Arquivo da tag: Jim Morrison

poeiraCast 297 – Pontos turísticos do rock

Neste episódio lembramos de alguns lugares em que a história do rock foi feita por seus maiores personagens. Mais

por Bento Araujo     14 set 2016

Neste episódio lembramos de alguns lugares em que a história do rock foi feita por seus maiores personagens.

Torne-se um apoiador do poeiraCast e ajude a manter o podcast semanal da poeira Zine no ar. Saiba mais clicando AQUI.

Agradecimentos especiais aos apoiadores: Adriano Gatti, Alexandre Guerreiro, Antonio Valença, Artur Mei, Bernardo Carvalho, Caio Bezarias, Carlos Albornoz, Claudio Rosenberg, Dario Fukichima, Ernesto Sebin, Eric Freitas, Evandro Schott, Fernando Costa, Flavio Bahiana, Gabriel Garcia, Haig Berberian, Hugo Almeida, Itamar Lima, Lindonil Reis, Luis Araujo, Marcelo Moreira, Marcio Abbes, Marcos Oliveira, Mateus Tozzi, Pedro Furtado, Rafael Pereira, Raimundo Soares, Raphael Menegotto, Rodrigo Lucas, Rodrigo Vieira, Rodrigo Werneck, Ronaldo Nodari, Rubens Queiroz, Saulo Carvalho, William Peçanha e Wilson Rodrigues.

Do Palco Para a Cela

Músicos que foram detidos em pleno palco

por Bento Araujo     13 nov 2014

Jim MorrisonJim Morrison – Miami (1969)
Completamente travado, o líder dos Doors começou o concerto chamando a plateia de “escravos” e “idiotas”. Em certo ponto da apresentação ele perguntou à plateia: “Vocês querem ver o meu pinto?” Na seqüência, o vocalista levantou sua camiseta, abriu o cinto e rapidamente sacudiu ‘o palhaço’ na cara dos fãs. Morrison depois negaria o ato subversivo, mas após 18 meses de uma acirrada batalha judicial, um juiz decidiu que o cantor realmente tinha criado uma nova estrela do rock, o seu próprio pênis. A sentença foi de seis meses de trabalho duro (ops!) para a comunidade, mas Morrison morreu antes de cumprir tal pena.

Janis Joplin – Miami (1969)
Meses antes, Jim Morrison tinha chamado a atenção de todo o país num show realizado nesta mesma cidade, então nada mais natural que a polícia local apertasse o cerco para cima de Janis. O dono da casa onde acontecia o show ficou ofendido com o linguajar da cantora e pediu para a polícia interromper o concerto. Um policial subiu ao palco e ficou declarando ordens de evacuação para a plateia, bem no meio de “Summertime”. Janis, enfurecida, começou a bater boca com o oficial; amparada pelos aplausos da plateia. No backstage a coisa piorou e Janis foi em cana.

Erlon Chaves – Rio de Janeiro (1970)
O maestro estava defendendo num festival a música “Eu Também Quero Mocotó”, de autoria de Jorge Ben. Para apimentar a performance ele convocou algumas garotas para dançar ao som da canção. O público vaiou, mais pelo fato de Erlon ser negro e a garotas, brancas. Erlon foi desclassificado e detido sob acusação de atentado ao pudor e racismo.

Wendy O. Williams – Milwaukee (1981)
A insana líder dos Plasmatics foi abordada por policiais no backstage, logo após o show de sua banda, acusada de “obscenidade em público”. Wendy foi acusada de agredir um oficial e de resistir à prisão. A cantora passou a noite na cela e levou sete pontos na testa.

Rusty Day (Cactus) – Boston (1971)
“Não deixe esses porcos mandarem em vocês”. Segundo o baixista Tim Bogert, foi mais ou menos isso que o vocalista do Cactus disse ao microfone, referindo-se claramente aos policiais que faziam a segurança de um show em Boston. Imediatamente um tumulto começou e Rusty foi detido, arrancado do palco pelo pescoço, pelos policiais, que o arrastaram pela escada e o jogarão num camburão. Bogert precisou cantar as músicas que ainda faltavam para o fim do concerto.

Made In Brazil – Santa Catarina (1976)
Ao sair do hotel, o vocalista do Made, o superb Percy Weiss, levou por engano uma mala de outro hóspede. A polícia foi chamada e todo mundo foi em cana: banda, equipe e os equipamentos. O delegado local segurou o grupo por mais de duas horas, mas toda aquela demora tinha uma razão: ele tinha pedido para um dos guardas de plantão ir buscar sua coleção de LPs do Made para autografar com os recém detentos. Enquanto isso, reza a lenda que, no calor da cela, o Made mandou ver uma versão de “(I Can’t Get No) Satisfaction”, com o delegado colocando os ‘yas-yas’ pra fora nos backing vocals.

Artigo originalmente publicado na edição especial de aniversário da pZ, dedicada aos grandes shows e discos ao vivo da história do rock