Onze pérolas do prog italiano lançadas em 1973

Pérolas do prog italiano lançadas em 1973, por grupos que só lançaram um único álbum na década de 1970

por Bento Araujo     15 jul 2014

Onze grandes discos do prog italiano lançados em 1973, por grupos que só lançaram um único álbum na década de 1970

 

Alphataurus – Alphataurus
Banda desconhecida de Milão que chamou atenção de Vittorio De Scalzi, do New Trolls, que os convidou para gravar pelo seu selo Magma. A edição original veio em luxuosa capa tripla, contendo cinco longos temas, com ótimo instrumental e dramáticos arranjos vocais.

Blocco Mentale – Πόα (Poa)
Curioso combo de Viterbo que batizou seu único trabalho em grego. A sonoridade lembra ELP e New Trolls e a temática passeia pela ecologia. Destaque para o “tastiere” afiado de Filippo Lazzari. Apenas duas mil cópias de Πόα foram lançadas, originalmente pelo pequeno selo Titania.


I Califfi – Fiore di Metallo

Essa banda de Florença foi fundada pelo guitarrista Paolo Tofani (futuro Area e Electric Frankenstein) e pelo baterista Carlo Felice Marcovecchio (futuro Campo di Marte). Ambos saíram antes da gravação deste álbum, comandado pelo baixista Franco Boldrini e pelo tecladista Sandro Cinotti, à vontade com seu moog.

Campo di Marte – Campo di Marte
O único registro dessa banda de Florença foi resultado do interesse da poderosa United Artists no prog italiano dos anos 1970. O álbum é excepcional, com poderosos sons de Mellotron e guitarra, cortesia do maestro Enrico Rosa. As sete faixas foram nomeadas como movimentos de uma sinfonia. Mais sobre a banda na pZ#37.


Cervello – Melos

Banda de Nápoles, com Corrado Rustici na guitarra, irmão mais novo de Danilo Rustici do Osanna. O diferencial do grupo são os sopros, tocados pelos cinco integrantes, e também as gloriosas passagens acústicas. Influências de King Crimson mais a brisa do Mediterrâneo fez do Cervello uma banda única dentro do prog italiano.


De De Lind – Io non so da dove vengo e non so dove mai andrò…

Quinteto de Milão que teve seu único elepê lançado pelo selo Mercury. Com exceção do vocalista Vito Paradiso, todos os integrantes sumiram após o lançamento desse belíssimo álbum, que dosa passagens delicadas e sublimes com trechos mais pesados.

Museo Rosenbach – Zarathustra
Considerado por muitos como o melhor disco de rock progressivo lançado por uma banda não britânica. Acusado de ser um conjunto “de direita”, o Museo Rosenbach foi obrigado a interromper abruptamente suas atividades logo após o lançamento deste álbum. Complexo e controverso foi baseado na filosofia de Nietzsche.

Rocky’s Filj – Storie di uomini e non
Esse disco já figurou na seção Pérolas Escondidas da pZ#38. Prog-fusion visceral, com sopros afiados, praticado por este quarteto desconhecido de Parma, cujo maior destaque acaba sendo o vocalista/saxofonista Roberto “Rocky” Rossi. A banda acabou depois que um itegrante foi preso.

Rustichelli e Bordini – Opera Prima
Um dos álbuns mais curiosos e incríveis da cena italiana, pois trazia o duo surreal de teclados e bateria de Paolo Rustichelli e Carlo Bordini. O curioso é que as composições são tão repletas e grandiosas, que a ausência de guitarra e baixo sequer é sentida. O único ponto fraco é a voz “com efeitos” de Rustichelli.

Semiramis – Dedicato a Frazz
Quinteto de Roma que contava com a guitarra do jovem, e hoje famoso, Michele Zarrillo. Belas composições e duelos de guitarra com teclados, já que o Semiramis contava com dois tecladistas. Tocaram em muitos festivais da época e entraram para a história com este disco impecável e altamente melódico.


L’ Uovo di Colombo – L’Uovo di Colombo

Quarteto romano que contava com os irmãos Enzo e Elio Volpini, nos teclados, baixo e guitarra, respectivamente. A cozinha segue os mandamentos da lendária cozinha do Yes (Squire + Bruford) e a voz do futuro Cherry Five, Toni Gionta, também se destaca. Depois do disco o baterista Ruggero Stefani se juntou ao grande grupo Samadhi.

Texto originalmente publicado na pZ 48.

  1. Diego Sousa Aragão

    Muito boa a seleção e como fã da cena Italiana destaco aquele que considero o melhor trabalho do Rock Progressivo Italiano lançado no ano de 1973, seguido por dois já mencionados aqui “Io Sono Nato Libero” (1973), do Banco Del Mutuo Soccorso, seguido exatamente por outros dois “Zarathustra” (1973), do Museo Rosenbach e “Dedicato a Frazz” (1973), do Semiramis que já foram mencionados. A lista esta realmente perfeita, logicamente que existem trocentos trabalhos soberbos lançados nesse ano que entraria na lista, mas esta perfeita do jeito que esta, fazendo jus a todos esses fantásticos trabalhos.

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