Arquivo da tag: The Way We Live

pZ 52

Mutantes, Lenny Kaye, Bang, Sábado Som, Magma, Humahuaca, Gene Vincent, Nektar, The Smoke, Nine Days Wonder, Message etc.

por Bento Araujo     12 jul 2014

MUTANTES
Amado e odiado, Tudo Foi Feito Pelo Sol completa 40 anos de seu lançamento este ano. A poeira Zine tomou à frente das comemorações deste clássico do rock progressivo e passou a limpo esse subestimado e incrível período da carreira da banda. Inclui entrevistas exclusivas, detalhes sobre as gravações, a arte gráfica do disco, os shows da época e muito mais.

LENNY KAYE
Nosso editor Bento Araujo foi até Amsterdã para entrevistar um de seus grandes ídolos dentro da música e do jornalismo rock. No extenso bate-papo, Kaye fala sobre ser guitarrista e produtor de Patti Smith, sua carreira escrevendo nas maiores publicações de música do mundo e sua lendária compilação garageira que mudou o mundo do rock: Nuggets.

BANG

Esse power trio da pesada está de volta e a pZ falou com os integrantes originais para assim remontar a curiosa trajetória desse pilar do hard rock setentista.
Inclui discografia básica comentada.

SÁBADO SOM INTERNACIONAL (segunda e última parte)
Nektar, Omega, Nine Days Wonder, Message etc. LPs desses grupos foram misteriosamente lançados no Brasil entre 1974/1975. A pZ novamente topa o desafio de investigar esse acontecimento histórico, resenhando cada um desses álbuns e contextualizando o pacote de lançamentos com a cena musical da época.

HUMAHUACA
Falamos com o baixista Willy Verdaguer, que relembrou seus tempos de Humahuaca, banda que deu o que falar na cena brasileira e latina dos anos 70.

MAGMA EN CHILE
A pZ cobriu com total exclusividade a passagem do Magma pelo Chile e ainda de quebra entrevistou o líder/mentor da banda: Christian Vander.

GENE VINCENT
Rocker seminal da era dourada do rock, nosso pZ Hero da vez passou por poucas e boas em sua carreira. Inclui discografia básica selecionada.

THE SMOKE

Banda mod/psicodélica britânica que passou pela Terra como um cometa nos anos 60, deixando um fulminante hit (“My Friend Jack”) e um excelente álbum: It’s Smoke Time.

E MAIS:
UFO, Free, The Third Power, The Way We Live, Compost, Velvert Turner Group, Mashmakhan, The Fallen Angels, Oberon etc.

The Way We Live – A Candle For Judith

Inspiração, boas guitarras e bem sacadas estruturas melódicas e harmônicas estão em The Way We Live

por Bento Araujo     04 jul 2014

The Way We Live - A Candle For JudithFalta uma canção matadora, falta garra, tudo é modesto demais e o acompanhamento é amador, mas mesmo assim esse disco é muito legal. Simplesmente por contar com inspiração, boas guitarras, e bem sacadas estruturas melódicas e harmônicas.

Não é à toa que a dupla Jim Milne (guitarra, vocal) e Steve Clayton (bateria) chamou atenção do antenado John Peel, que os contratou para seu selo Dandelion. Mais atualmente, o cultuado Julian Cope reativou interesse geral pra cima do The Way We Live e da banda/projeto que Milne e Clayton montaram depois, o Tractor, grupo que lançou o também obrigatório disco Tractor, em 1972, também pela colecionável estampa Dandelion, de Peel.

A Candle For Judith é até mais inventivo e espontâneo por ter sido registrado em apenas dois dias. A faixa “Storm”, por exemplo, tem uma abordagem tão moderna que pode ser sentida no que é produzido do novo século pra cá, em duos como White Stripes, Black Keys etc. “Siderial” tem influência oriental; “Willow” contém guitarras abundantes; a instrumental “Madrigal” é graciosa e o encerramento, com “The Way Ahead”, é épico sem deixar de ser elegante.

Assim que foi lançado, em janeiro de 1971, A Candle For Judith recebeu elogios do jornal Disc & Music Echo, que captou em cheio a proposta da dupla Milne/Clayton: “Espantoso, dois caras e um engenheiro de som. Um fascinante pedaço de traquinagem elétrica com um guitarrista que não parece preso ou fiel apenas a um estilo particular de tocar”. O NME também exaltou o álbum: “Esse novo projeto pode ser a semente de algo grande no futuro… É um disco excepcional, não constantemente brilhante, porém emergente de maneira suficiente para apontar algo extraordinário”. Somente a Melody Maker torceu o nariz: “Desculpe, mas isso é música sem sentido. É nada, nada, nada. É as vezes tão inclassificável que se torna invisível”.

É bom lembrar que a Judith do título do disco era a namorada (depois esposa) de Steve Clayton, ele que continua na ativa até hoje, tocando e escrevendo livros.

Texto originalmente publicado na pZ 52.