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poeiraCast 231 – Família Purple

Carreiras solo, bandas e projetos: hoje conversamos sobre a enorme família formada pelos outros trabalhos dos integrantes do Mais

por Bento Araujo     29 abr 2015

Carreiras solo, bandas e projetos: hoje conversamos sobre a enorme família formada pelos outros trabalhos dos integrantes do Deep Purple.

poeiraCast é o podcast da revista poeira Zine
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Tommy Bolin

Relembrando a carreira deste grande guitar hero dos anos 70

por Bento Araujo     15 jul 2014

Tommy BolinThomas Richard Bolin foi mais uma daquelas perdas inestimáveis e irreparáveis para o rock. Nasceu em Sioux City, Iowa, USA, no primeiro dia de agosto de 1951. Aventurou-se bem cedo pelos caminhos da música: primeiro tentou a bateria, depois o piano, porém foi só aos 13 anos de idade que sacou que o seu lance era mesmo a guitarra.

O tímido e charmoso garoto que optou em abandonar a escola ao invés de ter que cortar seu cabelo se mandou para Denver, no Colorado, onde montou sua primeira banda, o American Standard.

Logo depois conheceu uma garota chamada Candy Givens, uma jovem vidrada em Janis Joplin. Com ela funda o Zephyr, grupo de projeção apenas local que lançou apenas dois álbuns com a guitarra de Bolin. Um dos maiores méritos da banda foi abrir um show do Led Zeppelin, que terminou com Jimmy Page impressionado com a performance do precoce Bolin.

Ligado com a onda jazz-rock que assolava o planeta, Bolin abandona o Zephyr com o intuito de montar um novo grupo nos moldes da Mahavishnu Orchestra e do Weather Report. Dessas aspirações do guitarrista nasce o Energy, uma banda que fazia muitos shows e até chegou a gravar algum material, porém não atraiu a atenção de nenhuma gravadora. Pelo menos o nome de Bolin ia sendo muito (bem) falado entre os músicos, tanto que o batera da Mahavishnu Orchestra, Billy Cobham, acaba convidando-o para a gravação de seu álbum solo, o magnífico Spectrum (Aliás, o convite para ingressar no Deep Purple surgiu de um atônito David Coverdale, completamente atordoado com a atuação de Bolin nesse disco).

A próxima parada de Bolin foi o James Gang, onde gravou os discos Bang e Miami. Essa época foi crucial para Bolin, pois com o James Gang desenvolveu seus vocais (ele era o lead singer em algumas faixas da banda) e sua postura de palco, trazendo uma performance cada vez mais ousada, com roupas extravagantes e cabelos nas mais diversas tonalidades.

Insatisfeito, sai do James Gang e se manda para Los Angeles onde é requisitado pelo ex-batera do Weather Report, Alphonse Mouzon. Com ele grava o álbum Mind Transplant.

Naquela altura, a saída mais correta que Bolin achou para dar uma direção mais firme em sua carreira foi a de embarcar também numa carreira solo. Produziu sua própria demo tape e saiu atrás de uma estampa para lançar o disco. A gravadora Nemperor se animou e soltou, em 1975, o álbum Teaser, que era um perfeito retrato de seu estilo de vida intenso e sempre perigoso. Teaser mesclava peso e balanço como na sexy faixa título e mais belos temas como“Lotus”, “The Grind” e na excepcional “Dreamer”.

Ao mesmo tempo em que tinha uma promissora carreira solo agendada, Bolin recebe e aceita o convite para ser o substituto de Ritchie Blackmore no Deep Purple. Exige no contrato total liberdade para promover seu recém lançado álbum solo, seja em tours de divulgação, seja tocando com seu próprio grupo. O músico sentia necessidade de apostar numa carreira paralela com as atividades do Purple. Ficou claro também nesse contrato que nos shows do Purple, Bolin apresentaria pelo menos duas músicas de sua carreira solo, que geralmente eram “Wild Dogs” e “Homeward Strut” (erroneamente creditada como “The Grind” em alguns bootlegs).
Esclarecido esses detalhes, o reformulado Deep Purple grava com Bolin o álbum Come Taste The Band, um de seus melhores trabalhos. A banda soava livre, espontânea e suingada como nunca.

A tour do álbum foi uma montanha russa, com alguns shows históricos e outros deprimentes graças a um Tommy Bolin no auge do vício em heroína. Numa de suas aplicações, o guitarrista acaba atingindo um nervo de sua mão esquerda o que acabou paralisando todo seu braço.

Depois de um fatídico show em Liverpool, o Deep Purple finalmente encerrava suas atividades, cancelando uma tour pela Alemanha e mandando Tommy Bolin de volta pra casa. O pronunciamento oficial sobre o fim do grupo só apareceria em julho de 1976, quando Tommy já estava preparando seu segundo disco solo – Private Eyes.
Remontou uma nova versão de sua banda, a The Tommy Bolin Band com Mark Stein (ex-Vanilla Fudge e Boomerang) no teclados e Narada Michael Walden na batera, entre outros. Excursionou abrindo para Robin Trower e Steve Marriot e ainda arrumou tempo de gravar algumas sessões com a banda canadense Moxy.

Private Eyes seguia o mesmo caminho de Teaser e trazia um repertório elegante como “Shake The Devil”,“Someday Will Bring Our Love Home”, “Post Toastee” e “Bustin’ Out For Rosie” trazendo sempre o vocal marcante e peculiar de Bolin.

O guitarrista ia fazendo shows em pequenos clubes com sua banda e um de seus planos era montar um super grupo ao lado de Billy Cobham e Glenn Hughes, o que nunca chegou a acontecer.

No dia 03 de dezembro de 1976, Bolin estava em Miami e abriu o show de Jeff Beck, no Jai Alai Fronton Hall Club. No backstage posou para fotos ao lado de Beck e voltou para o hotel. Chegando lá, Bolin estacionou no bar do hotel e tomou vários drinks como de costume. Depois subiu para o quarto com sua namorada e apagou no meio de uma ligação telefônica. A garota colocou Bolin debaixo de uma ducha gelada, mas ele não esboçou nenhum sinal de melhora. Como ele tinha consumido heroína, valium e álcool todos ficaram temerosos em chamar um médico.

A respiração de Bolin ia ficando cada vez mais fraca e esparsa. A garota, mesmo vendo que Bolin estava realmente num péssimo estado, chamou os médicos somente na manhã do dia seguinte.

O guitarrista tinha sido sufocado por uma espécie de paralisação na área pulmonar, causada pela overdose.

Tarde demais, Bolin estava morto antes mesmo da ambulância chegar. O legista alegou ter achado quatro marcas recentes de agulhas no seu corpo e o atestado de óbito indicou overdose por heroína, morfina, lidocaína e álcool. Bolin tinha apenas 25 anos de idade.

O enterro foi realizado em Sioux City em uma cerimônia organizada pela família para 350 convidados. Uma ex-namorada de Bolin, Karen, voou de Londres para Iowa para o funeral e trouxe consigo um anel que foi colocado por ela no dedo de Bolin antes do sepultamento. O anel tinha sido um presente do manager do Deep Purple, Rob Cooksey, que ofertou a joia ao guitarrista. Segundo o manager, Jimi Hendrix estava usando esse anel quando morreu e a namorada de Bolin tinha guardado a peça com ela porque tinha certeza que Bolin provavelmente perderia a joia. Histórias do mundo do rock…

pZ 13

1966, James Gang, Patrick Moraz com Vímana e Som Nosso, Freddie King, Smile, MC5, Uriah Heep, Comus etc.

por Bento Araujo     07 jul 2014

Você já reparou a importância do ano de 1966 para a história do rock?
Sim, nesse ano foram lançadas obras do quilate de Revolver, Pet Sounds, Freak Out, Blonde on Blonde, Aftermath, Face To Face, Fifth Dimension e muitas outras. 1966 foi o ponto de convergência. O pontapé de uma nova era na música, na arte e nos costumes. Como Keith Richards definiu, foi quando a década deixou de ser monochrome para se tornar technicolor. Essa edição da pZ traz um completo panorama desse ano histórico, estrelando Beatles, Who, Small Faces, Stones, Byrds, Zappa, John Mayall, Velvet, Dylan, Cream, Hendrix, Beach Boys e O’Seis (pré-Mutantes).

Outro destaque desta edição é uma matéria com o James Gang, uma das bandas mais idolatradas do hard norte-americano. As aventuras da banda pelos anos 70 e a atuação guitarrística de lendas como Joe Walsh, Tommy Bolin e Domenic Troiano estão documentadas.

E Mais: Patrick Moraz com Vímana e Som Nosso, Freddie King, Smile etc.
Capas Históricas: Demons and Wizards (Uriah Heep)
Canções que Mudaram o Mundo: Kick Out The Jams (MC5)
Pérola Escondida: Comus
Have a Nice Day: Pacific Gas & Electric / Ashton Gardner & Dyke

 

pZ 2 (ESGOTADO)

Cream, Jimi Hendrix Experience, Pappo’s Blues, Ramatam, César Camargo Mariano, Ozark Mountain Daredevils, Blue Cheer etc.

por Bento Araujo     03 Maio 2013

A trajetória do Cream e do Jimi Hendrix Experience, entrelaçada por fatos e acontecimentos surpreendentes. De acompanhamento temos um mega especial com os trios de hard e progressivo, gente do calibre de Trapeze, Mahogany Rush, Grand Funk, Blue Cheer, Beck Bogert & Appice, ELP, James Gang, West Bruce & Laing, Taste, etc.

Além dos trios argentinos dos anos 70 como Manal, Color Humano, Invisible, Dias de Blues, Vox Dei, Pappo’s Blues, La Cofradia de La Flor Solar, Aeroblus, etc

E mais: Led Zeppelin. Neil Young, César Camargo Mariano

Pérola Escondida: Ramatam

Have A Nice Day: Jo Jo Gunne / Ace / Crabby Appleton / Ozark Mountain Daredevils