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poeiraCast 309 – Discos depressivos

Álbuns que trazem em seu som a carga pesada da depressão, da tristeza, da melancolia. São muitos deles, Mais

por Bento Araujo     07 dez 2016

Álbuns que trazem em seu som a carga pesada da depressão, da tristeza, da melancolia. São muitos deles, e eles são nosso assunto neste episódio, o penúltimo de 2016.

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A integridade artística sem fim de Robert Wyatt

Revisitamos a obra de um dos pilares do som de Canterbury

por Bento Araujo     28 jan 2016
Robert-WyattEle foi fundador do Wilde Flowers e depois integrou o Soft Machine, se tornando um dos pilares do som de Canterbury. Sua longa e expressiva carreira solo o transformou numa celebrada instituição da música britânica e sua integridade artística parece não ter fim. Hesitante ao ser chamado de lenda, Wyatt prefere ser chamado de imprudente, hedonista e autoindulgente. Tão hedonista que considera seu acidente sofrido em 1973 como “um bom passo dentro da carreira”.

Como diz o amigo Phil Manzanera, Robert Wyatt faz o entretenimento ter importância, ter substância. Sua personalidade é peculiar e está impressa na música que produz. Sua música é um testamento de sua vida pessoal, como acontece com os grandes e mais genuínos artistas.

Sua vida artística começou quando ele passou a ter aulas com George Neidorf, músico de jazz norte-americano de passagem por Canterbury. Em 1962, ele e George foram passar uns tempos no meio do Mediterrâneo, na ilha de Majorca, onde Wyatt conheceu o poeta Robert Graves.

Voltando à Inglaterra no ano seguinte, interessado em música e poesia, Wyatt conheceu Daevid Allen e se junto ao Daevid Allen Trio, que também contava com Hugh Hopper. Allen depois largou tudo e foi para a França, deixando Wyatt e Hopper pra trás. Ambos formaram então o Wilde Flowers, com Kevin Ayers, Richard Sinclair e Brian Hopper. Estava fundada a banda seminal de Canterbury, que serviria de inspiração e celeiro para a maioria das demais que surgiriam na região. Já dava pra perceber que Wyatt seria um dos mais criativos músicos e indivíduos de sua geração.

Em 1966, o Wilde Flowers já era passado. Wyatt e Kevin Ayers se juntaram então a Daevid Allen e Mike Ratledge no Soft Machine, um grupo com uma proposta completamente nova e aberta, que sacudiu os alicerces do underground europeu.

Depois de quatro álbuns o baterista deixou o grupo e lançou seu primeiro álbum solo, The End of an Ear, totalmente experimental e com influências de free jazz. Suas habilidades percussivas e sua voz frágil, utilizada também como um instrumento, eram os destaques dessa primeira aventura solitária. Nos teclados de The End of an Ear estava David Sinclair (Caravan), que no ano seguinte se juntaria a Wyatt num novo projeto: Matching Mole. Mas antes Wyatt participou do ambicioso projeto Centipede, capitaneado pelo amigo Keith Tippett (ver mais na pZ #33).

Phil Miller (ex-Delivery, futuro Hatfield and The North e National Health) e Bill MacCormick (Quiet Sun, 801) estavam na guitarra e no baixo do Matching Mole, nome surgido de um jogo de palavras pra cima de Machine Molle, a tradução para o francês de Soft Machine.

O primeiro álbum, homônimo, surgiu em abril de 1972 e foi composto quase que inteiro por Wyatt. Era, definitivamente, um novo conceito em art rock – repleto de improvisações, belas melodias exóticas e também algum humor, bem britânico, é verdade. O segundo trabalho do projeto, Little Red Record, teve menor envolvimento do baterista, que escalou os amigos Robert Fripp e Brian Eno para dar uma mãozinha, sendo que Fripp produziu o disco. A capa e o título não escondiam uma alusão ao Little Red Book de Mao e a Revolução Cultural Chinesa.

Sem medo de expor sua posição política esquerdista, Wyatt depois acabou angariando a simpatia do movimento punk pela Inglaterra. Gostava de falar sobre e para o povo. Durante o governo de Margaret Thatcher, seu radicalismo ficou ainda mais intenso, com ele apoiando o Comunismo de maneira decidida e resoluta, mesmo com iminência da Glasnost. Nos anos dourados agressivos do punk, o artista não se calou, lançando uma série de compactos pelo selo independente Rough Trade. Uma constante em sua carreira sempre foi ir contra as expectativas de quem fosse, tanto que registrou inesperadas versões para “At Last I Am Free” do Chic, ou “I’m a Believer”, dos Monkees.

Mas foi no primeiro dia de junho, de 1973, que a carreira de Robert Wyatt renasceu. Durante uma festa para Gilli Smyth (Gong) e Lady June, um embriagado Wyatt despencou de uma janela, do quarto andar. Em função do acidente o baterista ficou paralisado da cintura pra baixo. Precisando de grana para se manter e se adaptar à nova realidade, Wyatt contou com a ajuda do Soft Machine e do Pink Floyd, que fizeram dois shows beneficentes, apresentados pelo amigo John Peel.

Sua carreira de baterista ao lado do Matching Mole ficou de escanteio e Wyatt passou a organizar seu segundo disco solo, com a ajuda dos amigos Mike Oldfield, Ivor Cutler, Fred Frith (Henry Cow) e Nick Mason. O que ele criaria dali por diante, utilizando teclados e percussão manual, seria o “som da liberdade” como ele mesmo declarou, um passo adiante das suas responsabilidades como baterista. Para ele, foi muito mais humilhante ter sido rejeitado pela florescente comunidade jazz-rock (leia Soft Machine). Após o acidente, ele tinha talentosos amigos pela primeira vez ajudando-o em suas próprias criações. “Na verdade o acidente foi um momento de celebração na minha vida. Antes de eu começar tudo novamente, em 1973, eu era apenas um sujeito miserável, infeliz e nada confortável”, declarou o compositor na revista Mojo, em 2005.

Graças a sua esposa, Alfie, passou a escutar flamenco e também música folclórica da Bulgária. Percebeu que existia “soul music” em toda parte do mundo. Essa espécie de revelação teve um gigantesco impacto em sua carreira, assim como Picasso, Mingus, Dolphy e o Dadaísmo tinham tido anos antes. Frustrado não com sua condição atual, mas segundo o próprio, com a cena musical careta e tediosa de 1974, Wyatt sentia inveja dos ambientes criativos que impulsionaram movimentos artísticos no passado.

De um ponto de vista, se tornar um deficiente físico era uma experiência única para um rockstar, uma experiência excêntrica inclusive, caso você tire o peso negativo da coisa, como Wyatt sempre fez questão de fazer.

Essa experiência impulsionou um trabalho totalmente original, Rock Bottom, lançado em 1974. Era um exemplo do que menos derivativo existia no cenário musical, ou no idioma do rock da época. Não havia antecedentes para Rock Bottom.

O compacto com sua versão para “I’m a Believer”, também produzido por Nick Mason, chegou alto nas paradas britânicas. Não demorou para o Top of the Pops solicitar a presença de Wyatt num de seus episódios semanais. O problema foi que o produtor do programa alegou que a performance do músico cantando numa cadeira de rodas “não seria adequada às famílias britânicas” que assistiam ao programa. Wyatt insistiu e apareceu em sua cadeira de rodas, com Mason acompanhando-o na bateria. Em protesto, a edição seguinte da NME trazia em sua capa Wyatt e toda a sua banda em cadeiras de rodas.

O próximo compacto seria com uma versão para o reggae “Yesterday Man”, de Chris Andrews, mas a Virgin achou que não seria uma boa estratégia após o sucesso do single anterior. O lançamento foi então arquivado.

Ruth Is Stranger Than Richard (1975) foi seu próximo LP, com colaborações de Fred Frith, Gary Windo e Brian Eno, que tocou múltiplos instrumentos e “direct inject anti-jazz ray gun” no álbum. Em agradecimento, Wyatt apareceu no lançamento seguinte do selo de Eno (Obscure Records), Voices and Instruments, disco de Jan Steele e John Cage (1976). No tracklist, duas canções de Cage interpretadas por Robert.

Durante a segunda metade da década de 70, ele não lançou nada como artista solo, optando por aparecer em apresentações e gravações de amigos, bandas e artistas como Henry Cow, Hatfield and the North, Carla Bley, Eno, Michael Mantler e Phil Manzanera.

A década seguinte presenciou um artista mais politizado, membro do Partido Comunista da Grã Bretanha. Lançou singles de viés político e colaborou com Elvis Costello, News from Babel, Scritti Politti e Ryuichi Sakamoto. Seu quinto disco solo surgiu somente em 1985, Old Rottenhat, e uma biografia pintou em 1994 – Wrong Movements, escrita por Michael King.

Sempre atraindo a atenção do underground, a música de Wyatt geralmente molestava e incomodava o grande público, sedento por músicas e melodias de fácil assimilação. Algumas publicações de música sacaram isso e criaram um novo verbo, Wyatting, que consistia na ação de tocar faixas pouco usuais, visando espantar as pessoas de um bar, por exemplo. Anos depois, o The Guardian quis saber a opinião do músico a respeito: “Acho isso muito engraçado. Fico honrado com a ideia de me tornar um verbo. Na verdade eu não gosto de confundir e incomodar as pessoas, mas mesmo quando tento ser normal eu acabo incomodando”.

Nas duas últimas décadas ele produziu apenas mais quatro discos solo, sendo o mais recente Comicopera (2007), mas participou de inúmeros outros projetos com amigos.
O que certamente influenciou a música única praticada por Robert Wyatt foi a sua atração pela música popular de qualquer canto do planeta. Essa atração serviu de contraponto ao fato dele ter sido influenciado pelos poetas beat, antes mesmo do surgimento do pop. Pintores e poetas vanguardistas permeavam seu cerne criativo desde muito cedo.

“O que me mantém em atividade é o constante senso de desapontamento com o que eu já criei”. Cabe somente aos grandes artistas esse tipo de raciocínio. Inquieto, Wyatt sem perceber criou uma obra sim, de cunho intelectual, mas repleta de inúmeras facetas emocionais, como compaixão, submissão, humildade e pura alma.

O ESSENCIAL DE ROBERT WYATT

Volumes One and Two
(Soft Machine, 1968/1969)

CD que reúne os dois primeiros álbuns do Soft Machine. Psicodelia britânica de ponta e duas cartilhas do som de Canterbury. Jazz, dadaísmo e humor excêntrico – experimentos que permearam toda a trajetória de Robert Wyatt.

Third
(Soft Machine, 1970)

Disco duplo, com quatro longas faixas que, juntas, fomentaram uma obra tão seminal como Bitches Brew, de Miles Davis. A surreal “Moon in June” é até hoje o tema mais associado ao seu compositor: Wyatt.

The End of an Ear
(Robert Wyatt, 1970)

Um dos mais belos, livres e incompreendidos discos de sua carreira, com releituras de Gil Evans, proposta vanguardista e homenagens musicais experimentais.

Matching Mole
(Matching Mole, 1972)

O segundo álbum do projeto Matching Mole tinha Robert Fripp e Brian Eno, e gerou controvérsia, mas este primeiro é mais consistente musicalmente. Tão pessoal que pode ser considerado o segundo disco solo de Wyatt.

Rock Bottom
(Robert Wyatt, 1974)

Intenso, poético, surreal e até com um certo capricho autodepreciativo, Rock Bottom é emocionalmente acessível a todos, mesmo com sua aparente complexidade. Obra-prima.

Ruth Is Stranger Than Richard
(Robert Wyatt, 1975)

Ao contrário de Rock Bottom, Wyatt se autoproduziu neste disco, e adaptou canções de outros artistas. Mesmo assim, criou um trabalho extremamente pessoal, de teor relaxado e aflitivo.

Artigo originalmente publicado na pZ 54

30 coisas que você não sabia sobre Third, do Soft Machine

Com Third, o barato do Soft Machine era se concentrar em expressões musicais completamente individuais.

por Bento Araujo     20 out 2014

Soft Machine - Third01. Third captura o exato momento de maior transição do Soft Machine: da psicodelia “Canterburyana” para o jazz rock sofisticado.

02. O vinil duplo trazia apenas quatro canções, cada uma delas tomando conta de um lado inteiro do elepê. São elas “Facelift”, “Slightly All the Time”, “Moon in June” e “Out-Bloody-Rageous”.

03. Com a debandada de Daevid Allen e de Kevin Ayers, o que o reformulado Soft Machine menos desejava era emplacar algum hit nas paradas.

04. Third traz a influência do grande compositor minimalista Terry Rilley, além de muitas melodias complexas e andamentos quebrados, o que fez do álbum um marco do rock progressivo.

05. A única faixa que contém vocais da bolacha é “Moon In June”, cortesia do batera Robert Wyatt, autor e vocalista da mesma.

06. A canção se tornou um dos hinos do grupo e também a última faixa “com letras” da história da banda.

07. Third é a estréia de Elton Dean, saxofonista de free jazz que mais à frente tomaria as rédeas do Soft Machine.

08. O album foi bem recebido pela crítica, mas entre o público, fez mais sucesso com a platéia européia que não dominava a lingua inglesa.

09. Várias bandas basearam suas carreiras inteiras na premissa sonora livre contida em Third.

10. “Moon In June” tem um dos mais longos “codas” já registrados em disco. Final apoteótico.

11. Segundo Mike Rattledge, Third foi registrado por um grupo de pessoas que simplesmente celebravam o entusiasmo por coisas fora do âmbito musical, como a literature francesa, por exemplo.

12. Wyatt garante que as longas suítes de Third eram na verdade uma espécie de defesa do grupo, já que sem as tradicionais pausas entre as canções, ficava mais difícil deles serem vaiados durante os concertos.

13. Simultaneamente ao lançamento de Third a banda foi convidada a se apresentar no pomposo Royal Albert Hall, naqueles tempos algo raro para um grupo de “rock”.

14. Foi a primeira vez que um grupo de “música popular” se apresentou como parte de um concerto erudito dentro da renomada sala britânica.

15. Segundo fontes próximas do grupo, o envolvimento superficial de Rattledge e Dean em “Moon In June” deixou Wyatt muito triste e isso acabou sendo crucial em sua decisão de deixar a banda após o álbum seguinte, Fourth.

16. Third ficou conhecido por ser a “resposta britânica simultânea” ao transgressor Bitches Brew, de Miles Davis, lançado no mesmo mês desta obra do Soft Machine.

17. Além de Elton Dean (saxofone), Mike Ratledge (teclados), Robert Wyatt (bateria e vocal) e Hugh Hopper (baixo); Third contou com canjas de uma seção ousada de metais e sopros, compreendida por Lyn Dobson (sax), Nick Evans (trombone) e Jimmy Hastings (irmão de Pye Hastings do Caravan) na flauta e clarinete.

18. “Facelift”, a primeira faixa do disco, foi registrada ao vivo no Fairfield Hall, em Croydon, no dia 4 de janeiro 1970; e no Mother’s Club, de Birmingham, no dia 11 de janeiro de 1970.

19. No estúdio o pessoal fez uma colagem dessas gravações, aumentando e diminuindo a rotação original, inserindo loops malucos e tocando trechos de trás pra frente.

20. A idéia original seria lançar um álbum totalmente livre, com um som não muito polido e produzido, mas com edições bem sacadas e uma pós-produção ousada.

21. “Moon In June” é uma sátira às pretensiosas composições roqueiras da época. Foi baseada na dificuldade em que Wyatt tinha de passar longos períodos longe do lar.

22. Hugh Hooper gravou Third com um Fender Jazz Bass usado, pois o seu Precision original havia sido roubado um pouco antes das gravações. Isso deixou o som de baixo do álbum com mais brilho e um maior contraste de médios e agudos.

23. “Rattledge e Hopper odiaram tanto ‘Moon In June’ que se recusaram a gravar a música… Por isso que eu precisei tocar todos os instrumentos… Exceto pelo fato deles gravarem apenas um solo de órgão acompanhado de uma linha de baixo. Me senti muito sozinho e completamente rejeitado…”, declarou Robert Wyatt no livro Soft Machine Out-bloody-rageous, de Graham Bennet.

24. Se você acha que o Yes foi a primeira banda que lançou um álbum duplo épico, contendo apenas quatro faixas (Tales From Topographic Oceans, em 1973), fique sabendo que Third foi lançado três anos antes.

25.Third foi registrado no IBC Sound Recording Studios de Londres, um dos primeiros estúdios independentes da Inglaterra, muito usado para registrar sons de Big Bands de jazz.

26. Em 1970, a fase áurea do estúdio IBC havia ficado pra trás, mas duas particularidades atraíram o pessoal do Soft Machine: gravação em oito pistas e o preço, mais em conta do que os demais estúdios profissionais da cidade.

27. “Facelift” é a canção desse período do Soft Machine que mais deixou Hugh Hooper satisfeito: “Gosto demais dela pois a escrevi totalmente por instinto e não baseada em alguma teoria musical”.

28. A letra original de “Moon In June” tornou-se um dos maiores mistérios do rock progressivo. Versões diferentes da letra foram impressas através dos anos, inclusive uma contida na prensagem japonesa do LP.

29. Robert Wyatt, o único que poderia resolver tal mistério, alegou que não se lembra da letra da canção. A versão mais fiel está impressa no livro Soft Machine Out-bloody-rageous, de Graham Bennet.

30. Segundo Hooper, na altura de Third, a camaradagem entre os músicos do Soft Machine era coisa do passado. A antiga ideia de compor um longo tema através de uma justaposição de idéias variadas dos integrantes não fazia mais sentido. Com Third, o barato do Soft Machine era se concentrar em expressões musicais completamente individuais.

Texto originalmente publicado na pZ 23

http://youtu.be/6m1oeL28azY

pZ 54

Lucifer’s Friend, Don Brewer (Grand Funk Railroad), Robert Wyatt, Beau Brummels, Rush, Status Quo, Wilko Johnson, Bango etc.

por Bento Araujo     12 jul 2014

LUCIFER’S FRIEND
Janeiro de 1971. Uma nova década estava começando, assim como um novo gênero musical. Para um grupo de jovens alemães e um poderoso vocalista que vinha da Inglaterra, aquilo foi a matéria prima crucial. Assim nasceu o Lucifer’s Friend, que graças a sua sonoridade, seu nome de batismo e à capa de seu primeiro disco, entrou para a história como um dos pioneiros do som pesado. Inclui batepapo exclusivo com John Lawton e discografia comentada.

DON BREWER (GRAND FUNK RAILROAD)
Ele foi um dos grandes bateristas dos anos 70, além de voz principal em grandes clássicos do Grand Funk Railroad como “We’re An American Band”, “Shinin’ On” e “Walk Like a Man”. Don Brewer falou por cerca de meia hora com a pZ, diretamente de sua casa em West Palm Beach, Flórida. Totalmente à vontade, relembrou fatos marcantes de sua longa carreira.

RUSH
Sem arranjos complexos e temas fantásticos, a estreia do trio canadense é pura explosão hard rock que completa 40 anos de idade. Tudo sobre o álbum de estreia de Geddy Lee, Alex Lifeson e John Rutsey, além de comentários faixa a faixa do disco.

STATUS QUO + WILKO JOHNSON AO VIVO EM LONDRES
A poeira Zine cobriu para esta edição, com total exclusividade, duas apresentações do Status Quo com a abertura de Wilko Johnson, no Hammersmith Odeon, em Londres.

BEAU BRUMMELS
Com um álbum essencialmente norte-americano, a banda de San Francisco passou de uma simples resposta local à British Invasion para um bastião da música pop local, principalmente graças à teimosia de dois sujeitos: Sal Valentino e Ron Elliott.

OS CANIBAIS / BANGO
Nesta edição a pZ celebra o legado dessas duas grandes bandas brasileiras. Dos primórdios da Jovem Guarda ao rock psicodélico. Inclui depoimentos de Aramis Barros, mentor e fundador de ambos os grupos.

ROBERT WYATT
Ele foi fundador do Wilde Flowers e depois integrou o Soft Machine, se tornando um dos pilares do som de Canterbury. Sua longa e expressiva carreira solo o transformou numa celebrada instituição da música britânica e sua integridade artística parece não ter fim.

E MAIS:
The Rising Storm, The Rockets, Jeff Beck, Neil Young, Looking Glass, Patrulha do Espaço, Dr. Dopo Jam, Ticket, Ptarmigan, Silver Mammoth, os templos sagrados do rock, Irmandade do Blues etc.

poeiraCast 146 – Soft Machine
por Bento Araujo     30 abr 2013