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poeiraCast 305 – Melhores discos de 1966

1966, mais um ano em que grandes discos do rock foram lançados. E, claro, em outros gêneros da Mais

por Bento Araujo     09 nov 2016

1966, mais um ano em que grandes discos do rock foram lançados. E, claro, em outros gêneros da música popular. Listamos e comentamos um pouco do que de melhor foi registrado na música de 50 anos atrás.

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O enclave de Zappa

A Utility Muffin Research Kitchen recebe uma exposição de arte e é finalmente aberta ao público

por Radames Junqueira     23 mar 2016

Zappa - UMRK“Eu cresci nessa casa. As pessoas que passaram por aqui eram amigas da família, músicos, contemporâneos, cientistas, artistas e pessoas de mente aberta. É um lugar especial. Os meus pais viveram e morreram aqui, então as memórias são muitas, principalmente das risadas que ecoavam pela casa”.

Ahmet Zappa parece eufórico ao falar de um ambiente tão familiar. O filho de Frank Zappa sabe que a casa em Laurel Canyon, popularmente conhecida por abrigar a Utility Muffin Research Kitchen (como Frank chamava o seu estúdio particular), é quase um templo sagrado de liberdade artística, criativa e intelectual.

Ahmet e sua esposa, ao lado de outros dois curadores, decidiram criar a Someplace Else Right Now, uma exposição de arte que acontece dentro da residência dos Zappas. É a primeira vez que a residência e a Utility Muffin Research Kitchen é aberta ao público.

Uma campanha de financiamento coletivo foi lançada para salvar os arquivos de Zappa, que ainda se encontram no porão da residência. A casa está à venda no eBay, então talvez essa seja a última oportunidade de conhecer de perto o ninho de criação particular de um dos maiores artistas da música moderna.

Dez discos para entender as jams

Escolhemos dez álbuns contendo jams, lançados bem antes da explosão das jam bands, mas que serviram de cartilha para as gerações seguintes

por Bento Araujo     17 nov 2015

No final dos anos 80 e início dos 90, surgiu nos EUA um novo fenômeno musical. Na verdade não totalmente novo, mas com tendências nostálgicas, era o fenômeno das jam bands. Phish, Blues Traveler, Widespread Panic, Bela Fleck and the Flecktones, Col Bruce Hampton, Primus, Black Crowes e muitos outros grupos realizavam apresentações livres e estendidas, repletas de improvisos musicais. Aquela era uma cultura inteiramente relacionada ao que bandas como Cream e The Jimi Hendrix Experience fizeram nos anos 60, utilizando a liberdade do jazz para levar seu rock às derradeiras consequências. Sacando aquela revolução, dois nomes do rock norte-americano, Grateful Dead e Allman Brothers Band, lançaram então o modelo para as futuras gerações de jam bands. Os discos de estúdio não eram lá tão festejados, mas os registros ao vivo viravam febre e uma espécie de culto passou a acontecer nas apresentações dessas duas bandas. Aqui estão dez álbuns contendo jams, lançados bem antes da explosão das jam bands, mas que serviram de cartilha para as gerações seguintes.

Grape Jam (Columbia, 1968)
MOBY GRAPE

Originalmente, este álbum era um presente, ofertado a quem adquirisse o segundo disco do Moby Grape, chamado Wow. Somente na Alemanha, saiu como um disco duplo: Wow/Grape Jam. Essas cinco jams registradas livremente em estúdio foram lançadas antes mesmo de Super Session, e, não por mera coincidência, tanto Al Kooper como Mike Bloomfield participam de Grape Jam tocando piano. Mas os holofotes estavam virados para os integrantes do Grape, todos músicos de primeira: Bob Mosley, Skip Spence, Don Stevenson e Jerry Miller, este último literalmente brincando com a sua guitarra pelo álbum. Relaxado, o grupo apenas apertou o play e registrou tudo. Falta rumo e inspiração, mas não competência. Apenas bons músicos jogando conversa fora. Ouça “Never” e descubra de onde o Zeppelin sacou sua “Since I´ve Been Loving You”.

Super Session (Columbia, 1968)
MIKE BLOOMFIELD / AL KOOPER / STEPHEN STILLS

Al Kooper sempre foi um ávido e experiente entusiasta de improvisos e sessões musicais livres. Assim, resolveu registrar um novo trabalho, que num lado contaria com o maior guitarrista branco do blues americano, Mike Bloomfield, e no outro lado com Stephen Stills. Não que tudo havia sido calculado daquela forma, mas a necessidade falou mais alto: Bloomfield se mandou e não conseguiu finalizar o disco. Foi aí, então, que Kooper ligou para Stills e resolveu tudo rapidamente. O intuito de Kooper foi se divertir em estúdio, com músicos, que assim como ele, estavam desempregados de suas grandes bandas. Assim, eles estariam livres das pressões dos grandes selos, dos produtores e dos executivos. Ironicamente, criaram não só um disco que foi um sucesso como também um novo termo musical: Super Session.

Live/Dead (Warner, 1969)
GRATEFUL DEAD

Não é o melhor disco ao vivo do Grateful Dead, mas foi a primeira gravação estendida oficial de um concerto do grupo pai das jam bands. Mais que isso, foi também neste álbum que os deadheads conheceram o seu hino #1, “Dark Star”, que toma conta do primeiro lado inteiro do LP, com seus 23 minutos. Os paradigmas do formato “canção pop” vem abaixo durante os quatro lados experimentais, registrados no Fillmore West, que representam de maneira fidedigna o show da banda em 1969. Com Live/Dead o pioneiro Grateful Dead solucionou o enigma de como trazer para a sala do ouvinte casual a longa experiência de presenciar o conjunto ao vivo. Foi um ato sem dúvida visionário, que até hoje faz sentido dentro do mercado fonográfico, mostrando que o disco pode ser legal, mas o show é que é realmente imperdível.

Trip In The Country (Polydor, 1970)
AREA CODE 615

615 é o DDD de Nashville e o Area Code foi um supergrupo local formado pela nata dos músicos de estúdio da crucial cidade da música norte-americana: Charlie McCoy, Mac Gayden, Weldon Myrick, Kenny Buttrey, Bobby Thompson, Wayne Moss, Buddy Spicher, Norbert Putnam e David Briggs. Lançaram apenas dois álbuns que, juntos, criaram uma espécie de cartilha do country fusion, com muitos improvisos virtuosos. Trip In The Country foi o segundo deles e fez muito sucesso no Reino Unido, já que a canção “Stone Fox Chase” foi escolhida como tema de abertura do programa The Old Grey Whistle Test. Infelizmente, nos EUA o grupo não decolou; somente os mais inteirados sabiam da existência da banda, que se apresentava no Fillmore geralmente para poucos felizardos. Wayne Moss fundaria na sequência o Barefoot Jerry.

https://youtu.be/o0RBDFr9aGw

At Fillmore East (Capricorn, 1971)
THE ALLMAN BROTHERS BAND

Se Jerry Garcia é o rei das jam bands, Duane Allman pode ser o príncipe e este aqui é o seu ápice em disco. Canções como “In Memory of Elizabeth Reed”, “Whipping Post” e “Mountain Jam” tomavam conta de boa parte dos shows dos Allmans onde as jams rolavam livres e soltas. Duane passeava com seus solos em companhia de Dickey Betts e isso virou marca registrada da cena. Produzido e registrado por Tom Dowd, o álbum duplo se tornou referência quando o assunto é álbum ao vivo. A versão original de 1971 contém sete músicas em quatro lados, mas At Fillmore East já foi relançado em formato expandido por diversas vezes. Na mais recente delas, se transformou num luxuoso box de seis CDs. Esteticamente, historicamente e culturalmente, é um marco da música norte-americana, como alegou a Library of Congress, em 2004.

Live! At The Spring Crater Celebration Diamond Head, Oahu, Hawaii (Volcano 1972)
COSMIC TRAVELERS

Este obscuro grupo lançou somente este álbum, registrado ao vivo em 1972, na cratera do vulcão havaiano Diamond Head. O quarteto era experiente, pois seus integrantes haviam tocado com Otis Redding, Etta James, Paul Revere, Lee Michaels etc. Juntos, conversavam musicalmente de maneira explosiva e telepática, o que fica evidente nos seis temas do disco. O guitarrista Drake Levin pode abusar um pouco além da conta com o seu wah-wah, mas o ritmo contagiante da cozinha e os vocais do pessoal compensam. A gravação leva o ouvinte para o lado do palco e a sonoridade desses viajantes cósmicos bebeu na fonte de nomes como James Gang, Deep Purple, Chambers Brothers e Sly Stone. Este LP virou uma raridade, mas foi relançado recentemente, tendo sua bela capa reproduzida em toda a sua glória.

Jamming with Edward! (Rolling Stones, 1972)
THE ROLLING STONES

Quando os Stones resolveram tornar públicas suas jams em estúdio, a coisa ficou séria. Passou a ser legal conferir o que seus astros aprontavam nos confinamentos criativos de um estúdio de gravação. Nos EUA, este álbum completamente desleixado chegou até a figurar nas paradas de sucesso da Billboard. Jamming with Edward! saiu somente em 1972, mas foi registrado em 1969, durante as sessões de Let It Bleed, no Olympic Studio londrino. Para a festa, vieram Mick Jagger, Charlie Watts, Bill Wyman, Nicky Hopkins (o “Edward” do título) e Ry Cooder – todos entediados, esperando o aparecimento de Keith Richards no estúdio para que as gravações “oficiais” pudessem começar. O resultado é frouxo, incorreto, negligente, indefinido e, por tudo isso, muito agradável de escutar.

Bobby Keys (Warner, 1972)
BOBBY KEYS

Ele não participou de Jamming with Edward!, mas sua presença sempre foi fundamental nas jams dos Stones do início dos anos 70 pra frente. Em 1972, Bobby lançou seu primeiro LP solo, recheado de jams, onde inseria seus sopros por cima de atuações inspiradas de ilustres amigos. Muito querido da alta classe do rock britânico, todos queriam participar do álbum de Bobby Keys. A lista de convidados é impressionante: Jack Bruce, Jim Gordon, George Harrison, Leslie West, Nicky Hopkins, Corky Laing, Dave Mason, Felix Pappalardi, Carl Radle, Ringo Starr, Klaus Voorman e outros. O álbum foi lançado somente na Inglaterra e na Alemanha e ficou por décadas esquecido, fora de catálogo, sendo relançado apenas recentemente. Com a morte de Keys, no fim do ano passado, essa é a melhor hora para celebrar esse grande músico e cair de ouvidos em suas jams.

The Cosmic Jokers (Kosmische Musik, 1974)‎
THE COSMIC JOKERS

É importante ressaltar que apesar das jam bands serem fruto de um fenômeno tipicamente pertencente ao rock norte-americano, a atitude de registrar uma sessão livre de música improvisada em estúdio aconteceu no mundo todo e veio originalmente do jazz. Na Europa esse conceito também ganhou muitos adeptos, principalmente na Alemanha. Foi lá que o visionário produtor/agitador Rolf- Ulrich Kaiser resolveu celebrar música, arte, diversão e LSD de uma forma ímpar, convidando seus amigos para informais experimentos em estúdio, com o gravador rolando o tempo todo. Assim surgiu o Cosmic Jokers, projeto que lançou cinco discos naquele ano de 1974. Este foi o primeiro deles e é considerado o Bitches Brew do Krautrock, uma colagem espacial de improvisos e texturas sonoras influenciadas pelo Ash Ra Tempel e por Timothy Leary.

https://youtu.be/tyAoZcVuzcY

Shut Up ‘N Play Yer Guitar (B. Pumpkin 1981)
FRANK ZAPPA

Quem mais poderia lançar três discos recheados de solos de guitarra registrados ao vivo? Zappa pode ser lembrado pelo grande público apenas como um piadista irreverente, mas seus apreciadores sabem que ele foi um dos maiores guitarristas que já pisou no planeta. Tudo foi registrado ao vivo entre os anos 1976-1980; muitos dos temas são solos extraídos de determinadas canções. Por exemplo, três temas surgiram de improvisos durante o solo de “Inca Roads”. A única exceção é a última faixa, “Canard Du Jour”, um improviso de estúdio com Jean Luc Ponty, registrado em 1972. Essa série de três discos foi lançada separada, mas depois reunida num só box. Para quem deseja se aprofundar mais nos solos de Zappa, o álbum duplo Guitar (1988), também é recomendadíssimo.

Artigo originalmente publicado na pZ 58

Zappa on Roxy

Finalmente é lançado em DVD o filme de Zappa ao vivo no Roxy Theatre

por Radames Junqueira     08 out 2015

DVDB101_outDezembro de 1973. Por três noites, Frank Zappa e a nova formação dos Mothers of Invention subiram ao palco do Roxy Theatre, em Hollywood, Califórnia, para apresentar um novo show completamente desafiador, repleto de temas inéditos.

Napoleon Murphy Brock, George Duke, Ralph Humphrey, Chester Thompson, Ruth Underwood e os irmãos Bruce, Walt e Tom Fowler formavam aquela que é considerada talvez a melhor formação dos Mothers. Esse reconhecimento ficou imortalizado a partir de 1974, quando foi lançado o duplo ao vivo Roxy & Elsewhere, registrado em sua maior parte naquelas três datas no Roxy.

Os fãs de Zappa sabiam que os tapes em vídeo também existiam, mas por algum motivo contratual, ou meramente técnico/tecnológico, nunca foram oficialmente lançados.

Em 2007 o lançamento parecia que ia finalmente acontecer, já que a Zappa Family Trust (que cuida de sua obra post mortem) até incluiu “Montana” ao vivo no Roxy como bônus do DVD Classic Albums: Apostrophe + Overnight Sensation, alertando que em breve o material sairia também em formato digital. Depois de um trailer no YouTube e um segmento de meia hora no site oficial de Zappa, nada mais se falou sobre o assunto, e lá se vão oito anos…

Mas para o bem geral dos Zappamaníacos a Eagle Rock Entertainment e a Honker Home Video estão finalmente lançando Roxy: The Movie, em DVD e Blu-Ray, o filme original escrito, produzido, dirigido, conduzido e executado por Frank. Para ser perfeito, só faltou pintar também uma versão deluxe contendo os três shows na íntegra, já que o filme é apenas um compilado das três noites.
Ahmet Zappa aproveitou o ensejo para declarar: “Estou muito excitado pelo fato de Roxy: The Movie estar sendo lançado. Foi um trabalho hercúleo trazê-lo de volta à vida. Muito amor, tempo, energia e atenção aos detalhes foram dispensados nessa ressurreição. Esse filme é incrível, creio que antigos e novos fãs irão concordar comigo”.

O lançamento de Roxy: The Movie no Brasil ainda é incerto, já que a ST2, que disponibilizava por aqui os títulos da Eagle Rock Entertainment, encerrou as suas atividades. Para saber mais acesse eagle-rock.com.

GTOs – Girls Together Outrageously

Quem mais teria a genial ideia de montar uma banda de rock formada somente por groupies? Frank Zappa, é claro

por Bento Araujo     14 abr 2015

gtos com zappaNa segunda metade da década de 1960, a quantidade de garotas que queriam dormir com seus ídolos havia aumentando consideravelmente no rock. A Sunset Strip, em L.A., estava abarrotada delas e ser uma groupie havia virado praticamente uma profissão. Quem mais teria a genial ideia de então montar uma banda formada somente de groupies? Frank Zappa, é claro.

Foi assim que surgiu as GTOs, ou Girls Together Outrageously, algo como “garotas escandalosamente reunidas”.

Duas das moças viviam no porão da casa de Zappa, sendo que uma delas, Miss Christine, era babá dos filhos do músico. Foi Christine que apareceu inclusive na capa de Hot Rats.

Zappa financiou, produziu e lançou, pelo seu selo Straight, o único elepê registrado pelas garotas. Além de muitos diálogos irônicos e algumas vocalizações ousadas (apesar das limitações vocais das envolvidas), Permanent Damage contava com participações impagáveis de nomes como Ry Cooder, Jeff Beck, Nicky Hopkins, Rod Stewart, Russ Titelman e integrantes do Mothers, como Roy Estrada, Jimmy Carl Black, Don Preston, Ian Underwood e até Lowell George, que ajudou Zappa na produção e em algumas composições, assim como Jeff Beck e Davy Jones (The Monkees). Figuras lendárias da noite da Sunset Strip também participaram do disco, em diálogos, como Cynthia Plaster Caster e Rodney Bingenheimer.

Musicalmente, os maiores destaques do disco são “The Eureka Springs Garbage Truck Lady”, “Do Me In Once And I’ll Be Sad, Do Me In Twice And I’ll Know Better (Circular Circulation)” e “I’m In Love With The Ooo-Ooo Man”.

Miss Pamela acabou sendo a integrante mais popular das GTOs depois de algum tempo, atendendo pelo nome de Pamela Des Barres, autora do best seller I’m With The Band e eleita “a groupie definitiva” ao lado de Bebe Buell. Outras integrantes das GTOs namoraram, ou até mesmo casaram, com músicos como John Cale, Todd Rundgren, Alice Cooper, Shuggie Otis etc. Quatro delas, no entanto, já morreram, vítimas de overdose e Aids.

pZ 58

Aeroblus, The Nice, Zior, Trust, Graham Nash, Edy Star, Necro, Marvin Gaye, discos de jams etc.

por Bento Araujo     02 fev 2015

AEROBLUS
O único disco lançado pelo Aeroblus, em 1977, foi um marco do rock dos anos 70 – abrindo caminho para uma série de bandas pesadas do rock latino-americano. Foi também o elo entre o rock argentino e brasileiro do período, já que a banda contava com dois argentinos (Pappo e Alejandro Medina) e um brasileiro (Rolando Castello Junior). Junior e Medina nos ajudaram a contar a intensa e turbulenta trajetória do Aeroblus. Inclui fotos raras, memorabilia do período, detalhes sobre o novo disco da banda (recheado de raridades da época) e um artigo sobre as passagens do guitar hero argentino Pappo pelo Brasil.

THE NICE
A estreia do The Nice em vinil mostrou ao mundo um novo estilo de fazer rock, mesclando a música jovem do período com a erudição de seus integrantes, dentre eles o tecladista Keith Emerson, que anos depois fundaria o Emerson Lake & Palmer. Mas as primeiras sementes do que viria a ser o rock progressivo foram plantadas em 1967, com The Thoughts Of Emerlist Davjack.

NAPOLEON MURPHY BROCK
Ele atendeu a pZ pessoalmente para um longo e descontraído papo, numa chuvosa tarde de verão, em meio a uma feijoada e cerveja gelada. Napoleon veio ao Brasil fazer duas concorridas apresentações com a banda Let’s Zappalin’, liderada pelo guitarrista Rainer Tankred Pappon, ex-integrante da The Central Scrutinizer Band. O ex-vocalista, saxofonista, dançarino e divertidíssimo frontman dos Mothers (of Invention), de Frank Zappa, participou das gravações de discos emblemáticos como Roxy & Elsewhere, One Size Fits All, Bongo Fury, Apostrophe (‘), Zoot Allures, Sheik Yerbouti, Them or Us e Thing-Fish e contou histórias reveladoras nesta entrevista exclusiva.

ZIOR
De uns anos pra cá, os fãs de heavy metal passaram a buscar as origens de seu tão amado gênero de preferência. Riffs neolíticos, visual tenebroso e a famigerada temática satânica. Essa combinação tão festejada teve sua origem em finais dos anos 60 dentro do rock. Black Sabbath, Black Widow e Coven são nomes cultuados dentro dessa seara, mas os britânicos do Zior continuam, inexplicavelmente, fora desse culto. Aqui está a história completa da banda, incluindo um especial sobre o selo Nepentha, que lançou o Zior na época.

EDY STAR
Único integrante vivo da Sociedade da Grã-Ordem Kavernista, o glamouroso e indomável Edy Star atendeu a pZ para um memorável bate-papo. A partir deste encontro, passamos para o papel a trajetória do artista, que, em 1974, lançou seu clássico álbum Sweet Edy…

GRAHAM NASH
O nosso pZ Hero desta edição é um músico capaz de fazer parte do que de melhor existe no pop e rock inglês e americano, com identidade diversificada, mas sempre inconfundível em sua voz de tenor. Graham Nash é um desses artistas que mostram que o rock também pode ter sintonia fina.

TRUST
No universo do rock pesado, o Trust sempre foi mencionado graças a sua associação direta com três nomes: AC/DC, Iron Maiden e Anthrax. Servindo de parceria, ou influência, o Trust marcou quem viveu o rock do início dos anos 80. Nem a barreira da língua foi capaz de prevenir o sucesso do grupo francês em todo o mundo. No Brasil, por exemplo, as cópias importadas de seus elepês eram disputadas no braço. O artigo inclui discografia básica selecionada e fotos raras do período.

DISCOS DE JAMS
Dois nomes do rock norte-americano, Grateful Dead e Allman Brothers Band, lançaram o modelo para as futuras gerações de jam bands. Os discos de estúdio não eram lá tão festejados, mas os registros ao vivo viravam febre e uma espécie de culto passou a acontecer nas apresentações dessas duas bandas. Neste especial selecionamos dez álbuns contendo jams, lançados bem antes da explosão das jam bands dos anos 90, mas que serviram de cartilha para as gerações seguintes. Estrelando: Grateful Dead, Allman Brothers Band, Al Kooper, Moby Grape, Stones, Zappa, Area Code 615, Cosmic Travellers, Cosmic Jokers etc.

PÉROLAS ESCONDIDAS
Climax, The Unfolding, Cai, Burnin Red Ivanhoe, Country Weather e Perigeo.

E MAIS:
Joe Cocker, Necro, Vento Motivo, Bobby Keys, Ronnie Self, Demis Roussos, Os Depira, Edgar Froese, Lincoln Olivetti, Marvin Gaye, Kim Fowley, Gil & Gal, Radio Birdman, Gryphon, Patrulha do Espaço, The Standells etc.

pZ 27

Procol Harum, Nektar, Country Joe & The Fish, Nazareth, Shuggie Otis, Luiza Maria, The Zombies etc.

por Bento Araujo     08 jul 2014

PROCOL HARUM
A ascensão e a queda dos inventores do rock progressivo. Todas as aventuras eruditas e psicodélicas de Gary Brooker e Keith Reid… E um papo exclusivo com o guitarrista Robin Trower.

NEKTAR
Tudo sobre a banda progressiva que deu o que falar nos anos 70, lançando grandes obras do estilo como A Tab In The Ocean, Remember the Future etc. Inclui uma entrevista exclusiva com o guitarrista/vocalista Roye Albrighton.

COUNTRY JOE & THE FISH
A trajetória lisérgica e contestadora de um dos combos mais ilustres da cena psicodélica de São Francisco…

PETE AGNEW (NAZARETH)

Um bate papo exclusivo com o grande baixista do NAZARETH, que respondeu as perguntas dos leitores no mais alto astral…

SHUGGIE OTIS
Seria ele um injustiçado? Por que o grande guitarrista nunca desfrutou da merecida fama? Inclui discografia recomendada.

THE ZOMBIES
As peripécias de Rod Argent, Colin Blunstone e cia. na confecção da clássica “Time of the Season”.

LUIZA MARIA
A musa esquecida da MPB volta pra contar sensacionais histórias sobre sua carreira durante os anos 70.

Mundo Bolha: Colosseum, Moby Grape, ELF, John Wetton, Pink Floyd, Pussy, Rickenbacker, Beat Boys etc.

Capas Históricas: We’re Only In It For The Money (ZAPPA/MOTHERS)

Pérola Escondida: Power of Zeus

Have a Nice Day:
“My Sharona” (The Knack) e “Rhythm of the Rain” (The Cascades)

Gurú dos Estúdios: Bob Ezrin

Elo Perdido: Jeff “Skunk” Baxter

Especial 1

pZ especial de aniversário. Na estrada do rock n’ roll e os maiores discos ao vivo da história do rock escolhidos por você.

por Bento Araujo     07 jul 2014

pZ especial de aniversário
Na estrada do rock n’ roll e os maiores discos ao vivo da história do rock escolhidos por você!
São cinco anos de atividade, trazendo a cada três meses o melhor da música do melhor dos tempos. Para comemorar, nada melhor do que uma edição especial, toda colorida e com 84 páginas, trazendo contos da estrada protagonizados por grandes bandas do rock n’ roll. De quebra, aqui estão os 30 melhores discos ao vivo da história, escolhidos por você no decorrer deste segundo semestre. Para escrever sobre cada um deles, contamos com participações especiais de uma série de convidados ilustres.

Monterey Pop Festival

Grand Funk Railroad (Shea Stadium 1971)

Concerto Latino Americano de Rock (São Paulo 1977) (O Terço, Crucis, Arnaldo & Patrulha, etc.)

Led Zeppelin (Knebworth 1979)

MC5 (Detroit 1968)

Genesis (Brasil 1977)

David Bowie (Londres 1973)

Festivais ao Ar Livre no Brasil dos anos 70 (Iacanga, Saquarema, Guarapari, etc.)

Mamma Mia: the Spaghetti Incidents (Zappa, King Crimson, VdGG)

Quando o bicho pega nos palcos e bastidores (Cactus, Humble Pie, Slade)

30 discos ao vivo que abalaram o rock (segundo os leitores da pZ)
Deep Purple, Allman Brothers, Thin Lizzy, Gentle Giant, Humble Pie, Scorpions (e uma entrevista exclusiva com Uli ‘John’ Roth), Uriah Heep, Lynyrd Skynyrd, Kiss, Rainbow, Iron Maiden, Focus etc.

pZ 13

1966, James Gang, Patrick Moraz com Vímana e Som Nosso, Freddie King, Smile, MC5, Uriah Heep, Comus etc.

por Bento Araujo    

Você já reparou a importância do ano de 1966 para a história do rock?
Sim, nesse ano foram lançadas obras do quilate de Revolver, Pet Sounds, Freak Out, Blonde on Blonde, Aftermath, Face To Face, Fifth Dimension e muitas outras. 1966 foi o ponto de convergência. O pontapé de uma nova era na música, na arte e nos costumes. Como Keith Richards definiu, foi quando a década deixou de ser monochrome para se tornar technicolor. Essa edição da pZ traz um completo panorama desse ano histórico, estrelando Beatles, Who, Small Faces, Stones, Byrds, Zappa, John Mayall, Velvet, Dylan, Cream, Hendrix, Beach Boys e O’Seis (pré-Mutantes).

Outro destaque desta edição é uma matéria com o James Gang, uma das bandas mais idolatradas do hard norte-americano. As aventuras da banda pelos anos 70 e a atuação guitarrística de lendas como Joe Walsh, Tommy Bolin e Domenic Troiano estão documentadas.

E Mais: Patrick Moraz com Vímana e Som Nosso, Freddie King, Smile etc.
Capas Históricas: Demons and Wizards (Uriah Heep)
Canções que Mudaram o Mundo: Kick Out The Jams (MC5)
Pérola Escondida: Comus
Have a Nice Day: Pacific Gas & Electric / Ashton Gardner & Dyke

 

pZ 12 (ESGOTADO)

King Crimson, Grand Funk, Triumph, Wicked Lester, Ram Jam, Buffalo, Led Zeppelin etc.

por Bento Araujo    

A banda Robert Fripp sempre soou ameaçadora, pesada e única, sendo que uma das fases mais adoradas pelos fãs era a que contava com Fripp, Bill Bruford, John Wetton e David Cross. Nesse período lançaram álbuns marcantes como Lark’s Tongues in Aspic, Starless and Bible Black e Red. Além de um especial sobre esse período, a pZ traz de bônus uma entrevista exclusiva com Bill Bruford e David Cross, falando de passado, presente e futuro.

O Grand Funk Railroad marca presença com uma matéria sobre os 30 anos do álbum Good Singin’ Good Playin’, produzido por ninguém menos que Mr. Frank Zappa. Amado e odiado, o disco envelheceu bem e hoje pode ser considerado um clássico do grupo. O especial traz também um comentário faixa a faixa do álbum, uma lista com todos os produtores que trabalharam com o grupo e um relato sobre os últimos dias da banda em 1976.

E Mais: Beat Club, Triumph, Wicked Lester, etc.

Capas Históricas: Houses Of The Holy (Led Zeppelin)

Canções que Mudaram o Mundo: Summertime Blues (Eddie Cochran)

Pérola Escondida: Buffalo

Have a Nice Day: Ram Jam / Johnny Kid & The Pirates

poeiraCast 192 – Rock Bem Humorado

Publicado em junho de 2014

por Bento Araujo     18 jun 2014

Publicado em junho de 2014

pZ 3 (ESGOTADO)

Zappa, Wishbone Ash, Iggy and The Stooges, Secos & Molhados, KGB etc.

por Bento Araujo     03 Maio 2013

Passados dez anos de sua morte, chegou a hora de Zappa receber seu devido crédito como guitar hero!

Wishbone Ash: A Escola Britânica Que Ensinou Como Duelar Com Guitarras.
Biografia completa da banda, com discos comentados e muito mais.

Raw Power, o making off do clássico absoluto de Iggy and the Stooges.

E mais: Tom Dowd, Secos & Molhados, Allman Brothers Band etc.

Como Comprar: David Bowie

Pérola Escondida: KGB

Have A Nice Day: Edison Lighthouse / Blues Image / Stealers Wheel / The Box Tops