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Lindo Sonho Delirante 3

Lindo Sonho Delirante vol.3: 100 discos corajosos do Brasil (1986-2000), livro de Bento Araujo. Frete grátis para todo o Brasil.

por Bento Araujo     23 nov 2020

Lindo Sonho Delirante vol. 3: 100 discos corajosos do Brasil (1986-2000)

Brasil, 1985. Fim da ditadura militar, o Rock in Rio colocava o país no mapa da música pop, Tancredo Neves era eleito presidente, Ayrton Senna vencia o seu primeiro Grande Prêmio de F1 e a revista Bizz era lançada. Enquanto o rock brasileiro ganhava uma projeção jamais imaginada, revoluções musicais não paravam de acontecer no underground. É aqui que começa o terceiro volume do Lindo Sonho Delirante.

O Lindo Sonho Delirante é uma série independente de livros que apresenta a trajetória da música corajosa, vanguardista e experimental realizada no Brasil. O objetivo é compartilhar uma história alternativa da música brasileira, fugindo do óbvio, dos interesses da indústria e dos algoritmos das plataformas digitais. Este novo volume da série apresenta informações e comentários sobre cem discos lançados entre 1986 e 2000. Cada disco é acompanhado de uma resenha em português e inglês e da fiel reprodução de sua capa original.

Bento Araujo realizou mais de 60 entrevistas para este projeto e mergulhou em uma farta quantidade de artigos e matérias do período para revelar uma meticulosa investigação. Este novo volume da série Lindo Sonho Delirante inclui depoimentos exclusivos de Akira S, Alex Antunes, Fabio Golfetti, Fausto Fawcett, Frank Jorge, Jarbas Mariz, João Parahyba, John Ulhoa, José Augusto Lemos, Kassin, Marcos Suzano, Maria Rita, Maurício Pereira, Miguel Barella, Paulo Barnabé, Pena Schmidt, Pedro Sá, Priscila Ermell, R.H. Jackson, Sandra Coutinho, Tetê Espíndola, Thomas Pappon, Vitor Ramil e muitos outros. 

Especificações do Livro
ISBN 9786500106930
232 páginas
21cm de largura X 19,5cm de altura
600 gramas
Inteiramente colorido
Capa em papel couchê 300 g/m2, miolo em couchê 115 g/m2, lombada hotmelt
Textos em português e inglês
Informações preciosas
100 resenhas de discos + 100 reproduções das capas originais + Introdução

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Mundo do Disco

Conheça o recordshops.org, que compila lojas de discos de todo o mundo num único mapa

por Bento Araujo     11 ago 2015

lojas do mundoNós aqui da pZ recebemos, com uma boa frequência, e-mails de pessoas que estão saindo em viagem e estão pesquisando lojas de discos mundo afora. Agora com o recordshops.org ficou muito mais fácil de encontrar lojas por onde você irá passar, seja em qualquer canto do mundo.

A busca pode ser realizada por país e cidade e também é possível acessar endereços, horários de funcionamento, sites, fotos e especialidades de cada estabelecimento. É possível ainda ranquear e comentar as lojas.

Evidentemente, muitas lojas ainda não constam no mapa, mas o bacana é que você mesmo pode ir adicionando as suas lojas e localidades favoritas.

Explore o mundo das lojas de discos acessando o recordshops.org

Como funcionava uma loja de discos nos anos 70?

Assista ao filme que mostra a Tower Records em 1971

por Ricardo Alpendre     02 out 2014

Quer ter uma visão de como é o céu? Ou, pelo menos, algo bem parecido? Uma filmagem em película de 16 mm, feita em 1971 na loja Tower Records da Sunset Strip, em Hollywood, foi divulgada na internet.

As imagens foram realizadas por Darrell Forney, professor da Faculdade de Sacramento, cidade na qual a Tower tinha sua sede desde 1960.

A unidade em questão, que funcionava em Hollywood há apenas um ano, aparece nos dez minutos de filmagem provavelmente em seu auge, em uma noite qualquer da semana. Funcionários desembalam LPs, empilhando-os entre os corredores de prateleiras; pilhas e pilhas de All Things Must Pass, de George Harrison dividem espaço com o público.

LPs de Elton John, Rare Earth, Paul McCartney, Iron Butterfly, Chopin, Brahms… O mundo da música estava naquelas gôndolas, entre consumidore292929s e cartazes de cartolina chamando atenção para as ofertas, com seus grandes números desenhados a mão. O vídeo é sonorizado com “Thank You (Falettinme Be Mice Elf Again)”, com Sly and the Family Stone, e “Me and Bobby McGee.” Na voz de Janis Joplin. Discos dos dois artistas também têm destaque no filme.

A seção de cartuchos de 8 pistas (os chamados 8-tracks) é mostrada como algo para um público específico.

O entra-e-sai de gente, a fila do caixa, os LPs sendo colocados nos envelopes da Tower, tudo é capturado com muito estilo com a câmera de Forney, documentando um pedaço importante da história da rede, fechada em 2006, e do próprio mercado fonográfico.

poeiraCast 201 – A Compulsão de Comprar Discos

A compulsão de comprar discos e o maior colecionador do mundo são os temas do poeiraCast 201. Episódio Mais

por Bento Araujo     20 ago 2014

A compulsão de comprar discos e o maior colecionador do mundo são os temas do poeiraCast 201. Episódio inspirado na recente revelação do magnata brasileiro do mundo do disco: Zero Freitas.

Publicado em agosto de 2014

poeiraCast 200 – Capas de Discos

Chegamos ao poeiraCast 200! Para celebrar a marca, gravamos excepcionalmente esta edição em vídeo. A conversa é sobre Mais

por Bento Araujo     13 ago 2014

Chegamos ao poeiraCast 200! Para celebrar a marca, gravamos excepcionalmente esta edição em vídeo. A conversa é sobre grandes capas de discos.

Editado por Marcelo Bueno.

Os colecionadores e as suas coleções

Luxuoso livro apresenta colecionadores na intimidade de suas salas/quartos de som

por Lucas Lazarotto     08 ago 2014

Dust and Grooves - livroQuem aprecia o ritual de colecionar discos de vinil e costuma navegar pela internet atrás de informações sobre colecionadores, conhece muito bem o trabalho do fotógrafo Eilon Paz. Há anos ele é o responsável pelo site dustandgrooves.com, cuja especialidade é mostrar colecionadores em seu habitat natural, ou seja, em sua sala/quarto de som, onde armazena sua estimada coleção de discos. A beleza das fotos de Eilon acabou criando um grande números de seguidores e entusiastas, que passaram a gerar uma demanda para que todo aquele rico material visual se transformasse num livro.

Visando arrecadar fundos para bancar uma viagem pelo mundo atrás de coleções de discos, o autor lançou uma campanha no Kickstarter. Foi assim que Eilon Paz conseguiu dinheiro suficiente para imprimir o luxuoso Dust & Grooves: Adventures In Record Collecting, obra que em 416 páginas compila coleções vinílicas de 130 colecionadores. É uma viagem íntima ao mundo pessoal de cada colecionador, que pode ser um DJ, um produtor musical, um vendedor de discos ou qualquer entusiasta do formato. A primeira parte do livro traz fotos e citações e a segunda parte conta com entrevistas com alguns dos principais colecionadores.

Dust & Grooves: Adventures In Record Collecting pode ser adquirido no site dustandgrooves.com.

Record Store Day em Nova York

Um sábado inesquecível: Record Store Day

por Bento Araujo     15 jul 2014

RSD

 

Já pensou sair um dia para comemorar “o dia da loja de disco?” Sim, sabe aquela loja que você tanto adora, que fica perto (ou não) da sua casa, ou do seu trabalho; aquela que sempre te salva num dia triste, quando você brigou com a namorada ou com a sua mãe? Então já pensou em dedicar um dia a essa loja e a tantas outras que bravamente seguram as pontas em plena era da pirataria e dos downloads desenfreados? É isso que tem acontecido lá fora, desde a criação de um grande evento chamado Record Store Day. Tive o prazer de passar o Record Store Day numa cidade que é sinônimo de lojas independentes sensacionais de LPs, Nova York, e abaixo vou descrever um pouco o feeling do lance todo…

O RSD foi criado por um sujeito chamado Chris Brown. Ele e mais alguns amigos resolveram fundar um site (www.recordstoreday.com) e celebrar uma vez por ano a cultura que envolve as cerca de 700 lojas independentes de discos dos EUA. O lance cresceu tão rapidamente que lojas inglesas, e também de toda a Europa, aderiram à comemoração, e hoje a data é festejada por colecionadores e lojistas do mundo todo, sempre no terceiro sábado do mês de abril. A primeira edição aconteceu em 2008 e foi oficialmente aberta pelo Metallica, dentro da Rasputin Records, uma loja de discos de São Francisco.

Lojistas, clientes, músicos e selos se unem para celebrar a arte de comprar e vender discos, tudo de forma independente. Shows intimistas acontecem gratuitamente dentro das lojas, promoções relâmpago são promovidas, DJs assumem suas pick-ups, e ainda rolam meet and greet com artistas, tardes de autógrafos, performances acústicas, body painting, paradas, concursos, e muito mais. Os próprios músicos incentivam totalmente o RSD e a cereja do bolo da festa são os lançamentos exclusivos, lançados de forma limitada para serem comercializados somente no RSD e nas lojas independentes participantes do evento. Segundo o site oficial do RSD, só são aceitas na festividade, lojas independentes, reais e “vivas”. Sites, grandes cadeias, livrarias e demais gigantes corporativos não são aceitos e muito menos bem vindos.

Record Store Day em NYCOs itens exclusivos do RSD movimentam uma quantia considerável nas lojas, e são geralmente compactos e EPs em vinil, numerados e exclusivos para o dia festivo. No sábado, as bolachinhas são disputadas a tapa nas lojas, e no domingo, muitos deles já estão no eBay a preços exorbitantes, sendo leiloados por colecionadores do mundo todo. Detalhe: cada cliente só pode comprar uma unidade de cada item, justamente para “evitar o inevitável”, ou seja, esse tipo de superfaturamento no eBay.

Dentre os lançamentos exclusivos do ano de 2010 (veja lista mais abaixo) o do John Lennon foi o mais disputado, sendo que por volta do meio dia do sábado o item já havia se esgotado em todas as lojas de Manhattan. Consegui uma cópia com muito sufoco…

Para conseguir meu Singles Bag do Lennon, cheguei cedo, às 10 horas da manhã numa loja do Village, a Rebel Rebel, que ficava próximo do meu hotel (o legendário Chelsea). Cheguei em frente a vitrine da Rebel Rebel e o proprietário estava abrindo seu estabelecimento. Seu funcionário colocava na calçada as caixas de plástico repletas de LPs de um dólar; enquanto isso um grupo de cerca de seis pessoas se acotovelava na frente da vitrine para tentar pescar algum peixinho exclusivo do RSD.

Com a luz da loja ainda apagada, com tudo escuro lá dentro, o pessoal começou a entrar e o dono avisou que os discos exclusivos do RSD estavam em duas caixas de papelão, bem no meio do corredor. Consegui colocar debaixo do braço um EP do Jimi Hendrix ao vivo e estava buscando principalmente o Singles Bag do Lennon e o compacto de 7” do Them Crooked Vultures.

Os itens iam evaporando na escuridão: Springsteen, Morrissey, REM, Lennon, Neil Young e Lady Gaga eram os mais disputados. Nisso, avisto um Singles Bag num mostruário atrás do balcão, e parto em direção a ele; faltava poucos segundos para a minha comemoração, quando, simplesmente do nada, chega uma moça falando no celular e com um carrinho de bebê…

Ela esbarrou no meu pé, me deu um tranco de leve, um sorrisinho amarelo e pediu para o lojista a última cópia do bag do Beatle… “Amor, acabei de achar aquele do Lennon que você me pediu hoje no café da manhã!”, era o que ela falava com o sortudo do marido pilantra…

Cheguei a desconfiar: “Será que aquela garota estava carregando um boneco no carrinho, só para ter preferência na hora de fisgar os discos nas pequenas e apertadas lojas?” Você sabe do que estou falando, nessas horas o racional nos abandona por completo…

Bleecker Street RecordsPaguei o meu Hendrix e rumei para a próxima loja, caminhando pelo agradável West Village (e pensando que ali andavam Hendrix, Dylan, Al Kooper e muitos outros).

A próxima parada foi na excelente Generation Records. Maior e bem mais organizada do que a Rebel Rebel, ali eles tinham um quadro de avisos branco com todos os lançamentos exclusivos do dia.

Para o meu desespero, muitos já estavam “riscados,” ou seja, já haviam esgotado, e olha que era ainda antes do meio dia. Mesmo assim consegui pegar alguns itens pra minha coleção, como o compacto dos Stones com “Plundered My Soul” (uma inédita das sessões de Exile On Main Street!); e um compacto picture do Coheed and Cambria. A Generation Records é sensacional; maior moçada descolada conversando dentro e fora da loja; no primeiro andar, CDs e DVDs; no andar subterrâneo, vinil, compactos e camisetas transadíssimas. Ali embaixo também iriam rolar shows exclusivos de músicos “habituês” do local. Pra melhorar ainda mais, a loja tinha dois caixas, um na parte inferior e outro na parte superior. O da parte superior era infinitamente melhor, com uma garota maravilhosa toda tatuada e mal encarada, trajando uma camiseta vintage do Nuclear Assault e ouvindo Celtic Frost no volume 11. A beldade atende pelo nome de “Rusty” e no site da loja ela dá umas dicas dentro do menu “Staff Picks”. Quando eu olhei, as dicas dela eram Kreator e Witchcraft, sem contar que o avatar dela no site é a “Moranguinho”.

Várias lojas bacanas estão no Village, algumas delas na Bleecker Street. A própria Bleecker Records é parada obrigatória, com uma vitrine que já faz você arrancar seus cabelos. Mesmo esquema da Generation: CDs e DVDs na parte de cima e LPs e compactos na de baixo. Tudo impecável, organizado e limpo. Mais aquisições do RSD: compactos dos Doors, Neil Young, Elvis e um duplo do Rodriguez, compositor cult de Detroit que recentemente foi redescoberto. Mas faltava ainda o maldito Singles Bag do Lennon…

Rodei por mais algumas lojas: Village Music World, Record Runner, Rock and Soul Records, Bleeckerbobs, Gimme Gimme Records e Other Music. Várias aquisições bacanas: Spirit, Beacon Street Union, Sly And The Family Stone, Idris Muhammad, Savoy Brown, Holy Moses, The Fugs, etc. Tudo num preço excelente.

O evento bizarro do dia aconteceu na loja Kim’s Video & Music. Lá estava eu comprando algumas revistas e alguns CDs quando de repente acontece algo cinematográfico: o dono do estabelecimento sai do balcão e começa a quebrar boa parte da sua própria loja, e na frente dos clientes!

Protegi tudo debaixo do braço (como todo bom “bolha”, vai que ele quebra o que eu estou querendo comprar…), e só fiquei sacando… O cara teve um acesso de fúria e jogou tudo o que estava no balcão no chão. O barulho foi alto e todo mundo parou e ficou olhando para o cara, sem entender o que estava acontecendo. O clima ficou péssimo, aguardei um pouco e fui pagar. O cara estava resmungando, olhando pro chão e xingando sem parar um de seus funcionários. O carinha do caixa, suava em bicas e fazia de tudo para cobrar os meus itens o mais rápido possível. Saí dando risada, pois tinha participado, ao vivo e a cores, de um episódio “alta fidelidade” total. Coisa de louco.

Physical Graffiti - NYC

Saí da loja e com várias sacolas debaixo do braço parti para outro point obrigatório de Nova York, o antigo prédio na St. Marks Place onde foi clicada a foto que ilustra Physical Graffitti do Led Zeppelin. O prédio está mal cuidado, mas continua idêntico ao da foto, e tem até um brechó com o nome do disco na parte de baixo… Ficar alguns minutos olhando o prédio do outro lado da rua é um programa bem interessante. Parece que você está olhando para a capa do elepê.

Minha aventura terminou na J&R, um complexo de várias lojas que toma conta de um quarteirão inteiro na parte Sul da ilha de Manhattan. Por incrível que pareça, a loja (que também vendia discos) fazia parte do RSD, e adivinhe o que eu achei lá? Meu tão procurado Singles Bag do John Lennon…

Você pode dizer que eu sou um bolha, mas como Lennon dizia: “I’m not the only one”…

Principais lançamentos do RSD (18/04/2010)

Jimi Hendrix – Live At Clark University (cinco faixas gravadas ao vivo em 1968, vinil colorido de 12”). 5000 cópias.

The Rolling Stones – Plundered My Soul (compacto de 7” numerado, contend no Lado A um tema inédito das sessões de gravação de Exile On Main Street). 10.000 cópias.

John Lennon – Singles Bjohn lennon singles bag RSDag (o item mais cobiçado do RSD deste ano: três compactos, três postais, um pôster e um adaptador de vitrola exclusivo para tocar 45 rotações, tudo acondicionado num bag de papelão numerado). 5000 unidades foram prensadas.

Elvis Presley – That’s Alright Mama/Blue Moon Of Kentucky (réplica do primeiro compacto do mestre pela Sun Records, inclui download gratuito). 2000 cópias.

Flaming Lips – Dark Side Of The Moon (a banda recriando o clássico do Floyd, num vinil verde de 12”). 5000 cópias.

The Doors – People Are Strange/Crystal Ship (compacto de 7” em comemoração ao lançamento do novo filme da banda). 2500 cópias.

Moby Grape – Rounder/Sitting By The Window (compacto de 7” com duas faixas ao vivo registradas em 1967 e 1969). 2000 cópias.

Roky Erickson – True Love Cast Out All Evil (um advanced em elepê de 12” do novo disco do mestre). 1000 cópias.

E mais: Ramones, Blur, The Rationals, Sonic Youth, REM, Mastodon, Jeff Beck, Muse, Pantera, Neil Young, Fela Kuti, Weezer, Buddy Guy, Wilco, Drive By Truckers etc.

poeiraCast 105 – Prensagens particulares
por Bento Araujo     23 Maio 2012