Arquivo da tag: southern rock

poeiraCast 460 – Creedence Clearwater Revival

Neste episódio, vamos com o Creedence, uma das grandes bandas norte-americanas da virada dos anos 60 para os Mais

por Bento Araujo     05 Maio 2021

Neste episódio, vamos com o Creedence, uma das grandes bandas norte-americanas da virada dos anos 60 para os 70.

Ouça o poeiraCast também pelo Spotify, Deezer, iTunes e diversos apps de podcast.

Preparamos uma playlist que serve como trilha sonora para este episódio, com músicas que indicamos durante o programa. Ouça aqui!

Depois de doze anos de estrada e mais de 450 episódios online, o poeiraCast precisa do seu apoio para continuar no ar. Seja um assinante/apoiador do poeiraCast e faça parte desta história. Para realizar o seu apoio e saber mais sobre as recompensas, acesse catarse.me/poeiracast

Importante: o poeiraCast somente irá continuar se atingirmos a meta mínima da campanha.

Agradecimentos especiais aos apoiadores:

Alexandre Citvaras, André Gaio, Antonio Neto, Bruno Pugliese, Caio Bezarias, Carlos Albornoz, Cláudio Lemos, Claudio Lojkasek, Claudio Rosenberg, Eduardo Alpendre, Ernesto Sebin, Felipe de Paula, Fernando Padilha, Flavio Bahiana, Hélio Yazbek, Janary Damacena, Lindonil Reis, Luís Araújo, Luís Porto, Luiz Paulo Jr., Marcelo Moreira, Marcelo Zarra, Marcio Abbes, Marcos Oliveira, Matheus Pires, Mauricio Pires, Miguel Brochado, Nei Bahia, Oscar Neto, Pedro Furtado Jr, Rafael Campos, Raul dos Santos, Ricardo Nunes, Rodrigo Acrdi, Rodrigo Lucas, Thatiana Santos, Vagner dos Santos, Vandré dos Santos, Wilson Rodrigues.

Molly Hatchet (1978)

Após a tragédia envolvendo o Lynyrd Skynyrd, o Molly Hatchet acabou substituindo o vazio deixado pela banda de Ronnie Van Zant

por Bento Araujo     11 set 2015

Molly hatchetO Molly Hatchet foi mais um combo sulista surgido em Jacksonville, Flórida, assim como o Lynyrd Skynyrd e o Blackfoot.

Apesar das capas da banda deixarem o pessoal do Manowar com água na boca, o som era o bom e velho boogie sulista com muitas guitarras, cortesia do trio: David Hlubek, Steve Holland e Duane Roland.

O vocalista e frontman Danny Joe Brown entrou para o grupo em 1974 e desde cedo teve uma saúde debilitada. Foi diagnosticado com diabetes aos 19 anos de idade, enquanto servia a guarda costeira. O difícil convívio com a doença, aliado à exaustão da rotina estradeira do grupo, forçaram Danny a abandonar seus comparsas em 1980, após dois álbuns bem sucedidos pela Epic/Sony: Molly Hatchet e Flirtin’ With Disaster.

O primeiro deles mesclava boogie, blues e hard rock; e afirmava que os caipiras não estavam para brincadeira, como mostram os clássicos do southern rock contidos na bolacha: “Bounty Hunter”, “Gator Country”, “Big Apple”, “The Creeper”, “The Price You Pay”, “I’ll Be Running”, “Cheatin’ Woman” e “Trust Your Old Friend”. No entanto, um dos maiores destaques da estreia era mesmo a versão de “Dreams”, do Allman Brothers Band, os pais de todo o rock sulista. Na estreia do Hatchet, a canção de sete minutos ganhava o nome de “Dreams I’ll Never See”.

O disco, homônimo, contou com a esmerada produção do experiente Tom Werman, que também deu uma força na percussão. Outro detalhe importante: Molly Hatchet, o álbum, foi disco de platina nos EUA, vendendo milhares de cópias, e trazia uma capa medieval, destoando um pouco do estilo country das bandas sulistas. A arte gráfica ficava por conta do genial Frank Frazetta, cuja pintura “Death Dealer” ilustrava a primeira aventura fonográfica o Hatchet. Telas de Frazetta foram também utilizadas por diversos grupos de rock, como o Dust, Nazareth, e mais recentemente, o Wolfmother.

Nos primeiros anos do Molly Hatchet, a conexão com o Lynyrd Skynyrd era total. Apadrinhados pelo líder do Skynyrd, Mr. Ronnie Van Zant, o Molly Hatchet gravou sua primeira demo no estúdio particular de oito pistas do Skynyrd, usando inclusive o mesmo equipamento deles. Van Zant ajudou nos primeiros ensaios, dando uma forcinha nos arranjos e deixando a banda redonda para a gravação de seu primeiro álbum. Infelizmente o vocalista morreu em outubro de 1977, e acabou não produzindo este primeiro álbum do Molly Hatchet, cotado para ser a primeira produção do legendário vocalista fora do seio do Lynyrd Skynyrd.

Após a tragédia envolvendo o Lynyrd Skynyrd, o Molly Hatchet acabou substituindo o vazio deixado pela banda de Ronnie Van Zant. Era como se o bastão continuasse sendo levado adiante, daí o sucesso estrondoso do Molly Hatchet no final da década de 1970.

Muito desse prestígio acabou vindo das extensas e selvagens tours que o grupo promovia pelo Sul do país, tocando em qualquer espelunca que aparecesse pela frente. O som era redondo, as guitarras afiadas e a presença de palco pra lá de imponente.

Nesse clima eles soltariam, no ano seguinte, outro álbum essencial do estilo; Flirtin’ with Disaster, novamente com produção de Tom Werman e capa de autoria de Frank Frazetta.

A história do rock sulista em livro altamente ilustrado

Southbound: An Illustrated History Of Southern Rock é essencial para quem curte Allman, Lynyrd etc.

por Bento Araujo     02 out 2014

O autor com Billy GibbonsSouthbound: An Illustrated History Of Southern Rock (Scott B Bomar)

Scott B Bomar tratou de resgatar o fenômeno musical/cultural norte-americano de forma coesa e abrangente, estudando o sucesso de nomes como Allman Brothers Band e Lynyrd Skynyrd e analisando também o fracasso comercial de tantos outros.

O movimento Southern ganha nova perspectiva no livro, altamente ilustrado com fotos das bandas, pôsteres dos shows e reprodução dos selos e capas de discos.

Lynyrd Skynyrd recebe Gregg Allman, Peter Frampton e outros

O show no Fox Theatre contará ainda com Charlie Daniels, Warren Haynes e Cheap Trick.

por Ricardo Alpendre     15 ago 2014

Lynyrd Skynyrd e convidadosEm 1976, nos shows em que foi gravado o LP duplo ao vivo One More from the Road, o Lynyrd Skynyrd fez parte de uma extensiva campanha para salvar o Fox Theatre de Atlanta, Georgia.

Neste ano, quase quatro décadas depois, o Fox sediará um concerto de celebração da história do grupo de Jacksonville, Florida, que tem tanta importância na casa.

Está anunciado para a noite de 12 de novembro o show One More for the Fans. Além da banda que está excursionando extensivamente pelos Estados Unidos, haverá participações de Gregg Allman, Charlie Daniels, Peter Frampton, Warren Haynes, John Hiatt, Cheap Trick e Donnie Van Zant, entre outros, além de Trace Adkins e do grupo Alabama – que aparecem em destaque sobre todos os outros convidados no site do Fox.

O público em geral poderá comprar ingressos a partir de 18 de agosto. Já os “vips” dispostos a desembolsar mais de mil dólares podem há alguns dias comprar ingressos em área privilegiada, num pacote que inclui vários brindes.

pZ 30

ZZ Top, Johnny Winter, Southern Rock, Alex Chilton, Lynyrd Skynyrd, Blackfoot, Josefus, 13th Floor Elevators, Moving Sidewalks, Jazz Fest etc.

por Bento Araujo     11 jul 2014

ZZ TOP
A pZ passa a limpo a época dourada do trio texano, quando eles lançaram o álbum Tres Hombres, em 1973.

JOHNNY WINTER
Uma geral no início da carreira fonográfica do guitarrista, quando lançou seus dois primeiros álbuns, em 1969.

NEW ORLEANS JAZZ & HERITAGE FESTIVAL
A pZ foi até New Orleans conferir o Jazz Fest e trouxe na bagagem resenhas de shows fantásticos de Allman Brothers Band, Jeff Beck, Gov’t Mule, Black Crowes, Levon Helm, Van Morrison, Simon & Garfunkel e muitos outros. Confira o diário completo de nossa viagem e fotos inéditas e exclusivas da primeira aventura de nossa pZ Trips.

MANUAL DA PSICODELIA TEXANA
Apresentando: 13th Floor Elevators, Josefus, Cold Sun, Fever Tree, Bubble Puppy, The Moving Sidewalks, Zakary Thaks e muitos outros. Se você pensa que psicodelia americana é só São Francisco, se prepare para mudar de opinião.

20 HINOS DO SOUTHERN ROCK
Escolhidos por você, com sons inesquecíveis de Lynyrd Skynyrd, Allman Brothers, The Outlaws, Blackfoot, Marshall Tucker Band, Little Feat, Down etc.

ALEX CHILTON
Nosso pZ Hero dessa edição é o ex-Big Star e Box Tops, verdadeira lenda do rock de Memphis.

A estreia do Lynyrd Skynyrd

Está tudo aqui, os ataques das três guitarras, os rocks básicos, as baladas trágicas/dramáticas, a temática machista e violenta – tudo embalado dentro da tradicional e rigorosa ingenuidade “Southern”.

por Bento Araujo     09 jul 2014

Lynyrd Skynyrd Pronounced

Lynyrd Skynyrd – Pronounced ‘Lĕh-‘nérd ‘Skin-‘nérd

Cru, descompromissado, intransigente, descomplicado, acirrado, austero, firme, implacável, incomplacente, inexorável, inflexível, inquebrantável, intolerante, intratável, supercilioso, teimoso, rigoroso, obstinado, ditatorial, imperioso. Algo mais?

Para descrever grandes discos de estreia, palavras faltam e ao mesmo tempo sobram.

Não é questão de ficar filosofando de forma gratuita, mas sim de tentar explicar o disco que não só apresentou o mais sulista dos combos sulistas ao mundo, mas que também fundou um estilo de fazer música. Está tudo aqui, os ataques das três guitarras, os rocks básicos, as baladas trágicas/dramáticas, a temática machista e violenta – tudo embalado dentro da tradicional e rigorosa ingenuidade “Southern”.

A confiança e confidência demonstradas por Ronnie Van Zant e seu Lynyrd Skynyrd em Pronounced é algo que marcou pra sempre o gênero, servindo de modelo para as futuras gerações de bandas sulistas. A partir daqui, todos teriam que ter uma faixa longa e dramática como “Free Bird” para encerrar as suas apresentações de maneira apoteótica. Foi Van Zant quem escutou o roadie e futuro tecladista da banda, Billy Powell, tocar a introdução de “Free Bird” num show de colégio. Até que o guitarrista Allen Collins tratou de imortalizar uma pergunta que havia escutado da boca de sua namorada: “If I leave here tomorrow, would you still remember me?”. O resto é história.

Vários outros fatores colaboram para Pronounced ser um dos grandes clássicos do Rock dos anos 1970. A produção do grande Al Kooper, por exemplo, joga totalmente a favor do time. Além de ser o sujeito que literalmente descobriu o Lynyrd Skynyrd, Kooper toca inclusive uma penca de instrumentos no disco, e é ele quem cuida da dose de melancolia em “Free Bird” e em “Tuesday’s Gone”, tocando Mellotron nessas faixas.

Falando em baladas melancólicas, outro acerto deste trabalho é a belíssima “Simple Man”, sempre um ponto alto no “arrepiômetro” durante as apresentações da banda.

Além de se sair muito bem nas baladas, o Skynyrd também atuava com propriedade em rocks sacanas como “I Ain’t The One”, “Gimme Three Steps” e “Things Goin’ On”. Soar assim tão convincente, em diversos tipos de composição musical – e num disco de estreia – é tarefa cumprida por poucos e bons. A banda ainda passeia pelo country blues em “Mississippi Kid”, com um belíssimo trabalho de cordas de Gary Rossington, Allen Collins e Ed King, esse último o mais experiente da turma, pois havia passado pelo grupo psicodélico Strawberry Alarm Clock. Foi King também quem gravou o baixo de seis das oito faixas, já que Leon Wilkeson deixou o Lynyrd por um breve período durante o início das gravações.

Leon voltou a tempo de gravar duas músicas e aparecer na capa e King foi para a terceira guitarra do Skynyrd, dando sequência a uma tradição criada pelo Fleetwood Mac dentro do blues britânico.

Texto de Bento Araujo

poeiraCast 128 – Lynyrd Skynyrd
por Bento Araujo     06 nov 2012