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Highway Robbery – For Love or Money (1972)

“Nosso intuito aqui é rugir, agitar, sentir prazer e, acima de tudo, emitir os mais altos níveis de energia rock. Tudo em nome do tempestuoso e belo rock ‘n’ roll”

por Bento Araujo     17 nov 2014

highway-robbery-for-love-or-money“Eu realmente amo essa plateia”. É isso que o baixista/vocalista John Livingston Tunison IV canta na última faixa deste elepê, “Promotion Man”, um apelo do líder, compositor e guitarrista do Highway Robbery, Mike Stevens. Apelo no sentido mais ingênuo do rock pesado daqueles tempos – um jovem músico implorando para que o pessoal da gravadora, no caso a RCA, fizesse dele um rockstar, a todo custo.

Stevens, um descendente de índios e ciganos, passou boa parte de sua adolescência entre as garagens e os campos de futebol norte-americano. Sua ideia era mesclar rock pesado com performances atléticas no palco. Quando, em 1969, surgiu o Grand Funk Railroad, que tinha em Mark Farner um sujeito que fazia exatamente isso, Stevens finalmente ficou aliviado – havia localizado seu modelo, seu ídolo maior.

O trio foi parar na RCA, que os colocou em estúdio com o produtor Bill Halverson, que havia trabalhado com CS&N e Freddie King, entre outros. Antes disso, é interessante lembrar que o HR só havia realizado um único show, abrindo para o Earth Wind & Fire. Antes do início das gravações, Mike Stevens, que escreveu os oitos temas que entraram no álbum, escreveu um manifesto e o pendurou na porta do estúdio. O mesmo texto saiu na contracapa de For Love Or Money e dizia, entre outras coisas: “Nosso intuito aqui é rugir, agitar, sentir prazer e, acima de tudo, emitir os mais altos níveis de energia rock. Tudo em nome do tempestuoso e belo rock ‘n’ roll”.

É exatamente isso que temos em For Love Or Money, o único disco lançado pelo Highway Robbery. Com exceção de duas faixas melosas e comerciais, “All I Need (To Have Is You)” e “Bells” – exigidas pela RCA, que desesperadamente tentava promover o nada “promovível” trio – o que sobra? Seis apocalípticas faixas, de uma violência talvez só registrada em vinil pelo Sir Lord Baltimore naquela época. For Love Or Money é um registro mais que simplesmente energético, é um exercício puro e verdadeiro de proto heavy metal, perfeito para quem não consegue viver sem riffs infernais e aquela sonoridade típica de power trio.

Artigo originalmente publicado na pZ 48

pZ 48

Guess Who, Steve Howe, Museo Rosenbach, The Remains, Swamp Dogg, Max Webster etc.

por Bento Araujo     12 jul 2014

GUESS WHO
Falamos com o guitarrista Randy Bachman e o baterista Garry Peterson, que nos ajudaram a passar a limpo a trajetória do Guess Who, a primeira banda canadense a
fazer sucesso no mundo todo. Dos primeiros anos como Chad Allan & The Reflections até os últimos álbuns, com o guitarrista Domenic Troiano. Inclui discografia básica comentada. Ao ler essa matéria você vai constatar que o Guess Who é muito mais do que os hits “These Eyes” e “American Woman”; e que o vocalista Burton Cummings é uma das vozes mais subestimadas do rock.

MUSEO ROSENBACH

Lançado há 40 anos, Zarathustra é considerado por muitos como o melhor disco de rock progressivo lançado por uma banda não britânica. Acusado de ser um conjunto “de direita”, foram obrigados a interromper abruptamente suas atividades logo após o lançamento de Zarathustra. A pZ entrevistou os integrantes originais do Museo Rosenbach para traçar a conturbada trajetória desse gigante do rock progressivo italiano. “A política esmagou a nossa música”

THE REMAINS

De Boston surgiu uma das mais imponentes bandas de garagem dos anos 1960, responsáveis pelo mini-hit “Don’t Look Back” e pela abertura dos shows da última turnê dos Beatles, em 1966.

STEVE HOWE
A pZ entrevistou o guitarrista do Yes, que falou sobre os discos clássicos da banda, seus álbuns solo, suas passagens pelo Tomorrow, Asia e GTR, e seu lendário encontro com Frank Zappa, em 1967.

SWAMP DOGG

O nosso pZ Hero desta edição lançou mais de 20 álbuns e nunca emplacou um grande sucesso, porém, foi contra a Guerra do Vietnã e, com Jane Fonda, entrou para a lista de “perigosos” de Nixon e do FBI. Foi o primeiro produtor negro da Atlantic e também um grande pioneiro ao injetar consciência social e humor na música negra norte-americana.

BANDA DO COMPANHEIRO MÁGICO
A obscura banda baiana capitaneada pelo percussionista Ary Dias (futuro A Cor do Som) é a bola da vez na nossa seção Arquivo Verde Amarelo. Dos primeiros shows em Salvador até a consagração no underground carioca.

MAX WEBSTER

Outro grande grupo canadense que marca presença nesta pZ, em texto do nosso colaborador Leopoldo Rey.

E mais:
Clube da Esquina, The Grass Roots, Highway Robbery, Morly Grey, Ray Manzarek, Trevor Bolder, Älgarnas Trädgård, Estructura, Ragnarok,
Octopus, Marku Ribas e muito mais.