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Coletânea trouxe quatro músicas inéditas com uma formação diferente das anteriores
Há trinta anos, no dia 15 de setembro de 1984, o Motörhead lançava o álbum duplo No Remorse. Embora seja uma coletânea dos sete anos do grupo no selo Bronze, de Gerry Bron, No Remorse trouxe quatro músicas inéditas de um Motörhead renascido, e foi ainda o último deles naquela gravadora.
Em 1983, o Motörhead havia perdido, com a saída de Brian Robertson, dois guitarristas em pouco mais de um ano. Naquele momento delicado, o baterista Philthy “Animal” Taylor anunciou a Lemmy, único remanescente da fundação da banda, que também estava de saída. A resposta do baixista e vocalista foi irônica como ele próprio: “Phil, seu timing é ótimo”. Pouco tempo depois, tendo recrutado os novatos Wurzel e Phil Campbell para o lugar que fora de Robertson (e, anteriormente, de Eddie Clarke), além do baterista Pete Gill, ex-Saxon, Lemmy estreou a nova formação do Motörhead em uma apresentação no Hammersmith Odeon. A relação com a Bronze já não era das melhores – o selo não tinha total confiança no novo line up. Para o álbum que o grupo ainda devia à gravadora, então, Lemmy compilou vinte faixas, que foram distribuídas em dois discos. Quatro músicas novas se somaram a elas, fechando, cada uma, um dos lados do vinil duplo.
Com capa confeccionada em couro sintético preto estampado com a arte de Joe Petagno em prateado (embora seja mais facilmente encontrada a edição de capa convencional), No Remorse trazia nos encartes um texto de Malcolm Dome, da Kerrang!, e comentários de Lemmy, faixa a faixa.
Das quatro composições novas, creditadas ao novo quarteto, uma, “Killed by Death”, foi lançada em compacto duas semanas antes do álbum. Em uma das versões desse single, a de 12 polegadas, há duas músicas no lado B chamadas “Under the Knife”, embora elas sejam canções diferentes. Apenas uma delas aparece no compacto simples, e ambas estão entre as faixas bônus das reedições “deluxe” em CD de No Remorse.
Em fita cassete, a embalagem original também era especial: uma caixinha de couro, que imitava uma embalagem luxuosa de cigarros, e incluía até aqueles avisos sobre o mal que fazia à saúde.
O quarteto da época do lançamento de No Remorse viria a gravar ainda um álbum completo, o também importante Orgasmatron, em 1986, por um novo selo, GWR Records, do empresário Doug Smith.