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poeiraCast 393 – Bandas que não são do ramo

Sabe aquela banda que é legal e é formada por músicos que não são beeem músicos? Daqueles que Mais

por Bento Araujo     14 nov 2018

Sabe aquela banda que é legal e é formada por músicos que não são beeem músicos? Daqueles que não foram os melhores alunos e jamais dariam workshop pra demonstrar técnicas de mão direita, de digitação, belting (muitos gloriosamente nem sabem o que é) ou rudimentos? Então. Ela provavelmente faz parte do assunto deste episódio!

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The Sonics: A banda de garagem definitiva

Eles são considerados precursores do punk e a banda de garagem definitiva. A verdade é que aquele som saía tão visceral, sem a menor polidez, porque era o que realmente sabiam fazer. E ainda sabem.

por Ricardo Alpendre     03 ago 2015

the sonics
“Descobri como quero envelhecer após ver o show dos Sonics ontem. F***!”

Com essa frase, publicada a respeito do recente show em São Paulo (ver box), um fã descreveu, em pleno mês de março de 2015, o que pode ser o espírito do rock de garagem feito pelos Sonics, que muito provavelmente nem imaginavam estar fazendo o rock mais furioso possível quando chegassem à casa dos 70 anos. De fato, até meados da década passada eles nem tinham muita noção do legado que o grupo deixou.

O início dos Sonics remete a 1960. O grupo foi formado pelo Larry Parypa, encorajado pelos pais músicos em uma família em que todos os sete filhos tocavam algum instrumento. Mas foi o pai de Mitch Jaber, primeiro baterista, quem sugeriu o nome: The Sonics foi a alcunha inspirada no “ruído sônico” gerado pelos jatos perto dali, na fábrica da Boeing, em Seattle. A cidade em que os Sonics iniciaram sua carreira, Tacoma, cerca de 50 km a sudoeste de Seattle, Washington, no noroeste dos Estados Unidos, já tinha história no rock ‘n’ roll. Dali saíram The Wailers, conhecidos pelo seu hit “Tall Cool One”, de 1959, e The Ventures, um dos maiores nomes da história do rock instrumental. Eram principalmente essas bandas as primeiras influências dos jovens Sonics, além do bluesman Freddy King (então escrito com Y, mesmo), citado por Larry como seu guitarrista favorito.

Nos primeiros anos, em que ocorreram a entrada e saída de vários integrantes, Andy Parypa, um dos seis irmãos de Larry, entrou como baixista. “Andy era dois anos mais velho que todos nós, e assumiu o controle da banda”, conta Larry. O grupo tocou em todo o circuito de clubes, bailes e festinhas de Tacoma, Seattle e região, e registros ao vivo desse período estão no álbum This Is… The Savage Young Sonics, que o selo Norton lançou em 2001 com a capa remetendo a um célebre álbum não oficial dos Beatles.

Em 1963, após um curto período com o vocalista Ray Michelsen, antes um “astro” da cena local, ocorreram as mudanças que dariam aos Sonics a identidade com que ficariam conhecidos. Para substituir um baterista que não parecia engajado no trabalho do grupo, Larry e Andy saíram à caça de um novo nome para as baquetas, e encontraram Bob Bennett em uma banda chamada The Searchers. Além de Bennett, os Parypa também convidaram Gerry Roslie, cantor e organista. Roslie topou, mas queria levar junto o saxofonista Rob Lind, e assim os Sonics, que já tinham Tony Mabin tocando sax, mandaram-no embora para poder contar com o talento de Roslie.

Gerald “Gerry” Roslie, aliás, diz que seu apelido é “Jerry”, com J, e assim ele assina desde sempre, apesar de se ter convencionado escrever “Gerry”. Também dois anos mais velho que Larry Parypa, ele havia tocado nos Imperials, além dos Searchers. “Não eram nomes muito originais, mas éramos jovens – eu tinha uns 16 anos naquela época”, conta Roslie, nascido em 1944, sobre seu início nessas bandas adolescentes. “Era apenas pop rock. Tocávamos o que estivesse fazendo sucesso no rádio. E tocávamos onde podíamos: bailinhos, salões de igreja, festas, clubes”.

As primeiras atividades dessa formação, que levaria os Sonics ao estado de lenda cult, foram no porão da casa dos Parypa em Lakewood, Tacoma, no final de 1963.

Larry diz que o que lhes faltava em finesse sobrava em espírito. “Na primeira vez que ensaiamos juntos, parecia que não tínhamos muito talento. Mas acabamos sentindo que queríamos o mesmo quanto à sonoridade; concordávamos que ela deveria ser realmente agressiva”.

Em fevereiro de 1964, os Beatles fizeram sua primeira aparição no programa The Ed Sullivan Show. Talvez até mais que a música, naquele momento, os cabelos, as botas e, principalmente, a reação das garotas, decretaram o fim dos topetes na já nascente cena de rock de garagem que viria a assolar os Estados Unidos. Todo mundo passou a deixar o cabelo crescer, e Roslie tomou coragem para cantar ao mesmo tempo em que martelava os teclados, embora “cantar” em boa parte do tempo significasse espantar sua alma para fora aos berros. O repertório passou de proeminente instrumental para algo mais selvagem em questão de meses, e em novembro daquele ano eles já estavam tocando ao vivo seu futuro clássico “The Witch” com o inconfundível grito de “Waaaaaaaaaw” característico de Roslie.

Aquele ano foi determinante para os Sonics também porque foi quando eles desenvolveram uma enorme legião local de fãs. Estavam tocando nos principais eventos de música jovem em Tacoma e cidades vizinhas, incluindo o famoso Spanish Castle, na rodovia entre Tacoma e Seattle, o lugar posteriormente imortalizado por Jimi Hendrix em canção, e palco da gravação de um LP ao vivo dos Wailers em 1962.

John “Buck” Ormsby, baixista dos Wailers e dono do selo Etiquette, era conhecido de Andy, e este o persuadiu a ir assistir a um ensaio dos Sonics. Segundo Roslie, os Wailers eram ídolos dos Sonics, e melhores músicos, enquanto os Sonics eram mais barulhentos e mais selvagens. Como Ormsby lembrou depois, o então novo grupo estava ensaiando no porão da casa de seu baterista, Bob Bennett. “Eu procurava algo diferente, algo que me agitasse e me desse uma razão de viver. Fui lá e encontrei. Gostei da guitarra, que soava suja. Gostei de Gerry, que era um verdadeiro gritador”. Ormsby logo assinou com o grupo e em novembro eles estavam gravando “The Witch” como primeiro single. A música, aliás, fora concebida inicialmente como “Do the Witch”, como algo que fosse iniciar uma nova dance craze como o twist e suas patéticas variações. O que saiu, em vez disso, foi um monstro com um riff de dois acordes e um cantor vociferando uma linha quase sem melodia, mas com pura vitalidade. Para o lado B foi gravada uma versão do hit “Keep A-Knocking”, de Little Richard, notadamente uma grande influência para Roslie, que a levou para muito além dos limites.

Nada aconteceu em termos de vendagem e de execução nas rádios, inicialmente, até que o disc jockey e produtor Pat O’Day, apelidado O Rei do Noroeste, resolvesse apostar no single. “The Witch” começou então a ganhar tanta exposição, e provocar uma reação tão grande no público, que se tornou o maior hit regional da história do noroeste americano. Alguns DJs não gostavam, mas o público telefonava para as rádios pedindo “The Witch”. Obviamente a demanda por shows cresceu, e os Sonics passaram a abrir grandes concertos de bandas nacionalmente famosas. Como no início de 1965, quando foram a Portland, Oregon, abrir para os Beach Boys ao lado dos Wailers. O single começou a ter alguma projeção fora do estado de Washington, e o grupo chegou a fazer uma aparição no programa Upbeat, transmitido para todo o país por uma afiliada da ABC TV em Cleveland. Na verdade, o sucesso nacional dos Sonics, planejado por sua gravadora, poderia ter acontecido se a banda não preferisse levantar os mil dólares que eram certos em cada noite na região de Seattle a viajar, cancelando excursões a San Francisco e ao norte da Califórnia.

Mas antes disso, com “The Witch” vendendo muitas cópias, a Etiquette decidiu substituir o lado B, para que os direitos da composição fossem para a editora deles, e não para Little Richard. Os caras da banda também não gostavam de sua gravação de “Keep A-Knocking” e, após um show, num sábado, fizeram e ensaiaram “Psycho” para gravar na segunda-feira. “Psycho”, de tão boa, acabaria sendo logo depois promovida a lado A do segundo single.

O primeiro álbum, Here Are The Sonics!!!, foi gravado com pouca preparação. Ormbsy simplesmente levou o quinteto para dentro do Audio Recording Studio em Seattle para produzir, em algumas horas e em dois canais, talvez o álbum mais selvagem de que se tem notícia até então, e raramente igualado após ele. Covers de sucessos do R&B e rock ‘n’ roll, como “Do You Love Me”, “Roll Over Beethoven”, “Have Love Will Travel” e “Walking the Dog”, soam mais ásperos e rudes do que nunca, enquanto “Dirty Robber”, dos Wailers, soa como se fosse feita para os Sonics. Mas são as composições de Roslie que realmente fazem a diferença. Além de “The Witch” e “Psycho”, tem a impiedosa “Boss Hoss” e a realmente louca “Strychnine”.

Deslumbrados com a nova realidade de suas vidas, com shows seguidos de festas intermináveis e sem nenhuma preocupação em ensaiar, a tosqueira continuou sendo a tônica do grupo. Aquele som era o que eles sabiam fazer. E talvez nem percebessem o quanto era bom enquanto fosse assim.

Já em 1966, com integrantes dos Wailers fazendo backing vocals e com a mesma fórmula, o segundo álbum, Boom, foi gravado no Wiley/Griffith Studio, em Tacoma, novamente com produção de Buck Ormsby. Com cinco composições originais de Roslie, apenas uma a mais que o LP anterior, Boom também é completado com versões de rock e R&B, incluindo músicas de Little Richard, Huey “Piano” Smith e uma versão de “Louie Louie” que, a exemplo daquela dos Kinks, deixa o hit de 1963 dos Kingsmen comendo poeira, um real tributo ao hit original de 1957 com o autor Richard Berry. Mas, novamente, são as aberrações escritas por Gerry Roslie que mostram os Sonics em sua melhor forma, com destaque para “Cinderella” e a amedrontadora “He’s Waitin’”.

Falando nos Kingsmen, o selo que havia transformado a banda de Portland em one-hit wonders em 1963, Jerden Records, demonstrou interesse nos Sonics, e eles pensaram que seria bom mudar de gravadora, devido à maior estrutura e distribuição encontrada ali. “Se eles conseguiram um grande hit nacional com uma banda como The Kingsmen, o que não fariam com a gente?”, pensaram, segundo Andy Parypa. A mudança, no final de 1966, contudo, revelou-se ruim. Apesar do bom álbum feito no ano seguinte, com o estranho título Introducing The Sonics (talvez levando em conta o sucesso apenas regional do grupo até então), o material não agradou ao próprio grupo. Embora tivesse ainda algo do som dos Sonics (e por algum motivo incluísse as gravações de “The Witch” e “Psycho” da Etiquette), eles o consideraram produzido e limpo demais, chamando-o de “o pior lixo”. Pior mesmo foi o material gravado na sequência, quando Jerry Dennon, dono da Jerden, conseguiu seu objetivo de amansar, de fato, a banda mais selvagem que a América já tinha ouvido. Foi o fim. Ainda em 1967, Bob Bennett saiu. Roslie foi mandado embora pelos irmãos Parypa, que em 1968 venderam o nome do grupo. A partir daí, uma banda passou tocar em Tacoma e Seattle como “The Sonics” até 1980, pela qual passaram mais de 30 músicos.

Eventualmente um retorno às atividades acontecia, como uma pequena participação em um show beneficente em Seattle, em 1972.

Roslie fez em 1980 para o selo Bomp!, de Los Angeles, um álbum de regravações dos Sonics chamado Sinderella, à frente da banda The Invaders, mas com o nome dos Sonics, uma tentativa frustrada do produtor Greg Shaw de capitalizar com o sucesso da cena punk que o grupo antecipara em mais de uma década.

Desde 2007, Larry Parypa, Rob Lind e Gerry Roslie têm se apresentado eventualmente em uma genuína volta da banda com baixista e baterista convidados. Em 2014, dividiram um compacto de vinil com o Mudhoney, um de seus muitos discípulos da cena grunge de Seattle, e estão atualmente lançando um novo álbum, This Is The Sonics.

Artigo originalmente publicado na pZ 59

pZ 59

Rainbow, Aphrodite’s Child, The Sonics, Tim Buckley, Tuca, Howlin’ Wolf e Muddy Waters, Billy Thorpe, rock sueco, Tages, Motörhead, Jackson C. Frank etc.

por Bento Araujo     31 mar 2015

RAINBOW
É sempre um grande prazer lançar uma edição da pZ com uma capa escolhida pelos leitores. Vocês votaram e escolheram o Rainbow como capa e matéria principal deste número 59. Ritchie Blackmore sai finalmente na capa e teve o período 1975-1984 de sua carreira passado a limpo. Foram dezenas de formações, frustrações e tentativas de chegar ao topo das paradas, mas o legado deixado pelo grupo jamais poderá ser subestimado. A fase com Ronnie James Dio fez do Rainbow um dos nomes mais influentes do heavy metal. Graham Bonnet protagonizou uma passagem relâmpago, mas deixou um disco irretocável. A fase Joe Lynn Turner mostrou um Rainbow melódico e mais adulto, produzindo três álbuns clássicos do AOR oitentista. E Doogie White foi o vocalista na curiosa volta do grupo nos anos 90, que também deixou um belo trabalho. No fim, o que prevaleceu foi a visão de Blackmore, ávido por buscar novidades e reciclar a sua banda de tempos em tempos. A matéria inclui a discografia comentada do grupo.

APHRODITE’S CHILD
Seria 666 um freak-out vanguardista da era de Aquarius? O disco preferido de Salvador Dali? O melhor disco do selo Vertigo? A obra progressiva/conceitual definitiva? O melhor orgasmo registrado em disco? A trilha sonora do fim do mundo? Ou apenas uma obra-prima à frente de seu tempo? Seja qual for a sua resposta, o disco de despedida do Aphrodite’s Child ainda tira o sono de muita gente…

THE SONICS
Eles são considerados precursores do punk e a banda de garagem definitiva. A verdade é que aquele som saía tão visceral, sem a menor polidez, porque era o que realmente sabiam fazer. E ainda sabem. A banda esteve no Brasil para comemorar seus 50 anos de estrada, então aproveitamos para relembrar a trajetória do grupo e cobrir a única apresentação deles no país.

TIM BUCKLEY
Ele morreu aos 28 anos de idade, vítima de uma overdose de heroína. Sua carreira fonográfica durou menos de dez anos e foi um fiasco comercial na época, com Buckley partindo do folk para incorporar jazz, psicodelia, soul e música avant-garde em seus trabalhos. Com uma voz peculiar utilizada tanto como instrumento de protesto (em sua fase puramente folk) como de improviso (em sua fase experimental), o destino de Tim Buckley era ser admirado pelas futuras gerações.

TUCA
Valenza Zagni da Silva, ou Tuca, como ficou conhecida, é um caso típico de talento perdido da música brasileira. Tentativas de resgatar e relançar seu pequeno catálogo são feitas constantemente por selos nacionais e estrangeiros, mas a luz no fim do túnel parece inatingível. O fato de Tuca ter morrido prematuramente, em 1978, dificulta ainda mais o processo. A pZ investigou esses fatos e publica um artigo especial sobre a autora do esquecido clássico Dracula I Love You, de 1974.

HOWLIN’ WOLF & MUDDY WATERS
Marshall Chess queria conquistar a América branca adolescente com o blues que era patrimônio da Chess. Estava de olho nos dólares daquele público que vinha fazendo a fortuna da Motown. Para isso, apostou na fusão de dois de seus maiores bluesmen com os sons psicodélicos da moda em 1968.

PÉROLAS ESCONDIDAS ESPECIAL 1965
Dessa vez preparamos um especial com álbuns subestimados que estão completando 50 anos de idade. Estrelando: Billy Thorpe and The Aztecs, Tages, Jackson C. Frank, Downliners Sect, Alan David e The Strangeloves.

E MAIS
Motörhead, Eddie and the Hot Rods, Daevid Allen, Back Door, Ultimate Spinach, Harvey Mandel, Andy Fraser etc.

The Sonics lançam novo álbum, o primeiro em 48 anos

Grupo proto-punk não gravava um LP de músicas originais desde 1967

por Ricardo Alpendre     26 jan 2015

sonicsApós aproximadamente 48 anos desde que o último LP foi lançado, os Sonics preparam seu primeiro álbum de inéditas desde 1967.

This Is The Sonics, como o álbum vai se chamar, tem lançamento agendado para 31 de março de 2015 pelo selo próprio, Revox, e foi gravado em Seattle, com três dos integrantes originais: Gerry Roslie (teclados e voz), Larry Parypa (guitarra e vocais) e Rob Lind (saxofone, gaita e vocais). Todos eles, que se reuniram em 2007, estavam na gravação dos três discos originais dos precursores do punk: Here Are The Sonics (1965), Boom (1966) e Introducing The Sonics (1967).

Nos dois primeiros (principalmente no álbum de estreia, gravado ainda em 1964), o grupo estabeleceu sua reputação como um dos mais sujos e pesados de todo o movimento do rock de garagem da época.

“The Witch”, o primeiro single daquelas sessões, lançado em 1964; “Psycho”, com o grito mais insano; “Strychnine”, com apologia ao gosto por uma bebida improvável; “Boss Hoss”, “Cinderella”, “He’s Waitin’”, e ainda versões cruas e frenéticas de sucessos do rhythm & blues… Aquele coquetel de irresponsabilidades eternizadas em vinil só poderia mesmo ficar às margens das paradas de sucessos, tornando-se, contudo, item obrigatório em qualquer coleção de rock que pretenda conter sons proto-punk.

Formada em Tacoma, Washington, a banda tem uma história muito ligada a Seattle, onde o novo This Is The Sonics foi gravado com produção de Jim Diamond.

O primeiro single confirmado do álbum é “Bad Betty”, um rock ‘n’ roll puro tocado no estilo inconfundível dos Sonics. No ano passado, a música apareceu, em outra versão, no compacto que o grupo dividiu com o Mudhoney para venda exclusiva no Record Store Day.