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poeiraCast 409 – 40 anos de Lovedrive, dos Scorpions

Lovedrive, disco de um momento de mudanças na carreira dos Scorpions, é o assunto no poeiraCast desta semana. Mais

por Bento Araujo     17 abr 2019

Lovedrive, disco de um momento de mudanças na carreira dos Scorpions, é o assunto no poeiraCast desta semana.

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poeiraCast 369 – UFO

Uma das bandas mais típicas do hard rock britânico, tendo dado projeção ao então jovem guitarrista alemão Michael Mais

por Bento Araujo     23 Maio 2018

Uma das bandas mais típicas do hard rock britânico, tendo dado projeção ao então jovem guitarrista alemão Michael Schenker, o UFO é o assunto principal da nossa conversa neste episódio.

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Alone Again Or: do Love ao UFO

Repleta de brisas mediterrâneas e de uma letra tristonha, Alone Again Or contava com uma divina melodia e a voz tocante de Arthur Lee

por Bento Araujo     21 ago 2015

Love“Bryan começou a compor Alone Again Or como mais uma de suas simples canções Folk. Comecei a inserir toques de guitarra flamenca e enfeitar um pouco, foi daí que ela passou de um simples tema Follk para algo bem espanhol e ousado. Mudamos a cadência do andamento… Eu estava apenas brincando, tentando achar coisas diferentes para complementar o que Bryan havia criado. Alone Again Or tem esse clima espanhol, flamenco, e acabou se tornando a canção mais famosa do nosso álbum Forever Changes.”

Essa declaração é do guitarrista solo do Love, Johnny Echols, que magistralmente deu um molho todo especial na composição original do outro guitarrista da banda, Bryan MacLean.

Alone Again Or pode ser considerada um tipo de “música erudita dos anos 60”, aquele tipo de composição imortal, totalmente original e que não se parecia com nada mais que rolava no período. É exatamente ela que abre um dos discos definitivos daquela rica e inigualável década, Forever Changes, sem exagero, obra de mesmo quilate de discos como Revolver dos Beatles, Pet Sounds dos Beach Boys, Odessey And Oracle dos Zombies, Freak Out! do Mothers Of Invention, In The Court Of The Crimson King do King Crimson e Odessa dos Bee Gees. Alone Again Or foi também lançada como compacto no início de 1968 em diversos países, porém passou totalmente batida, alcançando uma decepcionante 99ª posição na parada da Billboard.

Repleta de brisas mediterrâneas e de uma letra tristonha, Alone Again Or contava com uma divina melodia e a voz tocante e doce do genial Arthur Lee, além de muitos violões, uma orquestração angelical e um imponente solo de trompete. Uma verdadeira obra de arte.

O arranjo e a orquestração sublime da canção foram de responsabilidade de David Angel, que ficou literalmente chapado com o clima flamenco da faixa, e a partir dessa exótica influência começou a trabalhar. David gosta de ressaltar que não se trata de uma influência de música mexicana, de mariachis; mas sim de algo típico de violentas e dramáticas touradas, uma música espanhola por natureza…

Curioso o fato de que a mais famosa canção do Love não seja de autoria de seu incontestável líder, Arthur Lee, que inclusive não participou efetivamente das sessões de gravação de Alone Again Or. Lee foi também sempre muito reticente quanto à mixagem original de Bruce Botnick, um dos produtores de confiança da Elektra, o selo do Love. Uma das maiores vontades do líder do Love sempre foi remixar Alone Again Or…

A melodia original de Alone Again Or era baseada também na trilha Lieutenant Kijé do compositor soviético Sergei Prokofiev, datada de 1934. Já a letra falava da espera do guitarrista Bryan MacLean por sua namorada da época. Foi exatamente esse nítido contraste de algo poderoso e marcial com algo mais ingênuo, triste e romântico, que chamou a atenção do pessoal do UFO, que regravou a canção dez anos depois, em 1977, para inclusão no impecável álbum Lights Out, um dos maiores clássicos do grupo britânico.

Pete Way e Phil Mogg gostavam do clima exótico da canção, sugerida pelo renomado produtor Ron Nevison, que trabalhava com o grupo no conceituado AIR Studios, de propriedade de George Martin. A versão do UFO ficou evidentemente mais pesada, mais moderna e adequada aos anos 70, mas mesmo assim mantendo a essência da versão original do Love, com os metais e orquestração característicos. A melodia do solo de trompete foi mantida, porém com Michael Schenker reproduzindo-o em sua Gibson Flying V, inclusive adicionando alguns overdubs com licks certeiros e dobrados. Curiosidades: coincidência ou não, Lights Out trazia outra referência ao grupo de Arthur Lee, já que a faixa de encerramento do álbum se chamava Love To Love. Lights Out é também o álbum favorito do VJ Eddie Trunk, um dos apresentadores do programa That Metal Show.

Vale lembrar também que Alone Again Or recebeu outras dezenas de versões através dos tempos via The Damned (1986), The Oblivians (1993), Sarah Brightman (1990), The Boo Radleys (1991), Chris Pérez Band (1999), Calexico (2004), Matthew Sweet and Susanna Hoffs (2006), Les Fradkin (2007), etc.

pZ 15

Edição rara, temos poucos exemplares.
UFO, Bowie + Iggy, Atomic Rooster, Pink Fairies, Budgie, Randy California, James Brown, Genesis, Novos Baianos, Quintessence etc.

por Bento Araujo     07 jul 2014

UFO
Dessa vez a pZ resolveu desvendar a ufologia secreta do rock. O UFO foi uma das grandes bandas do rock pesado inglês dos anos 70, grupo que colocou no mapa um dos maiores guitar-heroes da época, Michael Schenker. Nessa matéria, não só a fase com Schenker é abordada, mas também o início da banda, numa primeira fase de Space Rock, até os dias atuais, quase sempre capitaneados por Phil Moog e Pete Way.

BOWIE + IGGY
David Bowie e Iggy Pop também marcam presença num especial sobre o ano de 1977 na carreira da dupla. Há 30 anos atrás eles se mandaram para Berlim, visando dar um tempo com as drogas pesadas e produzir música inovadora. Foram quatro álbuns em apenas um ano: Low, The Idiot, Heroes e Lust For Life. Teoricamente dois de Bowie e dois de Iggy, mas na prática, quatro álbuns da dupla. Tudo sobre a lua de mel mais famosa da música pop.

E Mais: Atomic Rooster, Pink Fairies, Budgie, Randy CalifOrnia etc.

Como Comprar: James Brown

Capas Históricas: The Lamb Lies Down On Broadway (Genesis)

Canções que Mudaram o Mundo: Preta Pretinha (Novos Baianos)

Pérola Escondida: Quintessence

Have a Nice Day: Christie / Liverpool Express

Lights Out – UFO

A capa do sexto disco do UFO gerou controvérsia em 1977

por Bento Araujo     04 jul 2014

UFO - Lights Out

No ano chave do punk rock as bandas clássicas do rock buscavam renovar suas energias para seguir adiante.

Quando o assunto é energia, para os ingleses a primeira coisa que vem à mente é a Battersea Power Station, ou Usina Termelétrica de Battersea, uma usina de energia elétrica (hoje desativada) que usava carvão como sua principal matéria prima. Ela está localizada na margem sul do Rio Tamisa, em Battersea, distrito central do sudoeste de Londres. Em 1977, o lado de fora da usina apareceu na capa de Animals, do Pink Floyd, e seu interior na capa de Lights Out, do UFO.

Ambas tiveram o envolvimento de Storm Thorgerson e seus comparsas de Hipgnosis, o estúdio gráfico mais transado da Inglaterra naquela década. Segundo Thorgerson, a arte gráfica de Lights Out nada mais é do que um encontro de “vaidade e design industrial”. O artista criou seis capas para o UFO e considerava essa a menos inspirada de todas elas: “Em retrocesso, acho que essa capa não é nem industrial, nem sensual”, declarou ele, em 2007, para a revista Classic Rock.

Phil Mogg e Michael Schenker, a linha de frente do UFO na época, ao lado do baixista Pete Way, foram os escolhidos para figurar na capa, como trabalhadores da Battersea Power Station. Ambos apareciam querendo se livrar de seus macacões, devido provavelmente à alta temperatura do local.

Num paralelo com o nome do álbum e com a faixa título, o lançamento calhou com os cortes de energia promovidos pelos trabalhadores da usina, em greve, citados na letra inclusive (“Lights out in London…”).

No meio de manifestações políticas e blackouts os integrantes do UFO pareciam mais intessados em seu próprio corpo. Mesmo com o punk rock e com os tumultos tomando conta da Inglaterra, o impecável Lights Out levou o UFO a novos níveis de popularidade. Musicalmente, o disco foi influência crucial para bandas que estavam por explodir anos adiante, como Iron Maiden e Def Leppard.

Texto originalmente publicado na pZ 52.