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poeiraCast 490 – Artistas que também são produtores

No último episódio de 2023, conversamos sobre artistas do mundo musical que também trabalham na produção. Ou produtores Mais

por Bento Araujo     06 dez 2023

No último episódio de 2023, conversamos sobre artistas do mundo musical que também trabalham na produção. Ou produtores que também são artistas. Se é impossível relacionarmos todos, conseguimos lembrar e falar sobre ótimos nomes!

Recebemos o convidado especial Bruno Ascari, do canal Som de Peso.

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pZ 64

Parliament-Funkadelic, Colosseum, Motörhead, Spooky Tooth, Som Imaginário, Granicus, Allman Brothers, Plástico Lunar, Cozy Powell etc.

por Bento Araujo     01 fev 2016

PARLIAMENT-FUNKADELIC
Você já parou para pensar como seria o mundo da música sem o coletivo Parliament-Funkadelic do capitão George Clinton? Teríamos Cream, Vanilla Fudge e Led Zeppelin, do lado mais heavy. MC5 e The Stooges, do lado mais punk. James Brown colocando todos para dançar. Jimi Hendrix, Sly Stone e os Chamber Brothers fundindo a música negra com o rock psicodélico. Pink Floyd levando a música pop ao espaço sideral. Miles Davis modernizando o jazz. Kraftwerk e o Krautrock sintetizando o minimalismo alemão às massas. O Kiss explodindo e divertindo. E, tanto Stevie Wonder como Marvin Gaye, vendendo horrores e ao mesmo tempo desafiando a poderosa Motown em busca de liberdade criativa. Mas não teríamos o conglomerado de músicos que fez de tudo isso um pouco, debaixo de uma perspectiva cultural, social, política e artística que até hoje é válida. Nosso especial inclui ainda uma longa discografia selecionada (e comentada), para ingressar de cabeça na P-Funksperience.

COLOSSEUM
Quando Roma mandava no mundo, os bretões não passavam de bárbaros. Na segunda metade dos anos 60 do século XX, porém, quando a Inglaterra mandava no mundo do rock, um dos maiores símbolos da civilização romana, o Coliseu, serviu de inspiração para alguns bretões oferecerem ao povo o pão da boa música e o circo da performance irresistível. Plateia alguma seria capaz de permanecer indiferente diante do som produzido com sangue e muito talento pelos gladiadores do Colosseum.

MOTÖRHEAD
O controverso Motörhead de 1983 teve uma trajetória relâmpago. Another Perfect Day, o único álbum do grupo gravado com Brian Robertson na guitarra, foi execrado pelos fãs, que acusavam Lemmy de ter amenizado demais a música do trio. A pZ investiga tudo através de um conto regado a muito ego, drogas, shortinhos e sapatilhas de balé.

SOM IMAGINÁRIO
Sexta-feira santa, 1970. O Som Imaginário fazia a sua primeira apresentação. Eram jovens, livres e inflamados. Estavam todos se apresentando sem camisa, como relembrou Zé Rodrix no Jornal de Música, em 1976: “Nós fomos o primeiro grupo a tocar de peito nu neste país”. Wagner Tiso, Tavito, Luiz Alves, Laudir de Oliveira, Robertinho Silva e Zé Rodrix formavam o sexteto descamisado, que adotou o nome Som Imaginário após um show ao lado do amigo em comum, padrinho, guru e “elemento aglutinador” Milton Nascimento. O show se chamava Milton Nascimento Ah!… e o Som Imaginário. Do show pintou o nome que batizou o promissor conjunto, rapidamente adotado por produtores de todo o Brasil.

SPOOKY TOOTH
Em 1969 o Spooky Tooth lançou um trabalho importantíssimo quando se trata das origens do rock pesado. Dramático e épico na medida certa, Spooky Two merece ser redescoberto pelas novas gerações.

COZY POWELL
Amante da bateria e da velocidade, ele se tornou um dos músicos mais respeitados, requisitados e influentes do rock dos anos 70 e 80, sempre demonstrando um estilo pesado, preciso e vigoroso de tocar. Esteve no Brasil algumas vezes (Whitesnake, Brian May) e deixou registrado mais de 70 trabalhos, com diversos grupos e artistas. Em carreira solo, registrou quatro discos e três compactos, transitando com facilidade entre pop, fusion, erudito e heavy metal.

PLÁSTICO LUNAR
Daniel Torres (vocal e guitarra), Plástico Jr. (baixo e vocal), Leo Airplane (teclados) e Marcos Odara (bateria) formam a Plástico Lunar, banda de rock de Aracaju, Sergipe, que, como eles mesmos dizem, “já beijou o blues e abraçou o progressivo, oscila entre a psicodelia e a black music e vem se destacando por produzir um som sem afetação dos ritmos regionalistas”. Depois de dois EPs e um álbum, eles estão de volta com Dias Difíceis no Suriname, lançado recentemente pela Rock Company/Museu do Disco. Leo Airplane e Marcos Odara bateram um papo com a pZ sobre o novo disco e sobre o que anda rolando com a banda.

GRANICUS
Quando Alexandre, o Grande, deu sua primeira surra no Império Persa, em 334 AC, não estava fazendo apenas História. Estava fazendo também rock ’n’ roll, pois 2306 anos depois, o rio que batizou essa batalha, Granicus, emprestou seu nome para uma banda americana de hard rock que atacava os instrumentos com a fúria dos macedônios e que também morreu jovem como o grande general. A diferença é que o Granicus nunca foi uma banda vitoriosa, muito menos coberta de glórias.

E MAIS:
Quintal de Clorofila, The Allman Brothers Band, David Bowie, Bi Kyo Ran, The Poppy Family, Happy The Man, Magma, Gong etc.

Outta Space P-Funk

George Clinton é protagonista em novo livro e volta a voar com a sua nave

por Bento Araujo     12 ago 2014

George Clinton & The Cosmic Odyssey of the P-Funk EmpireA famosa nave espacial do conglomerado Parliament-Funkadelic, construída pelo roadie Bernie Walden, vai pousar no Smithsonian’s National Museum of African American History and Culture, em Washington, D.C., EUA. A “mothership”, famosa por figurar nos shows das bandas de George Clinton dos anos 70, teve um papel crucial na cultura pop negra dos EUA.

Clinton doou o adereço ao museu pois acredita que a Mothership seja um monumento da black music e também um símbolo da música criada por ele e pelos seus comparsas, música essa que influenciou gerações e mais gerações de músicos negros.

Nos anos 70 a Mothership teve um papel crucial nos shows do Parliament, servindo de meio de transporte simbólico rumo ao espaço, onde os afro-americanos poderiam se libertar do racismo, dos preconceitos e de miasmas sociais sofridos na Terra.

A visão de Clinton, baseada no conceito de Sun Ra, é tema também do livro George Clinton & The Cosmic Odyssey of the P-Funk Empire, de autoria do jornalista/fã Kris Needs, que entrevistou Clinton em diversas ocasiões. O lançamento é a primeira biografia abrangente do pioneiro da música negra norte-americana. O autor contextualiza a obra de Clinton no cerne da revolução social e cultural atravessada pelos jovens negros dos EUA a partir da década de 60. Depoimentos de fãs como Red Hot Chili Peppers, Rick James, Prince, Zapp, Public Enemy e Living Colour evidenciam ainda mais o legado e a importância do Mr. P-Funk no cenário pop. Infelizmente, o livro ainda não tem previsão de ser lançado por aqui.