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Depois da repercussão do filme This Is Spinal Tap (1984), tomaram para sempre outra dimensão as posturas pitorescas
Depois da repercussão do filme This Is Spinal Tap (1984), tomaram para sempre outra dimensão as posturas pitorescas e os acontecimentos engraçados envolvendo os astros do rock, assim como roqueiros anônimos também. Nesta conversa relembramos algumas pérolas do anedotário “spinaltapiano” que ocorreram no mundo real.
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Uma das bandas mais típicas do hard rock britânico, tendo dado projeção ao então jovem guitarrista alemão Michael
Uma das bandas mais típicas do hard rock britânico, tendo dado projeção ao então jovem guitarrista alemão Michael Schenker, o UFO é o assunto principal da nossa conversa neste episódio.
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Neste episódio, falamos sobre capas de discos que causaram espanto, indignação, estranheza… Enfim, que por um motivo ou
Neste episódio, falamos sobre capas de discos que causaram espanto, indignação, estranheza… Enfim, que por um motivo ou outro geraram controvérsias.
Agradecimentos especiais aos apoiadores: Alexandre Guerreiro, Artur Mei, Caio Bezarias, Carlos Albornoz, Claudio Rosenberg, Dario Fukichima, Ernesto Sebin, Evandro Schott, Flavio Bahiana, Luigi Medori, Luis Araujo, Luis Kalil, Luiz Paulo, Marcio Abbes, Pedro Furtado, Ricardo Nunes, Rodrigo Lucas, Rodrigo Teixeira, Ronaldo Nodari, Rubens Queiroz, Scheherazade, Sebastião Junior, Sempre Música, Tropicália Discos, Válvula Lúdica e Wilson Rodrigues.
Este episódio, o último poeiraCast de 2016, é sobre o papel que muitas vezes o álbum ao vivo
Este episódio, o último poeiraCast de 2016, é sobre o papel que muitas vezes o álbum ao vivo tem na carreira de uma banda, abrindo território para uma mudança de estilo, de formação, ou até a derrocada criativa ou comercial.
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Não necessariamente um subgênero do rock, mas talvez uma combinação de elementos, o space rock pode ser considerado
Não necessariamente um subgênero do rock, mas talvez uma combinação de elementos, o space rock pode ser considerado parte do rock progressivo, ou de outros estilos, ou até algo menos sujeito a definição. E é o nosso assunto neste episódio.
Agradecimentos especiais aos apoiadores: Adriano Gatti, Alexandre Guerreiro, Antonio Valença, Artur Mei, Bernardo Carvalho, Caio Bezarias, Carlos Albornoz, Claudio Rosenberg, Dario Fukichima, Ernesto Sebin, Eric Freitas, Evandro Schott, Fernando Costa, Flavio Bahiana, Gabriel Garcia, Haig Berberian, Hugo Almeida, Lindonil Reis, Luis Araujo, Marcelo Moreira, Marcio Abbes, Marcos Oliveira, Mateus Tozzi, Pedro Furtado, Rafael Pereira, Raimundo Soares, Raphael Menegotto, Rodrigo Lucas, Rodrigo Vieira, Rodrigo Werneck, Ronaldo Nodari, Rubens Queiroz, Saulo Carvalho, William Peçanha e Wilson Rodrigues.
Repleta de brisas mediterrâneas e de uma letra tristonha, Alone Again Or contava com uma divina melodia e a voz tocante de Arthur Lee
“Bryan começou a compor Alone Again Or como mais uma de suas simples canções Folk. Comecei a inserir toques de guitarra flamenca e enfeitar um pouco, foi daí que ela passou de um simples tema Follk para algo bem espanhol e ousado. Mudamos a cadência do andamento… Eu estava apenas brincando, tentando achar coisas diferentes para complementar o que Bryan havia criado. Alone Again Or tem esse clima espanhol, flamenco, e acabou se tornando a canção mais famosa do nosso álbum Forever Changes.”
Essa declaração é do guitarrista solo do Love, Johnny Echols, que magistralmente deu um molho todo especial na composição original do outro guitarrista da banda, Bryan MacLean.
Alone Again Or pode ser considerada um tipo de “música erudita dos anos 60”, aquele tipo de composição imortal, totalmente original e que não se parecia com nada mais que rolava no período. É exatamente ela que abre um dos discos definitivos daquela rica e inigualável década, Forever Changes, sem exagero, obra de mesmo quilate de discos como Revolver dos Beatles, Pet Sounds dos Beach Boys, Odessey And Oracle dos Zombies, Freak Out! do Mothers Of Invention, In The Court Of The Crimson King do King Crimson e Odessa dos Bee Gees. Alone Again Or foi também lançada como compacto no início de 1968 em diversos países, porém passou totalmente batida, alcançando uma decepcionante 99ª posição na parada da Billboard.
Repleta de brisas mediterrâneas e de uma letra tristonha, Alone Again Or contava com uma divina melodia e a voz tocante e doce do genial Arthur Lee, além de muitos violões, uma orquestração angelical e um imponente solo de trompete. Uma verdadeira obra de arte.
O arranjo e a orquestração sublime da canção foram de responsabilidade de David Angel, que ficou literalmente chapado com o clima flamenco da faixa, e a partir dessa exótica influência começou a trabalhar. David gosta de ressaltar que não se trata de uma influência de música mexicana, de mariachis; mas sim de algo típico de violentas e dramáticas touradas, uma música espanhola por natureza…
Curioso o fato de que a mais famosa canção do Love não seja de autoria de seu incontestável líder, Arthur Lee, que inclusive não participou efetivamente das sessões de gravação de Alone Again Or. Lee foi também sempre muito reticente quanto à mixagem original de Bruce Botnick, um dos produtores de confiança da Elektra, o selo do Love. Uma das maiores vontades do líder do Love sempre foi remixar Alone Again Or…
A melodia original de Alone Again Or era baseada também na trilha Lieutenant Kijé do compositor soviético Sergei Prokofiev, datada de 1934. Já a letra falava da espera do guitarrista Bryan MacLean por sua namorada da época. Foi exatamente esse nítido contraste de algo poderoso e marcial com algo mais ingênuo, triste e romântico, que chamou a atenção do pessoal do UFO, que regravou a canção dez anos depois, em 1977, para inclusão no impecável álbum Lights Out, um dos maiores clássicos do grupo britânico.
Pete Way e Phil Mogg gostavam do clima exótico da canção, sugerida pelo renomado produtor Ron Nevison, que trabalhava com o grupo no conceituado AIR Studios, de propriedade de George Martin. A versão do UFO ficou evidentemente mais pesada, mais moderna e adequada aos anos 70, mas mesmo assim mantendo a essência da versão original do Love, com os metais e orquestração característicos. A melodia do solo de trompete foi mantida, porém com Michael Schenker reproduzindo-o em sua Gibson Flying V, inclusive adicionando alguns overdubs com licks certeiros e dobrados. Curiosidades: coincidência ou não, Lights Out trazia outra referência ao grupo de Arthur Lee, já que a faixa de encerramento do álbum se chamava Love To Love. Lights Out é também o álbum favorito do VJ Eddie Trunk, um dos apresentadores do programa That Metal Show.
Vale lembrar também que Alone Again Or recebeu outras dezenas de versões através dos tempos via The Damned (1986), The Oblivians (1993), Sarah Brightman (1990), The Boo Radleys (1991), Chris Pérez Band (1999), Calexico (2004), Matthew Sweet and Susanna Hoffs (2006), Les Fradkin (2007), etc.
A conversa hoje é sobre aqueles grupos que tiveram uma primeira fase em estilos diferentes daqueles que os
A conversa hoje é sobre aqueles grupos que tiveram uma primeira fase em estilos diferentes daqueles que os consagraram. E em muitos casos, o período inicial também é muito legal!
Estrelando: Deep Purple, Moody Blues, Thin Lizzy, Trapeze, UFO, Scorpions, ELO, Journey e outros.
The Small Faces, The Who, The Creation, The Spencer Davis Group, The Birds, Zoot Money, Georgie Fame, The Action, The Artwoods etc.
THE SMALL FACES
A banda mod definitiva, talvez o grupo britânico que melhor expressou a influência da música negra norte-americana com o fato de se vestir de maneira impecável, como um autêntico dândi inglês. As aventuras de Steve Marriott, Ronnie Lane, Ian McLagan e Kenney Jones – dos primeiros e selvagens anos R&B até a psicodelia surrealista do clássico Ogden’s Nut Gone Flake. Inclui discografia comentada.
THE NIGHT TIME IS THE RIGHT TIME
O nascimento do modernismo como subcultura. A influência do pós-guerra, as roupas, a trilha sonora negra e urbana da América, as danças, o auge e a decadência da cena mod dos anos 1960. Inclui também o revival mod do final dos anos 1970 e a influência do movimento até os dias de hoje.
QUADROPHENIA (THE WHO)
A ópera-rock definitiva do The Who. Tudo sobre a fábula mod de Pete Townshend – a conturbada confecção do álbum, a traumática tour de promoção em 1973 e muito mais.
THE WHO AO VIVO EM NOVA YORK
A pZ foi cobrir o novo show do The Who em Nova York, com total e absoluta exclusividade dentro do jornalismo musical brasileiro. A banda está excursionando mundo afora com seu show Quadrophenia And More, que deve aportar por aqui no segundo semestre. Só na pZ você confere, em primeira mão, todos os detalhes desse mega show.
THE SPENCER DAVIS GROUP
Um jovem de 16 anos de idade chamado Steve Winwood e companhia, no grupo imortalizado por hits como “Keep On Running”, “Gimme Some Lovin’” e “I’m A Man”. R&B made in UK.
THE CREATION
Outra grande banda mod que flertou com a psicodelia. Seus hits “Painter Man” e “Makin’ Time” marcaram época e a banda tinha Pete Townshend e Jimmy Page entre seus fãs. Page se baseou no guitarrista Eddie Phillips para tocar sua guitarra com um arco de violino.
IT’S A MOD, MOD WORLD
Outros nomes que agitaram o mundo mod na década de 1960: The Birds, John’s Children, Georgie Fame, Geno Washington, Chris Farlowe, Alan Bown, Zoot Money e mais um playlist de 20 hinos do estilo.
ALLMAN BROTHERS BAND AO VIVO NO BEACON THEATRE, NYC
Outra cobertura exclusiva da pZ, que assistiu aos dois primeiros shows da banda de Gregg Allman na temporada do Beacon Theatre, em NYC.
E mais:
Entrevista com Phil Mogg (UFO), The Artwoods, The Action, Scorpions, Alvin Lee, Father Yod, Kevin Ayers, Imagery e muito mais.
Edição rara, temos poucos exemplares.
UFO, Bowie + Iggy, Atomic Rooster, Pink Fairies, Budgie, Randy California, James Brown, Genesis, Novos Baianos, Quintessence etc.
UFO
Dessa vez a pZ resolveu desvendar a ufologia secreta do rock. O UFO foi uma das grandes bandas do rock pesado inglês dos anos 70, grupo que colocou no mapa um dos maiores guitar-heroes da época, Michael Schenker. Nessa matéria, não só a fase com Schenker é abordada, mas também o início da banda, numa primeira fase de Space Rock, até os dias atuais, quase sempre capitaneados por Phil Moog e Pete Way.
BOWIE + IGGY
David Bowie e Iggy Pop também marcam presença num especial sobre o ano de 1977 na carreira da dupla. Há 30 anos atrás eles se mandaram para Berlim, visando dar um tempo com as drogas pesadas e produzir música inovadora. Foram quatro álbuns em apenas um ano: Low, The Idiot, Heroes e Lust For Life. Teoricamente dois de Bowie e dois de Iggy, mas na prática, quatro álbuns da dupla. Tudo sobre a lua de mel mais famosa da música pop.
E Mais: Atomic Rooster, Pink Fairies, Budgie, Randy CalifOrnia etc.
Como Comprar: James Brown
Capas Históricas: The Lamb Lies Down On Broadway (Genesis)
Canções que Mudaram o Mundo: Preta Pretinha (Novos Baianos)
Pérola Escondida: Quintessence
Have a Nice Day: Christie / Liverpool Express
A capa do sexto disco do UFO gerou controvérsia em 1977
No ano chave do punk rock as bandas clássicas do rock buscavam renovar suas energias para seguir adiante.
Quando o assunto é energia, para os ingleses a primeira coisa que vem à mente é a Battersea Power Station, ou Usina Termelétrica de Battersea, uma usina de energia elétrica (hoje desativada) que usava carvão como sua principal matéria prima. Ela está localizada na margem sul do Rio Tamisa, em Battersea, distrito central do sudoeste de Londres. Em 1977, o lado de fora da usina apareceu na capa de Animals, do Pink Floyd, e seu interior na capa de Lights Out, do UFO.
Ambas tiveram o envolvimento de Storm Thorgerson e seus comparsas de Hipgnosis, o estúdio gráfico mais transado da Inglaterra naquela década. Segundo Thorgerson, a arte gráfica de Lights Out nada mais é do que um encontro de “vaidade e design industrial”. O artista criou seis capas para o UFO e considerava essa a menos inspirada de todas elas: “Em retrocesso, acho que essa capa não é nem industrial, nem sensual”, declarou ele, em 2007, para a revista Classic Rock.
Phil Mogg e Michael Schenker, a linha de frente do UFO na época, ao lado do baixista Pete Way, foram os escolhidos para figurar na capa, como trabalhadores da Battersea Power Station. Ambos apareciam querendo se livrar de seus macacões, devido provavelmente à alta temperatura do local.
Num paralelo com o nome do álbum e com a faixa título, o lançamento calhou com os cortes de energia promovidos pelos trabalhadores da usina, em greve, citados na letra inclusive (“Lights out in London…”).
No meio de manifestações políticas e blackouts os integrantes do UFO pareciam mais intessados em seu próprio corpo. Mesmo com o punk rock e com os tumultos tomando conta da Inglaterra, o impecável Lights Out levou o UFO a novos níveis de popularidade. Musicalmente, o disco foi influência crucial para bandas que estavam por explodir anos adiante, como Iron Maiden e Def Leppard.