) e R$ 160,00 (inteira, na hora).
Venda pela internet (pontos de venda também indicados no link): https://www.sympla.com.br/stoned-jesus-ucrania-com-saturndust-no-teatro-odisseia—dia-13-de-maio__59758 (com taxa de serviço).

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STONED JESUS EM SÃO PAULO (14 de maio de 2016, sábado)
Local: Inferno Club
Endereço: Rua Augusta, 501, Consolação
Line up: Hierofante, Saturndust e Stoned Jesus
Horário da abertura da casa: 18 horas (Hierofante, às 19, Stardust, às 20, e Stoned Jesus, às 21 horas).
Ingressos: R$ 60,00 (antecipado), R$ 80,00 (meia, na hora) e R$ 160,00 (inteira, na hora).
Venda pela internet (pontos de venda também indicados no link): https://www.sympla.com.br/stoned-jesus-ucrania-com-saturndust-e-hierofante-no-inferno-club—dia-14-de-maio__59750 (com taxa de serviço).

STONED JESUS EM FLORIANOPOLIS, SC (15 de maio de 2016, domingo)
Local: Célula Showcase
Endereço: Rodovia João Paulo, 75.
Line up: Cobalt Blue e Stoned Jesus
Horário de abertura da casa: 18 horas.
Ingressos: R$ 40 (promocional/meia entrada do 1 º lote), R$ 80 (inteira do 1º lote). Ponto de venda (sem taxa): Roots Records
Venda pela internet: https://www.sympla.com.br/stoned-jesus-ucrania–florianopolis-sc–150516__59803 (com taxa de serviço).

Soul Sok Sega

Compilação reúne a nata do funk psicodélico das Ilhas Maurício

por Radames Junqueira     13 abr 2016

Soul-Sok-SegaPara quem aprecia desvendar a música criada em países exóticos, o selo Strut Records merece lugar de destaque no olimpo da escavação sonora.

A novidade do selo é o lançamento de Soul Sok Sega – Sega Sounds from Mauritius 1973-1979, compilação que reúne músicas gravadas por artistas de Mauritius (em português, Ilhas Maurício), uma pequena ilha no Oceano Índico, próxima à costa de Madagascar.

Primeiramente foram os árabes e os portugueses que passaram pela República de Maurício, depois vieram os holandeses e os franceses, assim como os escravos africanos. A mistura de culturas e ritmos criou um gênero musical local, chamado Sega, que na década de 70 ganhou tendências psicodélicas funkeadas.

O trabalho aqui apresentado envolve diversos grupos e artistas, a maioria passou pelas mãos dos produtores/arranjadores Marclaine Antoine e Gérard Cimiotti.

É a primeira vez que esse material é relançado oficialmente no mercado internacional. A seleção ficou por conta do duo La Basse Tropicale (dos DJs Natty Hô e Konsöle) e o texto do encarte foi escrito por Percy Yip Tong, o maior conhecedor da música praticada nas Ilhas Maurício. Fotos inéditas, entrevistas e reprodução das capas dos discos originais também estão presentes em Soul Sok Sega.

Já a Strut Records aproveita para avisar que o lançamento está disponível em CD simples, LP duplo e download e que uma turnê europeia com alguns dos artistas da coletânea, como Ti L’Afrique, Jean Claude e Claudio, está sendo organizada para os próximos meses.

Soul Sok Sega – Sega Sounds from Mauritius 1973-1979 já pode também ser ouvido no Spotify.

Para mais informações, acesse strut-records.com

Sete Valorosas Polegadas

Gigantesca coleção de compactos está à venda

por Radames Junqueira     12 abr 2016

45s galore‘Crazy’ Jerry Weber, proprietário da loja norte-americana Jerry’s Records, está vendendo a sua coleção de compactos de sete polegadas, adquirida durante quatro décadas. São nada menos que 750 mil discos e Weber pede 75 mil dólares pelo lote todo, ou seja, US$ 0,10 (dez cents de dólar) por cada item.

A imensa coleção está perfeitamente organizada, dividida em cinco seções. Tudo em ordem alfabética, dividido em usados e novos, alguns ainda lacrados de fábrica. Incluídos no pacote estão promos raríssimos, algumas tranqueiras e gemas bizarras.

O mais engraçado é que a coleção não está “terminada” e continua crescendo, já que Weber comunicou pelo seu perfil no Facebook que continua adquirindo compactos diariamente, até que a venda seja concretizada – ou seja, ele almeja passar adiante a sua coleção particular, mas continua mantendo o vício de comprar mais e mais discos.

Saiba mais no facebook.com/jerrysrecords

Imagens do Prog Italiano

Livro de Fulvio Fiore compila material da Ciao 2001

por Radames Junqueira     11 abr 2016

11Immagini del Progressivo Italiano Vol. IV – 1976-1979, como o nome entrega, é o quarto e último volume da série de livros de Fulvio Fiore, que compila reproduções das principais publicações musicais italianas dos anos 70.

Inteiramente colorido, com capa dura e 530 páginas, o livro contém artigos imperdíveis das principais bandas progressivas italianas do período, muitos deles publicados originalmente na revista Ciao 2001.

Além dos artigos, a reprodução dos anúncios publicitários, divulgando discos e apresentações ao vivo da época, adicionam um charme todo especial ao livro.

O preço é alto, € 115 mais o frete. Para saber mais, acesse o site btf.it

O exílio de Eric Bell

O ex-guitarrista do Thin Lizzy está de volta com novo disco, Exile

por Radames Junqueira     06 abr 2016

Eric BellEnquanto uma versão pra lá de capenga do Thin Lizzy insiste em continuar excursionando em “homenagem” ao seu líder Phil Lynott, o guitarrista fundador do grupo, Eric Bell, está de volta com Exile, seu nono trabalho solo.

Exile contém uma homenagem a Gary Moore, “Song For Gary” e uma versão para um clássico de Little Richard, “Rip It Up”.

Bell aproveitou para excursionar pelo Reino Unido e pela sua Irlanda para promover o disco, e recentemente declarou à revista Classic Rock: “Estou tentando cobrir muitos estilos de música em Exile. Esse disco é um reflexo do tipo de música que eu gosto de tocar e ouvir”.

All Things Must Pass

A história da Tower Records revisitada em documentário

por Radames Junqueira     04 abr 2016

All Things Must PassColin Hanks teve uma ótima ideia e lançou o seu projeto no Kickstarter. Hanks desejava imortalizar, através de um documentário, a dramática trajetória de um dos maiores impérios do mundo da venda de discos, a Tower Records. O financiamento coletivo foi anunciado e logo o diretor estava com mais de 90 mil dólares em sua conta bancária, valor esse cedido por mais de 1.600 apoiadores.

Foi assim que All Things Must Pass: The Rise and Fall of Tower Records ganhou vida e as salas dos principais festivais no ano passado. Agora o filme acaba de ser lançado em DVD.

Falar da Tower Records é falar de seu fundador, Russ Solomon, cujo amor pela música o levou a criar uma marca de inestimável importância cultural. Russ abriu sua primeira loja em 1960. Em 2000, com franquias espalhadas por todo o planeta, o arrecadamento da marca ultrapassava um bilhão de dólares. A Tower havia lançado e definido as bases para o que viria a ser o moderno negócio da música no varejo.

Mas em 2004, depois da explosão dos downloads ilegais, a Tower abriu falência. Dois anos depois, quase todas as lojas da rede fechavam suas portas. Mas teria sido mesmo a internet que matou a Tower Records? Sua saída agora é assistir ao dramático documentário e tirar suas próprias conclusões.

Como diz a tagline do filme, the doors are closed, but the legacy lives on, ainda mais se depender dos depoimentos dos convidados aqui presentes: Dave Grohl (que trabalhou numa loja da Tower), David Geffen, Elton John (que aparece visitando a loja nos anos 70), Bruce Springsteen, Chris Cornell e, inevitavelmente, o patrono Russ Solomon.

All Things Must Pass from Gravitas Ventures on Vimeo.

Sly na tela

Novo filme sobre Sly Stone deve ser lançado este ano

por Radames Junqueira     29 mar 2016

sly stone“I Want To Take You Higher”, um dos maiores hinos da música negra norte-americana de todos os tempos, emprestou seu nome a um documentário dirigido pelo diretor e cineasta Mark Kidel, que no momento busca parcerias para finalizar a obra que retrata a vida de Sylvester Stewart, mundialmente conhecido como Sly Stone.

Tudo começou há seis anos, quando Kidel entrou em contato com Sly através de um colecionador de discos. Os primeiros contatos foram animadores, mas logo o diretor precisou lidar com a personalidade conturbada do recluso músico, que durante a gravação do documentário passou por diversas situações: de morador num trailer a milionário da indústria do disco, já que ganhou na justiça alguns milhares de dólares de antigos direitos autorais.

No filme, Sly fala de sua carreira, de seu background religioso, da “batalha” entre brancos e negros nos EUA e de discos lendários como Stand!, There’s A Riot Goin’ On e Fresh. Uma cena em especial promete se tornar emblemática e hilária, já que captura o nosso herói indo resgatar o seu laptop em uma loja de penhores.

Kidel, que já produziu filmes sobre Elvis Costello, Tricky e Kursaal Flyers, aproveitou o ensejo para declarar à revista Mojo que Sly continua envolvido em projetos musicais e que recentemente voltou também a trabalhar em gravações com o amigo George Clinton.

Face To Face

Ray e Dave Davies voltam a subir ao palco depois de quase duas décadas

por Radames Junqueira     28 mar 2016

Ray & DaveNada mais justo: 50 anos de carreira dentro do hostil mundo do rock não é tarefa para os mais fracos – por isso nomes como Rolling Stones e The Who fizeram gigantescas celebrações à data em concorridos concertos no Hyde Park, em Londres. Se dependesse do interesse do público e da crítica, outra sagrada instituição do rock britânico, The Kinks, poderia ter feito o mesmo, mas nada aconteceu até agora.

Ray e Dave Davies vêm falando há anos sobre uma possível reunião, mas foi somente em dezembro último que a dupla subiu novamente num mesmo palco, depois de 19 anos.

O surpreendente encontro aconteceu quando Dave mandou um e-mail para seu irmão, convidando-o para seu show no Islington Assembly Hall, em Londres. Ray não confirmou presença, mas seu nome estava na lista de convidados. Até que, ao fim da apresentação, Ray subiu ao palco para cantar “You Really Got Me” com Dave.

Apesar dos traumas do passado, a dupla parece ter curtido bastante a experiência, como Dave relatou à revista Uncut: “Pareceu tão natural, foi fácil. Eu sinto falta de tocar com Ray, aquela telepatia e os bons sentimentos, e ele está cantando bem. Gosto de pensar que vamos tocar novamente, e que iremos trabalhar juntos novamente… De qualquer forma, foi uma excelente maneira de encerrar o ano de 2015”.

O enclave de Zappa

A Utility Muffin Research Kitchen recebe uma exposição de arte e é finalmente aberta ao público

por Radames Junqueira     23 mar 2016

Zappa - UMRK“Eu cresci nessa casa. As pessoas que passaram por aqui eram amigas da família, músicos, contemporâneos, cientistas, artistas e pessoas de mente aberta. É um lugar especial. Os meus pais viveram e morreram aqui, então as memórias são muitas, principalmente das risadas que ecoavam pela casa”.

Ahmet Zappa parece eufórico ao falar de um ambiente tão familiar. O filho de Frank Zappa sabe que a casa em Laurel Canyon, popularmente conhecida por abrigar a Utility Muffin Research Kitchen (como Frank chamava o seu estúdio particular), é quase um templo sagrado de liberdade artística, criativa e intelectual.

Ahmet e sua esposa, ao lado de outros dois curadores, decidiram criar a Someplace Else Right Now, uma exposição de arte que acontece dentro da residência dos Zappas. É a primeira vez que a residência e a Utility Muffin Research Kitchen é aberta ao público.

Uma campanha de financiamento coletivo foi lançada para salvar os arquivos de Zappa, que ainda se encontram no porão da residência. A casa está à venda no eBay, então talvez essa seja a última oportunidade de conhecer de perto o ninho de criação particular de um dos maiores artistas da música moderna.

Jump On It

Três discos do Montrose são relançados pelo selo Rock Candy

por Radames Junqueira     16 fev 2016

montroseA banda do guitarrista Ronnie Montrose ficou conhecida de uns anos pra cá por ter revelado os vocais de Sammy Hagar, mas, na verdade, o primeiro e homônimo elepê do conjunto foi um dos marcos do proto-metal da década de 70. Lançado em 1973, Montrose se tornou mega influente, tanto nos EUA, onde serviu de template para o próprio Van Halen, mas principalmente na Inglaterra, onde bandas como Iron Maiden depois regravariam algumas de suas canções.

Depois da estreia, o Montrose manteve o nível com Paper Money, o primeiro dessa leva de relançamentos da Rock Candy. Neste segundo disco, o grupo se despedia de Sammy Hagar com sons imponentes, como “I Got The Fire” e a versão deles para “Connection”, dos Stones.

Warner Bros. Presents traz o desconhecido Bob James no lugar de Sammy Hagar e o próprio Ronnie Montrose assumindo a produção no lugar do renomado Ted Templeman. O disco é mais fraco que os dois anteriores, mas é mais diversificado, muito graças aos teclados de Jim Alcivar. A bateria robusta de Denny Carmassi continua sendo um dos destaques.

Jump On It, que saiu no Brasil na época, apresentou uma sonoridade mais AOR, foi produzido por Jack Douglas e trazia o baixista da banda de Johnny Winter, Randy Jo Hobbs, em algumas faixas. Bob James continua no posto de vocalista e a capa foi de autoria do sempre ousado e provocante estúdio Hipgnosis.

Os três relançamentos estão com som remasterizado e restaurado, encartes caprichados, porém sem nenhuma faixa bônus.

Mais no site rockcandyrecords.com.

Family Affair

Luxuoso boxset do Streetwalkers a caminho

por Radames Junqueira     15 fev 2016

streetwalkers-boxI’m Walking, The Complete Streetwalkers 1974-77 é o nome da nova caixa do Streetwalkers, banda formada em 1974 por Roger Chapman, Charlie Whitney (ex-integrantes do Family) e Bobby Tench (ex-Jeff Beck Group). Foram três discos de estúdio e um ao vivo lançados em pouco mais de três anos de atividade. As formações foram diversas, mas pelo grupo passaram músicos de respeito como Max Middleton, Nicko McBrain, Poli Palmer, Mel Collins e David Dowle.

Apenas 1.500 cópias da caixa foram fabricadas pela Madfish, que no ano passado também lançou a caixa Once Upon A Time, do Family. A qualidade do box do Streetwalkers segue o alto padrão do box do Family. Percebe-se que tudo foi prensado com o maior carinho e atenção possível. São ao todo 15 CDs em formato mini-vinil, réplicas de programas de turnê e compactos, pôster, raridades ao vivo, livro de 92 páginas, um certificado de autenticidade assinado por Roger Chapman e Bobby Tench e outras bugigangas.

Metal Guru: Dave West

West, criador dos amplificadores utilizados pelo Grand Funk, Amboy Dukes e MC5, deixou um legado grandioso

por Radames Junqueira     10 fev 2016

WEST POSTER frontAquele pesadíssimo som de baixo e guitarra dos primeiros discos do Grand Funk Railroad tinha um segredo. Além de Mel Schacher, Mark Farner e da dupla Terry Knight (produtor) / Kenneth Hamann (engenheiro de som), aquele furioso timbre foi conseguido em grande parte por Dave West, que faleceu recentemente, aos 71 anos. Ele foi fundador e idealizador da West Amplifiers.

Dave West construía amplificadores sob medida para o Grand Funk e para outros grupos da região de Michigan, como MC5, The Stooges, Alice Cooper Group, Amboy Dukes e Bob Seger System. Mel Schacher, por exemplo, tocava seu baixo com tanta distorção que somente os amplificadores “Fillmore”, da West, com 200 watts de potência, seguravam o pique do baixista durante uma apresentação ao vivo. Todos os demais e tradicionais amplificadores queimavam com facilidade.

A criação da West Laboratories fez tanto a cabeça do pessoal do Grand Funk, que a banda levou os amplificadores também para o estúdio, utilizando-os em seus primeiros álbuns: On Time (1969), Grand Funk (1970), Closer To Home (1970) e Survival (1971). Obviamente, no ao vivo Live Album (1970), também é possível escutar os amplificadores West rangendo a todo volume. Don Brewer recentemente reverenciou a criação de West: “Seus amplificadores não somente soavam bem aos ouvidos, mas também tinham uma ótima aparência visual”. Mark Farner, que trabalhou na West antes de seus dias de GFR, também lamentou a morte de Dave.

Assim como os integrantes do GFR, Dave West nasceu em Flint e cresceu nos arredores da mais violenta cidade dos EUA nos anos 60. Logo ele conheceu o baixista Rob Grange, que passou a construir os gabinetes para os amplificadores – isso até Rob ser descoberto por Ted Nugent, que o recrutou para o Amboy Dukes. Rob Grange também declarou recentemente: “West era como um cientista maluco. Ele desmontava os amplificadores da Fender, para sacar como eram feitos, e então fazia de tudo para superá-los. Ele deveria ter se tornado um multi-milionário. Ele estava muito à frente do seu tempo”.

O último ídolo teen

Obra de Alex Harvey é imortalizada em boxset

por Radames Junqueira     03 fev 2016

The Last Of The Teenage IdolsThe Last Of The Teenage Idols é o nome do novo boxset lançado pela Universal, que passa a limpo toda a carreira de Alex Harvey. São 14 CDs contendo 217 faixas remasterizadas dos master tapes originais, sendo 21 delas inéditas e outras 59 que estão sendo lançadas pela primeira vez em CD. Um livro de 60 páginas acompanha a caixa.

Os primeiros discos englobam as fases soul e blues de Harvey, passando também pelo bacana Roman Wall Blues (1969) e por projetos obscuros em que ele esteve envolvido, como Rock Workshop e Hair Rave Up. O que vem depois são os álbuns clássicos da The Sensational Alex Harvey Band, todos com muitas faixas bônus, e um promo contendo uma entrevista com o artista: Alex Harvey Talks About Everything: An In Depth Session With Alex Harvey Of The Sensational Alex Harvey Band.

Os últimos CDs da caixa apresentam curiosidades como Harvey contando uma história sobre o monstro do Lago Ness (Alex Harvey – Presents The Loch Ness Monster) e seus trabalhos solo pós SAHB: The Mafia Stole My Guitar (1979) e The Soldier On The Wall, contendo demos que ele gravou pouco antes de morrer, em 1982.

Magma ao vivo

Boxset de 12 discos compila 40 anos da banda de Christian Vander pelos palcos

por Radames Junqueira     31 jan 2016

Köhnzert ZündApesar de nunca terem tocado no Brasil (apenas no Chile), os fãs brasileiros do Magma sabem que a cultuada banda de Christian Vander realmente acontece ao vivo.

Depois do lançamento do box Studio Zünd, contendo os discos de estúdio, a campanha de comemoração de mais de quatro década de banda continua com Köhnzert Zünd, nada menos que 12 discos gravados ao vivo em Paris, todos acondicionados numa embalagem suntuosa.

A seleção começa em 1975, com Live Köhntark e Live Hhaï, depois passa por três volumes de Retrospektiw (1980), pela apresentação de aniversário no ano 2000, com outra trilogia contendo Theusz Hamtaahk, WurdahItah e Mekanik Destruktiw Kommandoh. Os dois discos seguintes compilam pontos altos de shows de 2005 a 2011 e o encerramento acontece com dois discos inéditos no Alhambra, Paris (2009).

Ao todo, Köhnzert Zünd contém mais de 500 minutos de Magma ao vivo, passando por 36 anos de atividade da banda e apresentando diversas formações capitaneadas por Christian Vander.

1966: A Explosão

Novo livro de Jon Savage revisita o ano crucial da década de 60

por Radames Junqueira     27 jan 2016

1966 - The Year The Decade ExplodedO ano de 1966 foi o ponto de convergência para o rock. Quem ainda duvida, basta conferir a pZ 13, onde passamos a limpo os principais discos e acontecimentos musicais daquele ano, no Brasil e no mundo.

Jon Savage, autor de vários livros e textos imperdíveis sobre cultura pop, sabe muito bem da importância de 1966 e resolveu cair de cabeça naqueles inesquecíveis 12 meses em seu novo livro 1966: The Year The Decade Exploded, lançado na Inglaterra pela Faber & Faber. Cada mês daquele ano mereceu um extenso capítulo do livro.

Segundo Savage, o hit parade de 1966 parecia “um completo ecossistema de micro gerações e micro tribos, com adolescentes, boêmios, soul freaks, papais e mamães e um vasto contingente de jovens desmamados e sem filiação alguma”. O autor, obviamente, não se prende apenas às paradas. Revisita também fenômenos culturais e sociais, drogas, tumultos raciais, moda, Vietnã, campanha pelos direitos dos gays etc. Interessante também o paralelo que o autor traça entre o sucesso de “Good Vibrations”, dos ensolarados Beach Boys na costa oeste, com o surgimento do sombrio e incompreendido Velvet Underground na costa leste.

Dentre muitas revelações, uma surpreende: 50 mil cópias de Yesterday And Today, dos Beatles, aqui conhecido como “o disco do açougue”, foram enterradas num depósito de lixo em Massachusetts devido a sua capa ofensiva.

Get Your Wings

Depois de 42 anos, o guitarrista Steve Hunter começa a receber royalties por solos que marcaram a história do rock

por Radames Junqueira     22 dez 2015

Steve Hunter“Hello Hooray”, “Raped and Freezin”, “Billion Dollar Babies”, “Unfinished Sweet”, “Generation Landslide”, “Sick Things”. A guitarra de Steve Hunter está por grande parte do disco Billion Dollar Babies, de Alice Cooper, mas até hoje o guitarrista não viu nenhum centavo de royalties.

Hunter na época foi contratado pelo produtor Bob Ezrin, que utilizou os trabalhos do respeitado guitarrista tanto em discos de Cooper como em álbuns de diversos outros artistas: Lou Reed, Kiss, Aerosmith, Peter Gabriel etc. Hunter recebeu cachês para registrar seus competentes solos nesses álbuns, mas além de nunca ganhar crédito na ficha técnica dos elepês, nunca recebeu royalties referentes à execução de tais músicas, seja em veículos de mídia ou ao vivo. Isso porque nos EUA existe uma lei onde o músico só recebe esse tipo de pagamento quando listado nos créditos do disco.

Mas Hunter, que está perdendo sua visão graças ao glaucoma, só tem a comemorar, pois suas antigas gravações “secretas” com Alice Cooper, Aerosmith e Peter Gabriel já começaram a lhe render royalties recentemente. Pode ser o início de uma nova tendência mais justa e humana dentro do universo daqueles que trabalharam na órbita dos famigerados excessos do corporate rock dos anos 60 e 70.

Welsh Connection

A obra do Eyes Of Blue é relançada pelo selo Esoteric

por Radames Junqueira     21 dez 2015

In Fields of ArdathCrossroads of Time (1968) e In Fields of Ardath (1969), os dois discos lançados pela banda galesa Eyes Of Blue, finalmente foram remasterizados, expandidos e relançados pelo selo Esoteric. É a primeira vez que esse material sai oficialmente em CD, com total aprovação da banda.

A música praticada pelo sexteto funde pop, soul, R&B e rock psicodélico. Em Crossroads of Time, o Eyes Of Blue se aventura por composições autorais e releituras para temas dos Beatles, Bach e Graham Bond, que, não só apadrinhou o conjunto, como ainda rabiscou na contracapa do disco: “Este trabalho é um dos pontos altos do renascimento das artes que acontece atualmente pela Europa”. A Melody Maker captou o feeling dos rapazes ao escrever: “Uma estreia bacana, com alto nível de performance e uma transada escolha de material”.

In Fields of Ardath, assim como a estreia, também lançado na época pela Mercury, veio mais complexo, maduro e estruturado. O texto na contracapa vinha assinado por ninguém menos que Quincy Jones, que havia trabalhado com os rapazes na trilha sonora de um filme obscuro chamado The Toy Grabbers. Com Graham Bond ainda por perto, o Eyes Of Blue parecia ainda mais soturno, com um interesse pelo oculto e pelo sobrenatural, vide o nome do álbum e canções como “Door (The Child That Is Born On The Sabbath Day)”.

Pelo conjunto passaram músicos que depois partiriam para novos grupos e projetos: Gary Pickford-Hopkins, Phil Ryan, Ritchie Francis e John Weathers, esse último que logo depois se tornou baterista do Gentle Giant.

Tanto Crossroads of Time como In Fields of Ardath estão disponíveis pelo selo Esoteric com faixas bônus e encartes caprichados.

Conheça o som do Pantanum

“Somos um trio que faz um som baseado naquilo que gostamos de escutar e tocar: improvisos, riffs e elementos psicodélicos”

por Radames Junqueira     14 dez 2015

PantanumDe onde?
Curitiba, PR

Sacada
Lançar seu álbum de estreia digitalmente para depois buscar um selo, nacional ou internacional, para assim poder prensar o disco em vinil. Volume 1 combina doom metal, stoner rock, space rock e psicodelia.

Referências
Pentagram, Black Sabbath, Monster Magnet, Kyuss, Blue Cheer, COC.

Declaração
“Somos uma banda de três caras que faz um som baseado naquilo que gostamos de escutar e tocar: improvisos sem limites, riffs pesados e elementos psicodélicos”, diz o release da banda.

Ouça
“Sonar” – Volume 1 (2015).

Acesse
pantanum.bandcamp.com

Zumbis Famintos

Rod Argent e Colin Blunstone lançam novo trabalho dos Zombies

por Radames Junqueira     10 dez 2015

Still Got That HungerA dupla Rod Argent e Colin Blunstone só tem o que comemorar. As vendas do novo disco dos Zombies, Still Got That Hunger, fez o grupo voltar às paradas da Billboard depois de 50 anos. Eufóricos, os Zombies aproveitaram a boa fase para sair em turnê pelos EUA, onde estão apresentando material do novo álbum e também seu clássico Odessey & Oracle na íntegra.

Falando em Odessey & Oracle, o mesmo artista que desenhou sua icônica capa, Terry Quirk, é responsável também pela arte gráfica de Still Got That Hunger, que teve sua produção e prensagem bancada pelos fãs da banda numa campanha de financiamento coletivo. Faixas como “Maybe Tomorrow”, “Chasing The Past” e “And We Were Young Again” demonstram que Argent e Blunstone continuam bebendo na tradicional psicodelia britânica dos anos 60. “I Want You Back Again”, originalmente um single de 1965 da banda, foi retrabalhado e também marca presença em Still Got That Hunger.

Uma entrevista exclusiva com os Zombies deve pintar na próxima edição da pZ e a banda está animada para fazer a sua primeira excursão pela América do Sul no próximo ano.

Whitford/St.Holmes

A dupla está de volta com novo disco e nova turnê

por Radames Junqueira     06 dez 2015

whitford-stholmesBrad Whitford e Derek St.Holmes já venderam milhares de discos e rodaram o planeta com seus respectivos empregos oficiais: Whitford é guitarrista do Aerosmith e St.Holmes cantou e tocou guitarra na melhor formação da banda de Ted Nugent.

A amizade entre a dupla fez com que em 1980 eles montassem o projeto Whitford/St.Holmes, quando ambos estavam num hiato de suas carreiras.

Turnês pelo sul dos EUA aconteceram e um elepê, Whitford/St.Holmes, foi lançado em 1981, com produção de Tom Allom, que havia trabalhado com Black Sabbath, Judas Priest e Def Leppard, entre outros. O disco apresentava um rock mais adulto, em total sintonia com o que bandas como Foreigner, Balance, Blackjack e Boston faziam no período. Por alguma razão a Columbia só disponibilizou Whitford/St.Holmes nos EUA, Canadá e Holanda, mas foi devido às agendas dos músicos que o projeto foi engavetado logo após o lançamento do elepê.

A boa nova é que, depois de quase 25 anos, eles reativaram a dupla para uma tour e um novo disco com lançamento previsto para o início do ano.

A volta começou quando Brad Whitford e Derek St.Holmes foram ser vizinhos nos arredores de Nashville. Começaram a ensaiar, compor e gravar o novo material. Whitford: “Vínhamos compondo e tocando juntos nos últimos anos. Nos apresentamos na região de Nashville e tem sido bem legal. Então resolvemos gravar um novo disco, pois temos muito material”.

Acompanhando a dupla na nova empreitada estão o baixista Chopper Anderson e o baterista Troy Lucketta, que também cuida das baquetas do Tesla.

Uma nova composição da dupla Whitford/St.Holmes chamada “Shapes” já pode ser conferida no site oficial whitfordstholmes.com. “Shapes” mostra a dupla rejuvenescida e reverenciando o hino “Shapes Of Things”, dos Yardbirds, também regravada pelo Jeff Beck Group.

Backstreet Auction

Guitarra de Paul Kossoff vai a leilão

por Radames Junqueira     02 dez 2015

Koss GuitarA Gibson Les Paul 1959 que um dia pertenceu a Paul Kossoff será leiloada em breve. O guitarrista do Free e do Backstreet Crawler usou o instrumento de 1970 até a sua prematura morte, em 1976.

Seu amor pela guitarra era tamanho que, mesmo após ter quebrado o braço dela num show, ele se recusou a se desfazer do instrumento. Na noite do fatídico episódio, o guitarrista do Beckett, Arthur Ramm, emprestou sua guitarra para Kossoff terminar seu show.

Após a morte de Kossoff, a sua amada guitarra foi então parar nas mãos de Arthur, que a vendeu para a famosa casa de leilão londrina Bonhams, que espera alcançar um alto valor com a guitarra, já que Kossoff é apreciado por muitos fãs, músicos e até mesmo guitarristas famosos como Dave Murray, Joe Bonamassa etc.

Summer Jazz

O filme Jazz On A Summer’s Day é relançado em DVD

por Radames Junqueira    

Jazz On A Summer’s DayRolava a década de 50 e os EUA viviam o milagre econômico do pós guerra, o sonho americano em todo o seu auge. Na Nova York de 1958, o jovem e ambicioso fotógrafo Bert Stern tinha um desejo: rodar o seu primeiro filme antes de completar seus 30 anos de idade. Foi assim que ele então decidiu capturar, num único final de semana, toda a elevada temperatura do Newport Jazz Festival, em Rhode Island.

Depois de nada menos que seis meses de longas edições, o filme de Bert se tornou Jazz On A Summer’s Day, considerado um dos grandes documentários da história do jazz. Stern filmou atuações de nomes como Anita O’Day, Thelonious Monk, Louis Armstrong; registrou o comportamento da plateia do festival e também de uma corrida de barcos que acontecia na cidade, simultaneamente ao evento musical.

Comunicativo e até mesmo infeccioso, Jazz On A Summer’s Day sofreu uma tímida restauração do selo Charly, que o relançou em DVD. De bônus, a nova edição ainda inclui um CD com a trilha sonora do festival e um documentário sobre o astuto Bert Stern.

https://youtu.be/TINY8p6B9_0

Conheça o som do Messias Elétrico

Novo álbum da banda alagoana acaba de ser lançado pelo selo Baratos Afins

por Radames Junqueira     23 nov 2015

Messias ElétricoDe onde?
Maceió, AL

Sacada
Voltar como um quinteto, depois de quatro anos, mas ainda apostando em ótimas inspirações e nos talentos individuais de seus integrantes. O segundo álbum da banda alagoana vai adiante e apresenta o grupo evoluindo a passos largos. O disco acaba de ser lançado pelo selo Baratos Afins.

Referências
Beatles, Pink Floyd, Black Sabbath e Os Mutantes.

Declaração

“Com a entrada de Lillian Lessa (Necro) nos vocais, as músicas apontaram para um novo recheio de sonoridades que expressam o amadurecimento nato de um grupo musicalmente coeso”, diz o release da banda.

Ouça
“Tempo Bom” – Messias Elétrico (2015, Baratos Afins).

Acesse
https://goo.gl/gXoQuW

Por Favor, Sucesso

Fughetti Luz está de volta com o seu terceiro disco solo

por Radames Junqueira     18 nov 2015

Fughetti LuzO lendário vocalista das bandas Liverpool e Bixo da Seda voltou a gravar, depois de 15 anos de reclusão na cidade de Tapes, interior do Rio Grande do Sul. Aos 68 anos de idade, Fughetti Luz é, sem dúvida, o mais influente cantor do rock gaúcho.

Tempo Feiticeiro é o seu terceiro trabalho como solista e foi registrado ao lado de diversos músicos que consideram Fughetti uma espécie de guru. Trata-se de um pessoal que passou por diversos combos importantes do rock gaúcho: Duca Leindecker, Gabriel Guedes (Pata de Elefante), Duda Calvin (Tequila Baby), Zé Natálio (Papas da Língua), Egisto Dal Santo e Bebeto Mohr. O amigo de longa data, Luiz Carlini, também marca presença em Tempo Feiticeiro, assim como o trio Mimi, Marcos e Edinho, companheiros de Fughetti dos tempos de Liverpool e Bixo da Seda.

Com produção de Marcelo Truda, Tempo Feiticeiro deve ser lançado no começo do ano e irá trazer tanto regravações de alguns clássicos de sua longa carreira como temas inéditos. Dentre esses últimos, está “Hendrixmania”, uma parceria com Mimi Lessa que homenageia o ídolo maior das seis cordas.

Who Do You Want Me To Be?

Documentário sobre Michael Des Barres ganha os festivais

por Radames Junqueira     03 nov 2015

Michael Des Barres“Eu sabia que havia uma boa história a ser contada e que contando essa história eu poderia aprender muito sobre mim mesmo”, contou o diretor J. Elvis Weinstein ao site dangerousminds.net, sobre a sua nova empreitada, Who Do You Want Me To Be?, um documentário sobre a vida e a obra de Michael Des Barres.

Michael Des Barres foi vocalista do Silverhead, uma das bandas mais subestimadas do glam rock, que teve seu primeiro elepê lançado pelo selo Purple Records, inclusive no Brasil. Michael também emprestou seu sobrenome a groupie mais popular do rock, sua esposa Pamela Des Barres (ex GTO’s), depois substituiu Robert Palmer no Power Station, lançou discos solo (o mais recente foi resenhado na edição passada da pZ) e atuou na TV e no cinema. Seu papel mais popular foi como o vilão Murdoc na série Profissão Perigo (Macgyver).

Como vem sendo chavão em documentários musicais, o lado menos sensacionalista e mais humano de Michael Des Barres é mostrado em Who Do You Want Me To Be?, como comprova os diversos segmentos onde o artista fala francamente sobre passagens da sua longa trajetória.

Atualmente o diretor J. Elvis Weinstein anda procurando um distribuidor para que seu filme possa ser exibido em salas de cinema de todo o mundo. Mesmo que isso não aconteça, está aí uma boa pedida para o festival In-Edit do próximo ano, que acontece em São Paulo e em Salvador, sempre trazendo os mais quentes documentários musicais do momento.

Missão Sulista

O experiente sideman Phil Cook voa em carreira solo

por Radames Junqueira     30 out 2015

Phil CookVocê pode nunca ter ouvido falar em Phil Cook, mas o sujeito não tem parado um minuto nos últimos anos, gravando com Mathew E White e colaborando com projetos como Gayngs, Megafaun e His Golden Messenger.

Depois de alguns EPs e um álbum instrumental, Cook decidiu apostar em sua veia singer-songwritter em seu novo trabalho, Southland Mission (Thirty Tigers/Middle West). No disco estão todas as influências de acento sulista e pantanoso de Cook: gospel, country, rock, soul.

Apreciador de Ry Cooder, Ronnie Lane e John Martyn, o sempre bem humorado artista deve sair em tour em breve para promover o seu descompromissado álbum.

Conheça o som do Mustache & Os Apaches

A banda surgiu nas ruas de São Paulo, inspirada pelas jug bands norte-americanas

por Radames Junqueira     26 out 2015

mustache-e-os-apachesDe onde?
São Paulo, SP

Sacada
A banda surgiu nas ruas de São Paulo, inspirada pelas jug bands norte-americanas. Apresentavam-se em qualquer esquina e qualquer estabelecimento, utilizando instrumentos acústicos, mas agora eletrizaram tudo e ganharam os palcos do Brasil e da Europa. Time Is Monkey, o novo álbum da banda, é o segundo trabalho deles.

Referências
The Charlatans, The Band, Tom Waits, Country Joe & The Fish.

Declaração
“Com ares tropicais e influências da psicodelia e muito rock ‘n’ roll, temperado com vaudeville, música latina e africana, o novo álbum conta histórias que abordam pontos controversos da sociedade”, diz o release da banda.

Ouça
“Quantos em Mil” – Time Is Monkey (2015).

Acesse
mustacheeosapaches.com

Trader Convention

Judy Dyble e Jackie McAuley trazem o Trader Horne de volta aos palcos

por Radames Junqueira     19 out 2015

trader horneJudy Dyble e Jackie McAuley formaram um duo em 1969 que foi batizado de Trader Horne pelo mais influente DJ da história, John Peel. Amigo e fã da dupla, Peel sabia que Judy já tinha feito história no primeiro álbum do Fairport Convention e Jackie feito o mesmo ao ter passado pelo Them de Van Morrison.

Morning Way foi o único disco lançado pelo Trader Horne, em 1970. Pouco depois o grupo acabou após a debandada de Judy, justamente quando a banda seria lançada num mega festival chamado Hollywood Music Festival, em Newcastle, onde também tocariam Traffic e Grateful Dead.

Agora, 45 anos depois, Judy Dyble e Jackie McAuley estão prontos para reativar o Trader Horne diretamente das profundezas.

“Eu não vou tentar alcançar as notas altas e devido ao reumatismo e à artrite, não irei tocar muito a minha harpa eletrônica, que é muito pesada e me foi apresentada por John Peel, inclusive”, garante Judy Dyble.

A volta tem imensa relação com o relançamento de Morning Way pelo selo Fire, que aproveitou para inserir duas faixas bônus no disco: “Here Comes The Rain” e “Goodbye Mercy Kelly”.
As futuras apresentações ao vivo de Judy e Jackie serão na verdade as primeiras do Trader Horne desde o lançamento de Morning Way.

Conheça o som de Cristiano Varisco

O guitarrista finaliza sua trilogia em clima de ritual sonoro

por Radames Junqueira     15 out 2015

Cristiano VariscoO guitarrista, compositor, professor de música, produtor e radialista gaúcho Cristiano Varisco já pintou aqui nas páginas da pZ quando lançou seu primeiro disco, Aline (2013). Além de impressionar a todos por aqui com sua música livre de amarras e influenciada pelo uso da Ayahuasca, Cristiano continua mantendo o clima de sagrado ritual sonoro em seus discos. Em dois anos ele pintou com mais dois trabalhos inéditos: Trilhas sonoras Para Filmes Imaginários (2014) e Lúcia McCartney (2015).

Além dessa trilogia como solista, Varisco foi guitarrista da banda de Julio Reny e atuou como músico de Wander Wildner, Frank Jorge, Alemão Ronaldo, Marcelo Gross e Mutuca.

Sua trilogia teve os cuidados do respeitado Thomas Dreher, que cuidou da produção das mais de 50 composições do guitarrista nos últimos três anos. Essa trinca está agora finalmente reunida num caprichado boxset, que contará com um encarte especial trazendo informações sobre a gravação e a produção dos álbuns e uma sessão de fotos.

A trilogia completa pode ser ouvida no soundcloud.com/cristianovarisco3.

Conheça o som do Reino Elétron

Em Cosmo A Olho Nu, o primeiro disco do quinteto, o clima é de ópera-rock, com temas ambiciosos, como a faixa título

por Radames Junqueira     13 out 2015

Reino-ElétronDe onde?
Passo Fundo, RS

Sacada
Reunir nomes importantes e já veteranos da cena independente do rock gaúcho, como Carlos Bolacha, Helio Ribeiro, Elias Duarte, Bruno Philippsen e Leonardo Marmitt. Em Cosmo A Olho Nu, o primeiro disco do quinteto, o clima é de ópera-rock, com temas ambiciosos, como a faixa título.

Referências
Os Mutantes, Liverpool, Almendra e o rock gaúcho dos anos 80 e 90.

Declaração
“O resultado final justifica o perfeccionismo com que o primeiro álbum foi gravado. Space rock com uma poética caleidoscópica, momentos dançantes e muitos lampejos psicodélicos”, diz o release da banda.

Ouça
“Leoninos” – Cosmo A Olho Nu (2015).

Acesse
facebook.com/reinoeletronpage

San Francisco Nugget

A volta dos Charlatans, heróis do rock da costa oeste

por Radames Junqueira     09 out 2015

The CharlatansTalvez seja a comemoração dos 50 anos do Grateful Dead, com os quatro sobreviventes da formação clássica se reunindo para alguns shows históricos, que esteja ofuscando a “volta” dos Charlatans, os pioneiros do rock psicodélico de São Francisco. Pioneiros porque o grupo simplesmente é creditado por ter sido o primeiro a aglutinar algumas características cruciais do rock psicodélico da costa oeste: longas jams instigadas pelo uso de LSD, light shows como pano de fundo da música, visual dandy vitoriano, o nascimento do conceito de pôster de show de rock como arte etc.

Assim como o Dead, quatro integrantes originais dos Charlatans estão vivos, e exatamente esse quarteto se reuniu recentemente no palco do lendário Red Dog Saloon, em Virginia City, Nevada, para celebrar os 50 anos de sua apresentação neste mesmo local. Fãs vieram em peregrinação, de todo os EUA, muitos trajando roupas no estilo da moda do início do século passado, como fazia a banda em suas apresentações e fotos publicitárias.

George Hunter, Dan Hicks, Michael Wilhelm e Richie Olsen deram o melhor de si, mesmo lutando contra as limitações da idade e com as graves doenças que carregam – Hicks convive com um câncer no fígado e Wilhelm anda de cadeira de rodas por sofrer de uma doença grave no pulmão.

Enquanto os shows de volta do Grateful Dead tomam conta das manchetes, a volta de uma só apresentação dos Charlatans vive apenas na mente daqueles poucos que estiveram no Red Dog Saloon e presenciaram quatro senhores erráticos, mas pra lá de influentes.

Zappa on Roxy

Finalmente é lançado em DVD o filme de Zappa ao vivo no Roxy Theatre

por Radames Junqueira     08 out 2015

DVDB101_outDezembro de 1973. Por três noites, Frank Zappa e a nova formação dos Mothers of Invention subiram ao palco do Roxy Theatre, em Hollywood, Califórnia, para apresentar um novo show completamente desafiador, repleto de temas inéditos.

Napoleon Murphy Brock, George Duke, Ralph Humphrey, Chester Thompson, Ruth Underwood e os irmãos Bruce, Walt e Tom Fowler formavam aquela que é considerada talvez a melhor formação dos Mothers. Esse reconhecimento ficou imortalizado a partir de 1974, quando foi lançado o duplo ao vivo Roxy & Elsewhere, registrado em sua maior parte naquelas três datas no Roxy.

Os fãs de Zappa sabiam que os tapes em vídeo também existiam, mas por algum motivo contratual, ou meramente técnico/tecnológico, nunca foram oficialmente lançados.

Em 2007 o lançamento parecia que ia finalmente acontecer, já que a Zappa Family Trust (que cuida de sua obra post mortem) até incluiu “Montana” ao vivo no Roxy como bônus do DVD Classic Albums: Apostrophe + Overnight Sensation, alertando que em breve o material sairia também em formato digital. Depois de um trailer no YouTube e um segmento de meia hora no site oficial de Zappa, nada mais se falou sobre o assunto, e lá se vão oito anos…

Mas para o bem geral dos Zappamaníacos a Eagle Rock Entertainment e a Honker Home Video estão finalmente lançando Roxy: The Movie, em DVD e Blu-Ray, o filme original escrito, produzido, dirigido, conduzido e executado por Frank. Para ser perfeito, só faltou pintar também uma versão deluxe contendo os três shows na íntegra, já que o filme é apenas um compilado das três noites.
Ahmet Zappa aproveitou o ensejo para declarar: “Estou muito excitado pelo fato de Roxy: The Movie estar sendo lançado. Foi um trabalho hercúleo trazê-lo de volta à vida. Muito amor, tempo, energia e atenção aos detalhes foram dispensados nessa ressurreição. Esse filme é incrível, creio que antigos e novos fãs irão concordar comigo”.

O lançamento de Roxy: The Movie no Brasil ainda é incerto, já que a ST2, que disponibilizava por aqui os títulos da Eagle Rock Entertainment, encerrou as suas atividades. Para saber mais acesse eagle-rock.com.

A força do pop

Play On! Power Pop Heroes é uma série de livros que exalta o power pop dos anos 70

por Radames Junqueira     21 ago 2015

Play On! Power Pop HeroesKen Sharp ficou conhecido como autor de livros especializados numa das bandas mais populares dos EUA, o Kiss. Mas a área de interesse de Ken é ampla, tanto que sua nova aventura textual atende pela série de três volumes de Play On! Power Pop Heroes.

Eric Carmen, o homem de frente dos Raspberries, foi talvez quem melhor definiu o subgênero power pop: “Creio que a essência do power pop é a sua capacidade transcedental de colocar um sorriso no seu rosto e arrepiar os pêlos do seu braço… Isso é o que esse tipo de música sempre fez por mim”. Cunhado em 1967 por Pete Townshend, ao descrever o compacto de “I Can See for Miles” do seu The Who, o termo power pop ganhou força na década seguinte, com o surgimento e sucesso de grupos como o próprio Raspberries, Cheap Trick, Badfinger, Big Star etc.

No primeiro volume da série, Ken Sharp analisa os progenitores da cena: The Beatles, The Beach Boys, The Dave Clark Five, The Kinks, The Hollies, The Byrds, The Who, The Turtles, The Zombies, The Left Banke, The Nazz etc. Em 520 páginas, o autor apresenta entrevistas com músicos, produtores e compositores e também adiciona comentários faixa a faixa de discos clássicos.

O segundo volume vem ainda mais recheado, com 750 páginas, e segue o mesmo formato do anterior, porém abordando bandas e artistas como Flamin’ Groovies, Rick Springfield, Stories, Cheap Trick, Sweet, Shoes, Bay City Rollers, The Ramones, Utopia, The Babys, Piper, XTC, Squeeze etc. Já o terceiro volume deve ser lançado em breve. Veja mais em ken-sharp.com.

Kath Power

Documentário sobre guitar hero do Chicago finalmente é finalizado

por Radames Junqueira     17 ago 2015

Terry KathSearching For Terry: Discovering A Guitar Legend é o nome de um emocionante documentário dirigido pela DJ e filha de Terry Kath, Michelle Sinclair, que tragicamente perdeu o pai quando tinha apenas dois anos de idade. A morte de Kath, em 1978, redefiniu as mortes trágicas dentro da história do rock. Enquanto estava em tour com o Chicago, o guitarrista decidiu brincar com uma de suas muitas armas. Sem saber que uma bala se encontrava no tambor, Kath acabou atirando em si mesmo, vindo a falecer imediatamante, aos 32 anos de idade.

Líder musical e espiritual da respeitada banda, Terry Kath chegou a ser elogiado por Jimi Hendrix, que disse “Terry é melhor do que eu”. O problema é que, desde a sua prematura morte, o guitarrista vem sendo cada vez mais esquecido, ano após ano. Um exemplo são as listas de melhores guitarristas das revistas e sites especializados – Kath jamais aparece em alguma delas.

Ciente disso, sua filha Michelle resolveu rodar um documentário completo sobre o seu pai: “Meu intuito foi descobrir mais sobre o meu pai e também preservar o seu legado musical”. Colaboram com depoimentos amigos como Joe Walsh (“Como Terry conseguia aquele som de guitarra?”, ele diz) e ex companheiros de banda; apenas Peter Cetera recusou participar, o que chateou Michelle. Um dos momentos mais emocionantes acontece quando a diretora conversa francamente com sua mãe sobre a morte de Terry.

Para levantar fundos, Michelle recorreu a uma campanha de crowdfunding. Conseguiu um valor além do solicitado, com o apoio de amigos e fãs do guitarrista e do Chicago, grupo que até hoje sofre preconceito por suas baladas como “If You Leave Me Now”. Antes do mega hit açucarado, no entanto, o grupo foi um dos mais respeitados na fusão do rock com sopros e jazz.

Saiba mais sobre Searching For Terry: Discovering A Guitar Legend em terrykath.com.

Doc ‘n’ Roll

Documentários musicais agitam o mercado internacional

por Radames Junqueira     26 jun 2015

Sir DougEnquanto as cinebiografias de astros como James Brown, Jimi Hendrix e Brian Wilson agitam Hollywood e as grandes redes de cinemas, o mercado de documentários relacionados a nomes não tão famosos também encontrou o seu nicho.

Sir Doug And The Genuine Texas Cosmic Groove estreou na última edição do festival multimídia South By Southwest e foi um sucesso. É um filme sobre a obra e vida de Doug Sahm, líder do Sir Douglas Quintet e um dos principais nomes do rock texano, admirado por figuras que vão desde Hank Williams (que conheceu Doug quando esse tinha apenas nove anos de idade) a Bob Dylan (que fazia questão de aparecer como convidado em alguns de seus trabalhos solo). Mais sobre o filme no facebook.com/sirdougfilm

Lambert & Stamp demorou dez anos para ser produzido pelo diretor James D. Cooper e retrata a história dos dois falecidos e polêmicos empresários do The Who: Kit Lambert e Chris Stamp. O documentário inclui cenas raras do Who nos anos 60, depoimentos de Pete Townshend e Roger Daltrey etc.

The Damned: Don’t You Wish That We Were Dead, como o nome diz, é um documentário sobre a pioneira banda punk britânica The Damned, dirigido pelo mesmo diretor que cuidou do filme de Lemmy Kilmister: Wes Orshoski. Depoimentos do próprio Lemmy (que segundo o filme chegou a tocar no Damned só pra tirar uma onda), Chrissie Hynde, Mick Jones e integrantes do Pink Floyd aos Sex Pistols enriquecem a trama repleta de brigas, desentendimentos e vanguarda punk.

Romantic Warriors III – Canterbury Tales é o terceiro documentário da série Romantic Warriors, produzida pela dupla Adele Schmidt e José Zegarra Holder, cujo intuito é documentar a história do rock progressivo. Neste novo volume recheado de entrevistas, trechos de shows e arquivo de época, eles apresentam um especial sobre a cena de Canterbury, traçando a importância de grupos como Wilde Flowers, Soft Machine, Caravan, Gong, Egg, Matching Mole, Hatfield and The North, National Health, Gilgamesh, Delivery etc. Mais informações no progdocs.com

The Incredible Flamin’ Groovies Movie está sendo preparado para comemorar os 50 anos de carreira do Flamin’ Groovies, a ser completado no próximo ano. A dupla de diretores William Tyler Smith e Kurt Feldhun vai retratar desde os primeiros anos até a turnê de volta do grupo, realizada no ano passado.

Back Door Relançado

Super trio subestimado dos anos 70 tem seus três primeiros discos relançado em CD duplo

por Radames Junqueira     06 Maio 2015

Back DoorA culpa é da sempre competente BGO (Beat Goes On), estampa britânica que acaba de relançar, em CD duplo, os três primeiros e imprescindíveis trabalhos do trio Back Door: Back Door, 8th Street Nites e Another Fine Mess.

O Back Door sempre foi um trio com uma proposta completamente atípica. Saíram dos pubs fedorentos do norte da Inglaterra para rodar a Europa fazendo uma mistura de jazz, rock e prog. O que mais chamava a atenção era o virtuosismo do baixista canhoto do conjunto: Colin Hodgkinson, cobrindo todos os espaços deixados pelo saxofonista e flautista Ron Aspery e o baterista Tony Hicks. O baixo de Hodgkinson trabalha arduamente nesses três trabalhos, realizando o que uma guitarra, ou um piano, fariam.

Back Door, o LP de estreia, foi lançado originalmente como uma prensagem particular, em 1972. É surpreendente e livre em vários níveis, foi em algum deles que a Warner se interessou e levou os rapazes para Nova York, onde no Electric Lady, registraram 8th Street Nites (1973). Produzido por Felix Pappalardi, o segundo registro trazia uma influência maior de blues e folk e até alguns vocais. Another Fine Mess (1974) mostrava o grupo ainda mais aberto e acessível, com guitarra e até algo similar ao Supertramp do início de carreira. A BGO ainda fez questão de remasterizar os três discos. É de se estranhar a ausência do último registro do grupo, Activate, lançado em 1976 e produzido por Carl Palmer.

Além do Back Door, o grande Colin Hodgkinson também tocou e gravou com Alexis Korner, Tramline, Hammer, Spencer Davis Group, Cozy Powell, Jan Hammer e até com o Whitesnake.

Repertoire em Vinil

Selo alemão relançando clássicos do seu catálogo também em LP

por Radames Junqueira     16 abr 2015

Linda HoyleO selo Repertoire, famoso desde os anos 90 por seus relançamentos caprichados em formato digital, agora está atuando também dentro do formato vinil. Sacando o crescente número de vendas de LPs no mundo todo nos últimos anos, a Repertoire percebeu a demanda que existe de público interessado em reedições de 180 gramas de alguns preciosos itens de seu catálogo.

Um desses itens preciosos é o álbum Pieces of Me, de Linda Hoyle (ex-vocalista do Affinity), um dos mais raros e valiosos do selo swirl da Vertigo. O disco homônimo do próprio Affinity, do Bem e os dois álbuns do Cressida e do Warhorse também foram relançados pela Repertoire, todos com reprodução fiel do selo e dos belíssimos envelopes originais da Vertigo.

E a Repertoire não se limitou a relançar somente pérolas da Vertigo. Também consta em seu catálogo de LPs, caprichadas reedições de discos do UFO, Steamhammer e The Zombies. Lembrando que todas essas novas masterizações desses relançamentos foram realizadas com exclusividade pelo selo, nos estúdios da Abbey Road.

Para saber mais acesse o http://www.repertoirerecords.com/featured/vinyl/

Ouça todos os solos do Thin Lizzy

Que tal torrar pouco mais de uma hora do seu dia degustando cerca de 100 solos de guitarra do Thin Lizzy?

por Radames Junqueira     31 mar 2015

Brian Robertson & Scott GorhamQue tal torrar pouco mais de uma hora do seu dia degustando cerca de 100 solos de guitarra do Thin Lizzy? Sim, algum maluco editou e compilou num único vídeo todos os solos do grupo e disponibilizou no YouTube.

Desde os primeiros solos individuais de Eric Bell, passando pelo ataque guitarrístico da lendária dupla Scott Gorham e Brian Robertson até os duelos de Gorham com Gary Moore, Snowy White e John Sykes.

O vídeo começa com o que o “uploader” considerou o período mais criativo em termos de solos (1979-1980), depois segue em ordem cronológica, de 1971 até 1983, como sugere o roteiro abaixo:

00:00 Peak Period 1979 – 1980 (maybe not the best LPs, but the best solos)
12:36 Early Years 1971-1973 kinda Psych Prog Power Trio-ish
36:13 Twin Guitar Harmony Attack Developments 1974-1977
1:00:44 Heavy Metal End Phase 1981-1983

Fica provado que também no quesito solos de guitarra o Thin Lizzy foi um dos grupos mais influentes do rock.

Garage Revolution

The Shadows of Knight e The Standells tem shows inéditos de 1966 lançados pela Sundazed

por Radames Junqueira     12 fev 2015

The StandellsO selo Sundazed continua surpreendendo os amantes do rock dos anos 60, sempre escavando raridades, lançando, ou relançando, material de valor histórico inestimável. As boas novas do novo ano dão conta de dois registros ao vivo de duas das mais amadas bandas do garage rock norte-americano do período. O melhor de tudo? Ambos são registros ao vivo de 1966, ano crucial para o gênero e para a explosão dos dois conjuntos.

Live On Tour – 1966! captura os Standells ao vivo na Universidade de Michigan, apresentando clássicos como “Sometimes Good Guys Don’t Wear White”, “Why Pick On Me?”, “Midnight Hour” e, claro, “Dirty Water”, o hino definitivo do grupo. O sujeito que introduz a banda ao palco compara os Standells aos Beach Boys, banda que teve muitos de shows abertos pelos Standells naquele 1966. Este show foi gravado profissionalmente, mas os rolos ficaram perdidos por todos esses anos. A qualidade da gravação impressiona.

A gravação do show do Shadows of Knight não fica muito atrás. Live 1966 foi registrado no lendário The Cellar, clube teen suburbano de Chicago que funcionava como segunda casa do grupo. O repertório escolhido para aquela noite é selvagem, recheado de standards do R&B e do blues elétrico da cidade em questão. “Everybody Needs Somebody to Love”, “Got My Mojo Working”, “Got To Get You Off My Mind”,“Spoonful” etc. Claro que a versão da banda para “Gloria”, do Them, não poderia faltar e é ela que encerra a anarquia toda .

Ambos elepês foram prensados em vinil de 180 gramas e trazem capas belíssimas e encartes recheados com informações e fotos raras.

Cinco Décadas de Shindig!

Programa musical pioneiro da TV norte-americana apresentou muitas bandas de rock ao público jovem

por Radames Junqueira     18 dez 2014

O apresentador Jimmy O'NeilShindig! foi uma criação do produtor inglês Jack Good e também o primeiro programa musical de TV do seu gênero, dedicado ao rock e ao público jovem, transmitido em horário nobre na ABC americana.

Apresentado pelo D.J. californiano, Jimmy O’Neill (foto), foi ao ar pela primeira vez em 16 de setembro de 1964 e gerou uma série de imitações, como Hullabaloo, Shivaree e Hollywood A Go-Go.

A nata do rock dos anos 60 apareceu nos episódios de Shindig!: Beatles, Rolling Stones, Beach Boys, The Who, Animals, Kinks, Byrds; assim como lendas do estilo como Chuck Berry, Jerry Lee Lewis e Little Richard. Ícones da soul e do R&B também não ficaram de fora e tiveram sua vez no programa: Aretha Franklin, Ike & Tina Turner, Supremes e Temptations.

Os dançarinos e o figurino do programa também marcaram época, assim como a banda da casa que executava os sons para o pessoal cair na dança: The Shin-diggers, depois The Shindogs. Pelo grupo passaram Leon Russell, Glen Campbell e Billy Preston.

Apesar de influente e popular, o programa foi ao ar pela última vez em janeiro de 1966. A desculpa da ABC era de que a audiência andava muito abaixo do desejado.

Enquanto não pinta o tão apropriado box em DVD de Shindig!, com todos os episódios restaurados e na íntegra, você pode ir festejando os 50 anos do programa no YouTube mesmo.


http://youtu.be/i9OJB_AEePQ

Colosseum de volta

Demorou, mas a estimada banda do baterista Jon Hiseman está de volta

por Radames Junqueira     11 dez 2014

Colosseum 2014Demorou, mas a estimada banda do baterista Jon Hiseman está de volta. O grupo está lançando um novo álbum, Time On Our Side, que conta com uma formação de tirar o fôlego: Dave Greenslade, Clem Clempson, Chris Farlowe, Mark Clarke, Jon Hiseman e sua esposa, a saxofonista Barbara Thompson, que substituiu Dick Heckstall-Smith (falecido em 2004).

Segundo Hiseman, o Colosseum só voltou porque Barbara, que luta há anos contra o Parkinson, conseguiu melhorar sua condição e está apta a realizar a turnê de promoção do novo disco.

O baterista também garante que Time On Our Side em nada se parece com os antigos álbuns do grupo, e que os antigos fãs podem tomar um susto, dependendo de suas espectativas. Para o músico, é por essa razão que o Colosseum, musicalmente, não se parece com nenhuma outra banda.

Time On Our Side será lançado em CD e LP e a banda já está excursionando pela Europa. Em fevereiro, aportam no Reino Unido.

Clive Jones (1949-2014)

Faleceu um dos fundadores do Black Widow, grupo britânico pioneiro no uso de temáticas ocultas.

por Radames Junqueira     20 out 2014

Clive JonesFaleceu no último dia 16 o multi-instrumentista Clive Jones, fundador e responsável pelos sopros do Black Widow, grupo britânico pioneiro no uso de temáticas ocultas e satânicas em apresentações e discos.

Jones estava internado num hospital e sofria com um câncer em estado terminal, mas mesmo assim não parou de compor material até os seus últimos dias.

Com o Black Widow, gravou discos cultuados, como Sacrifice (1970), Black Widow (1971), Black Widow III (1972), Black Widow IV (1973), além de inclusive organizar a volta da banda em 2011, com o álbum Sleeping with Demons.

Mais sobre ele na próxima edição da pZ, a ser lançada em dezembro.

Ave Sangria ao vivo em São Paulo

Lendário grupo pernambucano dos anos 70 toca esta próxima sexta-feira no Sesc Belenzinho

por Radames Junqueira     14 out 2014

ave sangriaDepois da excelente repercussão da única apresentação no Recife, no mês passado, a Ave Sangria voa rumo ao Sul para se apresentar no Sesc Belenzinho, em São Paulo, nesta próxima sexta (17). O show marca o lançamento na capital paulista do disco Perfumes y Baratchos, gravado ao vivo no Teatro Santa Isabel (Recife), em 1974.

Lembrando que será a primeira vez que o grupo tocará em São Paulo com quatro integrantes originais: Marco Polo (Voz), Ivinho (Guitarra), Paulo Rafael (Viola e Guitarra) e Almir de Oliveira (Violão e Voz), acompanhados ainda de Juliano Holanda (Baixo), Junior do Jarro (Bateria), Gilú Amaral (Percussão) e com a participação especial de Zé da Flauta (Flauta).

Mais informações no http://www.sescsp.org.br/programacao/44980_AVE+SANGRIA

Marvin Gaye no futebol americano?

No meio da frustração em querer se tornar um heroi do esporte, Marvin Gaye gravou uma de suas mais belas canções: “What’s Going On”

por Radames Junqueira     08 set 2014

Marvin GayeApós a morte trágica da parceira Tammi Terrell, em 1970, Marvin Gaye se afundou numa pesada depressão e pensou até em abandonar o mundo da música. Gaye ficaria longe do palco por cerca de dois anos, para o desespero de Berry Gordy (o big boss da Motown), e se recusou a excursionar porque estava treinando diariamente. Seu intuito? Jogar num dos maiores times de futebol americano do país, Detroit Lions, verdadeira instituição da cidade dos motores.

Gaye estava gravando o álbum What’s Going On nessa época e recebeu a visita de dois grandes amigos, Lem Barney e Mel Farr, ambos craques do Detroit Lions. Durante as sessões, o vocalista disse a eles que adoraria jogar no time da cidade e Farr ainda brincou, e de forma irônica, disse então que queria cantar no Apollo ou no Copacabana (sagrados templos da música negra norte-americana da época).

O que parecia brincadeira se tornou fixação para um emocionalmente instável Gaye, que passou a malhar diariamente e ganhou muitos quilos de massa muscular. O próximo passo foi pedir uma chance no time ao técnico do Detroit Lions. Segundo a esposa do vocalista na época (Anna Gordy, irmã de Berry), ele estava querendo apenas provar que era machão para seu próprio pai (que gostava de se vestir de mulher) e para o patrão/cunhado Berry Gordy, que era machão convicto e ex-boxeador.

Como era de se esperar a carreira futebolística de Marvin Gaye foi um fiasco completo e pelo menos serviu para jogar o artista na fase mais genial e produtiva de sua carreira. Gaye havia mudado fisicamente e também mentalmente, sua atitude em relação a vida também havia mudado.

No meio dessa frustração em querer se tornar um heroi do esporte, Marvin Gaye gravou uma de suas mais belas canções, “What’s Going On”, um hino pacifista que contou com vocais de apoio de dois grandes amigos, os craques Lem Barney e Mel Farr.

Daí para o Apollo e o Copa era um passo…

Bye Bye MKIII

O CD ao vivo Graz 1975 traz uma das derradeiras apresentações do Deep Purple com a Mk III

por Radames Junqueira     25 ago 2014

Deep Purple - Graz 1975A Eagle Rock está lançando o CD ao vivo Graz 1975, contendo uma das derradeiras apresentações do Deep Purple com a Mk III, ou seja, com Coverdale, Blackmore, Hughes, Lord e Paice.

O show, o antepenúltimo antes de Blackmore deixar o grupo para seguir com o seu Rainbow, aconteceu na Áustria, durante a tour de Stormbringer. O destaque é a matadora versão de “The Gypsy”.

 

poeira Zine Fest

Festa de lançamento da nova edição da pZ, com shows tributo ao Thin Lizzy e ao Grand Funk Railroad

por Radames Junqueira     18 ago 2014

pZ Fest Blackmore

Nesta próxima sexta-feira acontece em São Paulo mais uma edição da pZ Fest, desta vez no Blackmore Rock Bar, em Moema.

A data marca o lançamento da nova edição da pZ (#55) e os 45 anos do lançamento de On Time, primeiro álbum do Grand Funk Railroad. No palco estarão as bandas On Time (um tributo ao Grand Funk Railroad que conta com a presença do nosso editor, Bento Araujo, no baixo) e Thin Lizzy Tributo.

Esperamos todos vocês para uma noitada de muito rock ‘n’ roll e bom papo.

Blackmore Rock Bar
Alameda dos Maracatins, 1317 – Moema – São Paulo
11 3804-5678
Reserva de mesas: contato@blackmore.com.br
Mais informações: blackmore.com.br
 
Eddie Van Halen relança outro modelo clássico de guitarra

O modelo “circles” ficou imortalizado no clipe de “Unchained”

por Radames Junqueira     10 ago 2014

Eddie Van Halen é um guitarrista tão cultuado mundo afora que modelos clássicos de suas guitarras passaram a ser objeto de desejo de fãs e guitarristas. Foi para atender esse público que o site evhgear.com passou a disponibilizar réplicas das mais famosas guitarras de EVH.

Depois da legendária “frankenstrat” agora é a vez da “circles”, o mais novo modelo vintage adicionado à série “EVH Striped Series”, onde as famosas pinturas de EVH em suas guitarras vem sendo recriadas.

A circles ficou popular durante a tour de 1981 do Van Halen, quando promoviam seu quarto álbum, Fair Warning, e foi imortalizada por EVH no promo video ao vivo de “Unchained”.

Mais sobre esse modelo no site evhgear.com

Tomada e Pedra no Centro Cultural São Paulo

Os shows acontecem no dia 10, domingo, a partir das 18h, com ingresso a R$ 15

por Radames Junqueira     08 ago 2014

Tomada e Pedra em SP

Pedra e Tomada se apresentam no CCSP. Os shows acontecem no dia 10, domingo, a partir das 18h, com ingresso a R$ 15.

É apenas rock n´roll, mas eu gosto. Pedra e Tomada são autênticos e dignos representantes de um estilo de música que sobrevive à base de guerrilha em terras tupiniquins.

Ambas as bandas possuem dez anos de existência, e seus membros já são figuras tarimbadas da cena rock paulistana. Ao que tudo indica será uma verdadeira explosão sonora de alta qualidade. Imperdível!

Pedra e Tomada (Domingo10/08 às 18:00)

Centro Cultural São Paulo – CCSP (Vergueiro) – Estação Vergueiro (Metrô – Linha 1 Azul)

http://www.centrocultural.sp.gov.br/

Rua Vergueiro, 1000
Liberdade – São Paulo
(11) 3397-4002