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Thin Lizzy, Grateful Dead, Malo, La Maquina de Hacer Pajaros, Cream etc.
A poeira Zine traz um especial sobre os últimos dias da banda de Phil Lynott, o glorioso Thin Lizzy. Em janeiro serão completados 20 anos da morte desse músico excepcional, assim, resolvemos antecipar as homenagens com esse especial. Os tempos pesados dos discos Renegade e Thunder And Lightning, a tour de despedida, o último disco duplo ao vivo e os derradeiros concertos são a tônica dessa super matéria. O Thin Lizzy dava suas últimas cartadas e agonizava em alto estilo, lotando shows, roubando a cena nos grandes festivais e voltando às paradas.
Os 40 anos da fundação do Grateful Dead e os 10 anos da morte de Jerry Garcia. Não poderíamos perder a oportunidade para fazer uma abordagem inédita sobre um fato bizarro que sempre acompanhou o Grateful Dead: o azar do grupo nos grandes festivais dos anos 60.
E Mais: entrevista com Jaques (Kaleidoscópio), Eldo Pop, Band Of Joy, Rick Wakeman no Brasil em 1975, etc.
Como Comprar: Lemmy Kilmister (Hawkwind/Motorhead)
Capas Históricas: Malo (Malo)
Canções que Mudaram o Mundo: Sunshine Of Your Love (Cream)
Pérola Escondida: La Maquina de Hacer Pajaros
Have A Nice Day: Thunderclap Newman / ? Mark and the Mysterians
Malo, uma capa clássica do rock latino-americano
Malo – Malo (1972)
Lançamento: 1972 – Design: Jesus Helguera
O Malo conseguiu uma certa reputação na primeira metade dos anos 70 graças a três motivos. Primeiro: o líder da banda era Jorge Santana, irmão de Carlos Santana. Segundo: emplacaram um hit: “Suavecito”, faixa presente nesse álbum de estréia dos rapazes. Terceiro: a maravilhosa capa desse disco em questão.
Amor Índio é o nome dessa pintura do mexicano Jesus Helguera, criada em 1954. Aqui um guerreiro asteca é flagrado no momento em que se prepara para beijar sua amada. O cenário é pesado e ao mesmo tempo belo. O céu por trás do casal está tempestuoso, enquanto a garota está abraçada num cervo bebê. No chão, um pássaro recém abatido pelo guerreiro agoniza, se contrapondo com a ternura dos olhos fechados da garota.
Jesus Helguera nasceu em 1910 e logo cedo se destacou nas aulas de arte. Morou na Espanha e lá foi contratado para ilustrar vários livros de arte com suas pinturas dramáticas. De volta ao México (fugindo de uma guerra civil na Espanha), Helguera passou a estudar a fundo a história de seu país, suas origens e a mitologia Asteca. Tudo isso passou a refletir nos seus trabalhos. Muitos calendários mexicanos estampavam as ilustrações de Helguera. Inclusive na América, quase todos os jovens descendentes de mexicanos passaram suas vidas mudando as folhas de calendários ilustrados com as pinturas de Helguera.
Quando o álbum do Malo foi lançado em 1972, ficou fácil associar aquela capa com a tradição e os costumes mexicanos, que era obviamente o intuito do grupo de Jorge Santana. A gravadora (Warner) sacou a bela jogada e todo o material promocional que acompanhava o álbum, como anúncios, cartazes e camisetas, traziam a pintura de Helguera, um artista que através de sua obra imortalizou a mitologia Asteca, a Virgem de Guadalupe e uma banda de rock chamada Malo.