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Lucifer Rising

John Lawton, Peter Hesslein e Dieter Horns trazem o Lucifer’s Friend de volta das profundezas

por Bento Araujo     01 set 2015

Lucifer’s Friend 2015“Demorou bastante para esta volta acontecer, mas todos nós sentimos que a hora é agora… Voltar a tocar com os caras que eu trabalhei por tantos anos, e com quem gravei discos que resistiram ao tempo, é um ponto alto da minha carreira”. John Lawton está eufórico – depois de 20 anos ele está de volta ao Lucifer’s Friend, grupo alemão que revelou o vocalista britânico no início da década de 70.

Lawton tem com quem compartilhar essa euforia, os dois fundadores do grupo: Peter Hesslein e Dieter Horns. Esse último alerta que seu entusiasmo não está muito atrás daquele demonstrado por Lawton: “Quando recebi a ligação sobre a reformulação da banda eu me senti ligado, eletrificado. Discutimos essa possibilidade nas últimas décadas, mas, agora, finalmente a volta aconteceu”. Quem no entanto sintetiza a razão da volta do grupo é o guitarrista Peter Hesslein: “Durante os anos muitas pessoas me perguntam sobre a reunião do Lucifer’s Friend. Recentemente algumas bandas com reputação internacional vêm regravando nossas velhas canções e criando um hype sobre o Lucifer’s no mundo todo. Pensamos em dar aos nossos fãs, principalmente aos mais jovens, a chance deles experimentarem um pouco da música de alguns dos fundadores do hard rock, antes que seja tarde demais”.

E muitos desses jovens vêm compartilhando essa experiência, já que a banda se encontra em turnê pelo verão europeu. Uma apresentação recente, em especial, marcou a carreira do grupo, a que rolou no conceituado Sweden Rock Festival. O show na Suécia deve virar DVD em breve e serviu para mostrar que o Lucifer’s Friend continua feroz e relevante.

Para selar de vez a reunião, a banda lançou Awakening, uma compilação de dez músicas do passado, mas que vem acompanhada de um disco bônus com quatro novas composições: “Pray”, “Riding High”, “Did You Ever” e “This Road”.

Para saber mais, curta a página da banda no facebook: facebook.com/lucifersfriendofficial.

pZ 61

Som Nosso de Cada Dia, Pink Fairies, Wattstax, John Wetton, selos de Krautrock, Hughes & Thrall, Taste, Gerardo Manuel y El Humo etc.

por Bento Araujo     05 ago 2015

SOM NOSSO DE CADA DIA
O mais bacana na curiosa e aventureira trajetória do Som Nosso de Cada Dia é o quanto seus integrantes desdenharam dos rótulos musicais que lhes foram impostos através dos anos. Rotulada no Brasil e no exterior como uma banda de rock progressivo, o Som Nosso sempre foi muito mais do que isso. Claro que, quando surgiram, o gênero estava em alta e eles beberam em influências de nomes como ELP, Pink Floyd, Genesis e outros, mas a essência vinha de algo muito mais latino e brasileiro, seja do rock rural, ou da influência negra do soul, funk e até do samba. Era música com pedigree próprio, autêntica, sincera e livre. A emocionante e conturbada trajetória do grupo foi contada pelo seu único integrante original vivo, o baixista, vocalista e compositor Pedrão Baldanza.

PINK FAIRIES
Foi no International Times que o imortal Mick Farren deu com a língua nos dentes e escreveu em primeira mão sobre a criação do Pink Fairies Motorcycle Club And All Star Rock And Roll Big Band, uma organização cujo intuito era injetar subversão e diversão no verão britânico daquele ano de 1969. Apesar de não citar os nomes dos envolvidos, Farren garantiu que, muito em breve, os Fairies inundariam as ruas de Londres com seu barulho e sua cor. Tudo sobre a banda que sacudiu o underground britânico dos anos 70.

WATTSTAX
No verão de 1972, mais de 100 mil afro-americanos se reuniram no gigantesco Memorial Coliseum, ao sul da cidade de Los Angeles, para celebrar música e consciência, além de relembrar os sete anos dos tumultos raciais no bairro de Watts. Na plateia, uma explosão de cores e sentimentos. No palco, discursos, pregações e o balanço de grandes nomes do selo Stax: Rufus Thomas, Isaac Hayes, The Staple Singers, Tha Bar-Kays, Albert King e muitos outros. A volumosa e orgulhosa celebração virou filme, disco e retrato de uma cultura em transição. Depois de 50 anos dos tumultos em Watts, a pZ relembra o Wattstax, o maior festival de música negra da história, que, por pouco, também não terminou em tumulto.

JOHN WETTON
Seu indefectível timbre vocal, sua classe no palco, sua competência como compositor e suas poderosas e sempre seguras linhas de baixo fizeram parte da fundamental trajetória de grandes grupos como Family, King Crimson, Roxy Music, Uriah Heep, U.K., Wishbone Ash e Asia, dentre muitos outros. O que dizer de um baixista que ao invés de usar a tradicional palheta, utilizava um caco de vidro para deixar o seu som ainda mais poderoso? Inclui discografia essencial comentada.

KRAUTLABEL: OS GRANDES SELOS DO ROCK ALEMÃO
Foi no final dos anos 60 e início dos 70 que os grandes selos perceberam a força da música que vinha do underground. A psicodelia estava dando origem a toda uma nova geração, que, anos depois, ficaria conhecida como “progressiva”. O rock básico dos anos 50 parecia estar a anos luz de distância e grupos do mundo todo expandiam sua mente e sua sonoridade agregando elementos de música erudita, concreta, experimental, folk, jazz etc. Não havia limite para o que vinha pela frente. Foi então que os grandes selos criaram braços, subsidiárias, sublabels, com uma proposta mais livre, independente e em sintonia com a cena underground. Nessa onda, pintaram estampas como Vertigo, Harvest, Dandelion, Nova e muitas outras. Na Alemanha não foi diferente e uma série de novos selos foram criados a partir de 1968 para dar vazão àquilo que depois seria vulgarmente categorizado pela imprensa britânica como Krautrock. Trazemos nesta edição dez grandes selos que mudaram o rock alemão dos anos 70.

HUGHES & THRALL
O único trabalho da dupla Glenn Hughes e Pat Thrall foi bem recebido pela crítica em 1982, mas não pelo público, o que transformou o LP num completo fracasso de vendas. Certamente os fãs de Deep Purple, Trapeze, Automatic Man e Pat Travers esperavam algo mais pesado da dupla, que acabou apostando no AOR e no pop. Décadas depois, Hughes & Thrall virou um disco cult e possui muitos fãs mundo afora.

E MAIS:
Gerardo Manuel y El Humo, Taste, Boz Scaggs, Eddie Hinton, Fernando Gelbard, Lynyrd Skynyrd, Eden, Pesniary, Violinski, Cosmo Drah, Ivinho, Chris Squire, Slim Harpo, Os Irmãos Carrilho, Love Affair, Lucifer’s Friend, Paêbirú etc.

A volta do Lucifer’s Friend

Awakening, o novo disco, tem lançamento previsto para o primeiro semestre de 2015

por Bento Araujo     08 dez 2014

405138_436446583070337_1590747326_nJohn Lawton curtiu tanto a matéria sobre seu Lucifer’s Friend na pZ 54 que fez questão de escrever em primeira mão pra gente, contando uma novidade: A banda está voltando.

Segundo o vocalista, eles estão preparando uma coletânea, Awakening, com lançamento previsto para o primeiro semestre de 2015.

O disco contará também com novas faixas de estúdio e Lawton já gravou quatro delas.

pZ 54

Lucifer’s Friend, Don Brewer (Grand Funk Railroad), Robert Wyatt, Beau Brummels, Rush, Status Quo, Wilko Johnson, Bango etc.

por Bento Araujo     12 jul 2014

LUCIFER’S FRIEND
Janeiro de 1971. Uma nova década estava começando, assim como um novo gênero musical. Para um grupo de jovens alemães e um poderoso vocalista que vinha da Inglaterra, aquilo foi a matéria prima crucial. Assim nasceu o Lucifer’s Friend, que graças a sua sonoridade, seu nome de batismo e à capa de seu primeiro disco, entrou para a história como um dos pioneiros do som pesado. Inclui batepapo exclusivo com John Lawton e discografia comentada.

DON BREWER (GRAND FUNK RAILROAD)
Ele foi um dos grandes bateristas dos anos 70, além de voz principal em grandes clássicos do Grand Funk Railroad como “We’re An American Band”, “Shinin’ On” e “Walk Like a Man”. Don Brewer falou por cerca de meia hora com a pZ, diretamente de sua casa em West Palm Beach, Flórida. Totalmente à vontade, relembrou fatos marcantes de sua longa carreira.

RUSH
Sem arranjos complexos e temas fantásticos, a estreia do trio canadense é pura explosão hard rock que completa 40 anos de idade. Tudo sobre o álbum de estreia de Geddy Lee, Alex Lifeson e John Rutsey, além de comentários faixa a faixa do disco.

STATUS QUO + WILKO JOHNSON AO VIVO EM LONDRES
A poeira Zine cobriu para esta edição, com total exclusividade, duas apresentações do Status Quo com a abertura de Wilko Johnson, no Hammersmith Odeon, em Londres.

BEAU BRUMMELS
Com um álbum essencialmente norte-americano, a banda de San Francisco passou de uma simples resposta local à British Invasion para um bastião da música pop local, principalmente graças à teimosia de dois sujeitos: Sal Valentino e Ron Elliott.

OS CANIBAIS / BANGO
Nesta edição a pZ celebra o legado dessas duas grandes bandas brasileiras. Dos primórdios da Jovem Guarda ao rock psicodélico. Inclui depoimentos de Aramis Barros, mentor e fundador de ambos os grupos.

ROBERT WYATT
Ele foi fundador do Wilde Flowers e depois integrou o Soft Machine, se tornando um dos pilares do som de Canterbury. Sua longa e expressiva carreira solo o transformou numa celebrada instituição da música britânica e sua integridade artística parece não ter fim.

E MAIS:
The Rising Storm, The Rockets, Jeff Beck, Neil Young, Looking Glass, Patrulha do Espaço, Dr. Dopo Jam, Ticket, Ptarmigan, Silver Mammoth, os templos sagrados do rock, Irmandade do Blues etc.