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pZ 58

Aeroblus, The Nice, Zior, Trust, Graham Nash, Edy Star, Necro, Marvin Gaye, discos de jams etc.

por Bento Araujo     02 fev 2015

AEROBLUS
O único disco lançado pelo Aeroblus, em 1977, foi um marco do rock dos anos 70 – abrindo caminho para uma série de bandas pesadas do rock latino-americano. Foi também o elo entre o rock argentino e brasileiro do período, já que a banda contava com dois argentinos (Pappo e Alejandro Medina) e um brasileiro (Rolando Castello Junior). Junior e Medina nos ajudaram a contar a intensa e turbulenta trajetória do Aeroblus. Inclui fotos raras, memorabilia do período, detalhes sobre o novo disco da banda (recheado de raridades da época) e um artigo sobre as passagens do guitar hero argentino Pappo pelo Brasil.

THE NICE
A estreia do The Nice em vinil mostrou ao mundo um novo estilo de fazer rock, mesclando a música jovem do período com a erudição de seus integrantes, dentre eles o tecladista Keith Emerson, que anos depois fundaria o Emerson Lake & Palmer. Mas as primeiras sementes do que viria a ser o rock progressivo foram plantadas em 1967, com The Thoughts Of Emerlist Davjack.

NAPOLEON MURPHY BROCK
Ele atendeu a pZ pessoalmente para um longo e descontraído papo, numa chuvosa tarde de verão, em meio a uma feijoada e cerveja gelada. Napoleon veio ao Brasil fazer duas concorridas apresentações com a banda Let’s Zappalin’, liderada pelo guitarrista Rainer Tankred Pappon, ex-integrante da The Central Scrutinizer Band. O ex-vocalista, saxofonista, dançarino e divertidíssimo frontman dos Mothers (of Invention), de Frank Zappa, participou das gravações de discos emblemáticos como Roxy & Elsewhere, One Size Fits All, Bongo Fury, Apostrophe (‘), Zoot Allures, Sheik Yerbouti, Them or Us e Thing-Fish e contou histórias reveladoras nesta entrevista exclusiva.

ZIOR
De uns anos pra cá, os fãs de heavy metal passaram a buscar as origens de seu tão amado gênero de preferência. Riffs neolíticos, visual tenebroso e a famigerada temática satânica. Essa combinação tão festejada teve sua origem em finais dos anos 60 dentro do rock. Black Sabbath, Black Widow e Coven são nomes cultuados dentro dessa seara, mas os britânicos do Zior continuam, inexplicavelmente, fora desse culto. Aqui está a história completa da banda, incluindo um especial sobre o selo Nepentha, que lançou o Zior na época.

EDY STAR
Único integrante vivo da Sociedade da Grã-Ordem Kavernista, o glamouroso e indomável Edy Star atendeu a pZ para um memorável bate-papo. A partir deste encontro, passamos para o papel a trajetória do artista, que, em 1974, lançou seu clássico álbum Sweet Edy…

GRAHAM NASH
O nosso pZ Hero desta edição é um músico capaz de fazer parte do que de melhor existe no pop e rock inglês e americano, com identidade diversificada, mas sempre inconfundível em sua voz de tenor. Graham Nash é um desses artistas que mostram que o rock também pode ter sintonia fina.

TRUST
No universo do rock pesado, o Trust sempre foi mencionado graças a sua associação direta com três nomes: AC/DC, Iron Maiden e Anthrax. Servindo de parceria, ou influência, o Trust marcou quem viveu o rock do início dos anos 80. Nem a barreira da língua foi capaz de prevenir o sucesso do grupo francês em todo o mundo. No Brasil, por exemplo, as cópias importadas de seus elepês eram disputadas no braço. O artigo inclui discografia básica selecionada e fotos raras do período.

DISCOS DE JAMS
Dois nomes do rock norte-americano, Grateful Dead e Allman Brothers Band, lançaram o modelo para as futuras gerações de jam bands. Os discos de estúdio não eram lá tão festejados, mas os registros ao vivo viravam febre e uma espécie de culto passou a acontecer nas apresentações dessas duas bandas. Neste especial selecionamos dez álbuns contendo jams, lançados bem antes da explosão das jam bands dos anos 90, mas que serviram de cartilha para as gerações seguintes. Estrelando: Grateful Dead, Allman Brothers Band, Al Kooper, Moby Grape, Stones, Zappa, Area Code 615, Cosmic Travellers, Cosmic Jokers etc.

PÉROLAS ESCONDIDAS
Climax, The Unfolding, Cai, Burnin Red Ivanhoe, Country Weather e Perigeo.

E MAIS:
Joe Cocker, Necro, Vento Motivo, Bobby Keys, Ronnie Self, Demis Roussos, Os Depira, Edgar Froese, Lincoln Olivetti, Marvin Gaye, Kim Fowley, Gil & Gal, Radio Birdman, Gryphon, Patrulha do Espaço, The Standells etc.

“Último desejo” bizarro de Kim Fowley?

Site TMZ diz que o influente produtor queria garotas violando seu cadáver.

por Ricardo Alpendre     23 jan 2015

Kim-Fowley-fuck-youKim Fowley deixou o mundo do rock mais triste e menos safado em janeiro de 2015, com sua morte aos 75 anos. Mas não menos bizarro. Ao menos se for verdade a notícia veiculada pelo site norte-americano TMZ – o mesmo que, em 2009, noticiou em primeira mão a morte de Michael Jackson.

Segundo o site, O produtor que trabalhou com Kiss, Runaways e Alice Cooper teria combinado com o editor da revista Girls and Corpses (Garotas e Cadáveres) que fossem feitas fotos de seu corpo sendo violado por garotas nuas. Esse teria sido seu último desejo. A revista é exatamente o que diz em seu título: uma publicação de fotos de mulheres jovens em poses “sensuais” com zumbis, cadáveres e afins.

De acordo com o TMZ, o produtor, considerado um dos mais geniais e polêmicos do rock, trocou e-mails com o editor e uma fotógrafa da revista em 2012, expressando suas intenções quanto ao ensaio fotográfico, que teria sua então namorada Snow e as amigas dela, fetichistas, mutilando o corpo de Fowley, deixando o sangue rolar, e até ateando fogo no sangue e em ossos. Fowley ainda teria proposto que ele mesmo custeasse o ensaio, se necessário.

O editor, apesar de rejeitar a parte mais sangrenta, teria concordado em fazer a sessão de fotos com as garotas nuas.

Entre o tempo do acordo e o de sua morte, Fowley trocou de namorada e se casou, e a viúva, Kara Wright, é quem tinha o controle do corpo. Segundo o TMZ, no dia 19 de janeiro, Kara não podia ser encontrada para liberar o ensaio. Mas ao que parece ele não chegou a ocorrer, porque o funeral ocorreu na tarde do dia 22, inclusive com as presenças de Joan Jett e do influente disc jockey Rodney Bingenheimer.

Kim Fowley (1939-2015)

Um câncer silenciou um dos personagens mais enigmáticos e distintos da história do rock and roll

por Bento Araujo     19 jan 2015

Photo of Kim Fowley

Um câncer de bexiga silenciou um dos personagens mais enigmáticos e distintos da história do rock and roll. Eternamente lembrado como criador, empresário e produtor das Runaways, Fowley foi muito mais que isso, como ele mesmo dizia, foi um mal necessário, o sujeito dos bastidores, tão importante ao rock como a banda que estava no palco.

Fowley parecia indestrutível em sua arrogância e excentricidade, perambulando pela Sunset Strip, sedento por agarrar a tendência sonora que estava lhe aguardando na virada da próxima esquina.

Descobriu e redescobriu talentos, tirou adolescentes das ruas para os palcos, reinventou-se artisticamente por diversas vezes, teve uma curiosa carreira solo (Outrageous, de 1968, e International Heroes, de 1973, são essenciais) e ainda trabalhou ao lado de Alice Cooper, Kiss, Paul Revere and the Raiders, The Seeds, Gene Vincent, Runaways, Modern Lovers, Wigwam, Soft Machine e Blue Cheer.

Morto aos 75 anos de idade, Fowley gerou um agito nas redes sociais, com personalidades lamentando a sua passagem.

Dos tributos, talvez o mais sincero veio de Michael Des Barres (Silverhead, Detective etc.): “Kim Fowley – mágico, manipulador e amante do rock n’ roll. Eu aprendi, dei risadas e o admirei por mais de 40 anos”.