Arquivo da tag: Gary Moore

poeiraCast 481 – AOR

Seja com a denominação adult-oriented rock ou album-oriented rock (ou ainda arena-oriented rock), o AOR espalha seus tentáculos Mais

por Bento Araujo     08 mar 2023

Seja com a denominação adult-oriented rock ou album-oriented rock (ou ainda arena-oriented rock), o AOR espalha seus tentáculos sobre vários estilos, incluindo o hard rock, o prog e o soft rock, e conquistou as rádios nos anos 70 e 80.

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poeiraCast 264 – O revival do blues nos anos 80 e 90

No último programa de 2015, conversamos sobre como o blues voltou a sacudir o mercado da música entre Mais

por Bento Araujo     16 dez 2015

No último programa de 2015, conversamos sobre como o blues voltou a sacudir o mercado da música entre as décadas de 1980 e 1990, a partir do sucesso de artistas como Stevie Ray Vaughan, Robert Cray, Gary Moore e também músicos consagrados do gênero, como Buddy Guy.

BBM: O projeto Bruce Baker Moore

O traumático projeto teve vida breve, mas deixou um belo disco e uma turbulenta turnê

por Bento Araujo     22 abr 2015

BBM

Os atritos entre Jack Bruce e Ginger Baker voltariam décadas depois da época do Graham Bond Organisation e Cream. Mais precisamente em 1989, quando Jack caiu na estrada para promover seu álbum A Question Of Time, ao lado do guitarrista Blues Saraceno (então com apenas 17 anos de idade), do tecladista Bernie Worrell (ex-Parliament/Funkadelic) e de Ginger Baker na bateria. Os anos 80 foram difíceis para Jack, uma década de experimentos musicais e transição. O músico contou com uma nova família, novos amigos e novos projetos musicais. O dinheiro continuava curto e centenas de tentativas de reerguer sua carreira foram fracassadas.

Clapton gozava de fama e fortuna, porém Jack estava completamente esquecido. Foi somente quando a Polygram lançou, em 1988, o box de quatro CDs Crossroads de Eric Clapton, onde algumas faixas do Cream estavam presentes, que o interesse do público em Jack Bruce ressurgiu, mesmo ele não sendo creditado corretamente no box. A mesma Polygram passou a relançar álbuns do Cream em CD e organizou uma coletânea do baixista sem consultá-lo (Willpower, em 1989), que continha dois novos temas: “Ships In The Night” e a faixa-título, ambas com Clapton dando uma força ao ex-companheiro de banda.

A Question Of Time marcou a volta de Jack à grande liga do rock. Foi bem recebido pela crítica e era seu primeiro álbum solo por uma major em quase dez anos, além de trazer muitos solos, uma pegada mais rock na linha do Cream e contar com Ginger Baker em duas faixas. Ginger entrava novamente de forma dramática na vida de Jack. Primeiro foi uma apendicite, que o deixou de molho algum tempo. Depois foi sua teimosia voltando com tudo, ao recusar escutar o disco novo de Jack para tocar algumas de suas canções na turnê. Jack passava horas e horas no ônibus, passando para o papel as partes de Ginger, para que ele pudesse executá-las nos shows. O jeito de conter o endiabrado baterista era oferecer-lhe muita maconha, deixando-o mais relaxado e fácil de lidar. Bernie Worrell tinha a missão de manter Ginger entretido com uma poderosa erva. Este era o único jeito dele aceitar ter que tocar com o inimigo de tantos anos, pulando de pub em pub, onde os camarins não passavam de banheiros imundos e pichados.

No primeiro show, Ginger permaneceu em pé atrás de seu kit, usando as baquetas como algo para tapar seus ouvidos. Gritou, ordenou que todos abaixassem o volume, pois a seu ver aquilo estava tudo muito alto. Disse que, daquele jeito, não tocaria. Isso na frente de centenas de pessoas. Jack se dirigiu ao microfone, fez um discurso alegando o quanto ele odiava seu baterista e saiu andando, era o fim do show.

Jack e Ginger duelavam como antigamente, não só entre si, mas também com a decadência que os rondava. Enquanto isso Clapton terminava sua sequência de 18 noites completamente lotadas no Royal Albert Hall.

Pra piorar, nessa época Jack Bruce se desentendeu com Pete Brown, seu antigo comparsa e letrista. Voltariam a se falar somente em 1993, quando Jack fez uma série de concertos em comemoração aos seus 50 anos de idade. Blues Saraceno não aguentou tanta confusão e bate-boca, trocando a banda de Jack pelo rock farofa do Poison. Pelo menos ele passaria a tocar em estádios, para milhares de pessoas, como fez no Hollywood Rock, aqui no Brasil, em 1994. Com a saída de Saraceno, Margrit, esposa e empresária de Jack, ligou para seu guitarrista favorito, Gary Moore, tentando convencê-lo a vir tocar com seu marido.

Jack conheceu Gary Moore em 1979, quando ambos participaram das sessões de gravação de Over The Top, disco solo de Cozy Powell. Em 1982, Jack cantou e tocou na faixa “End Of The World”, contida no disco Corridors Of Power, de Gary. Voltaram a se ver e a tocar nos shows de aniversário de Jack. Havia uma química ali e todos sabiam disso.

Jack e Ginger se encontraram com Clapton naquele ano de 1993, quando o Cream foi homenageado ao entrar para o Rock ‘n’ Roll Hall Of Fame. Tocaram juntos e fizeram uma pequena apresentação de 40 minutos, transmitida para todo o planeta. Uma volta do Cream começou a tomar forma nas cabeças de Jack, Ginger e de todos os fãs do grupo, menos na cabeça de Clapton, que não iria trocar o conforto e a alta renda de sua carreira solo por nada neste mundo.

Se Clapton não topou a volta do Cream, que tal chamar Gary Moore para substituí-lo, já que ele é possivelmente o fã #1 do trio? Parecia uma ótima ideia.
Decidiram não usar o velho nome em respeito a Eric, adotando Bruce Baker & Moore, ou BBM. Em sua biografia, Jack nega que ele e Ginger foram tocar com Gary por essa razão: “A ideia foi escrever com Gary material que o Cream poderia ter composto na época em que atuou. Muitas bandas como o Oasis estavam se dando bem utilizando ideias musicais dos Beatles… Fomos esmagados pela crítica por fazer algo similar.”

O projeto lançou um único álbum, em 1994, Around The Next Dream, um sucesso comercial na Europa, chegando até mesmo ao Top 10 britânico. O novo material agradou aos fãs de Cream, já que muitas de suas composições pareciam com clássicos executados pelo trio dos anos 60. “Waiting In The Wings” apostava na mesma levada e wah-wah’s de “White Room”; “High Cost Of Living” tinha algo de “Born Under A Bad Sign”; “Where Is The World” flutuava entre “World Of Pain” e “As You Said”; “Why Does Love Have To Go So Wrong” era semelhante a “We’re Going Wrong” e “Cities Of Gold” parecia um arremedo de “Crossroads”. Se o público curtiu, a crítica desceu o pau, alegando que Jack e Ginger estavam vivendo do passado. Jack havia sido criticado por empresários de gravadoras por cunhar um material “muito pouco comercial”. Agora ele estava fazendo o oposto, então era a vez de escutar as reclamações da imprensa.

“Creio que Gary foi muito corajoso ao topar tocar comigo e com Ginger”, confessa Jack. Gary Moore tinha uma carreira solo consistente e bem resolvida. Vinha se aventurando com muito sucesso por uma fase blues naquele início dos anos 90. Mesmo sendo uma estrela por si só, sentiu-se ameaçado pelos egos de Bruce e Baker, que eram seus ídolos de adolescência. Moore não conseguia esconder seu nervosismo por estar, de certa maneira, calçando os sapatos de Clapton. A pressão era enorme e, como em projetos desse tipo, tinha mais gente torcendo pra dar errado do que pra dar certo.

Na turnê de promoção de Around The Next Dream, o repertório do trio consistia em faixas novas misturadas a clássicos do Cream, como “Politician”, “I Feel Free”, “White Room”, “Sunshine Of Your Love” e “Tales Of Brave Ulysses”. Ginger se recusava a ensaiar, pois alegava a todo instante que odiava rock ‘n’ roll. Agressões verbais voltaram a voar por todo lado entre Jack e Ginger. Nos dias de Cream, quando isso acontecia, Eric ficava na dele, em completo silêncio. Gary Moore, que também sempre teve um ego pra lá de inflado, entrava de cabeça nas discussões. Era evidente que se aquilo tudo durasse seis meses, seria muito. Problemas de audição de Baker e Moore rondavam as discussões, mesmo assim Bruce e Moore não queriam de forma alguma baixar o volume. Baker odiava tocar com Moore e, anos depois, deixou isso muito claro em diversas entrevistas.

Os dois primeiros shows da turnê do BBM foram cancelados, o trio sentia que ainda não estava pronto e maduro o suficiente para as apresentações. Durante o show de aquecimento pra turnê, no Marquee, o pau comeu solto, no palco e nos bastidores. Resolveram então cancelar o show de Belfast, simplesmente para acalmar os ânimos. O próximo show aconteceu numa festa do selo deles, a Virgin. Segundo Moore, o show foi horrível, com os executivos e convidados da gravadora bebendo e conversando de costas para o palco. O trio, obviamente, ficou furioso.

Em algumas noites, eles acertavam, como os três shows que fizeram num estádio de futebol lotado, na Espanha. Nessas apresentações, as jams rolavam soltas. E a grana entrava sem parar, para Jack foi ótimo. Mesmo com o fim prematuro do BBM, Jack e Gary continuaram amigos. Fizeram outros shows juntos, tendo Gary Husband como baterista.

Artigo originalmente publicado na pZ 44

Ouça todos os solos do Thin Lizzy

Que tal torrar pouco mais de uma hora do seu dia degustando cerca de 100 solos de guitarra do Thin Lizzy?

por Radames Junqueira     31 mar 2015

Brian Robertson & Scott GorhamQue tal torrar pouco mais de uma hora do seu dia degustando cerca de 100 solos de guitarra do Thin Lizzy? Sim, algum maluco editou e compilou num único vídeo todos os solos do grupo e disponibilizou no YouTube.

Desde os primeiros solos individuais de Eric Bell, passando pelo ataque guitarrístico da lendária dupla Scott Gorham e Brian Robertson até os duelos de Gorham com Gary Moore, Snowy White e John Sykes.

O vídeo começa com o que o “uploader” considerou o período mais criativo em termos de solos (1979-1980), depois segue em ordem cronológica, de 1971 até 1983, como sugere o roteiro abaixo:

00:00 Peak Period 1979 – 1980 (maybe not the best LPs, but the best solos)
12:36 Early Years 1971-1973 kinda Psych Prog Power Trio-ish
36:13 Twin Guitar Harmony Attack Developments 1974-1977
1:00:44 Heavy Metal End Phase 1981-1983

Fica provado que também no quesito solos de guitarra o Thin Lizzy foi um dos grupos mais influentes do rock.

pZ 35

Cactus, Gary Moore, Mike Bloomfield, Pierrot Lunaire, The Merseys, La Revolución de Emiliano Zapata, Faces

por Bento Araujo     11 jul 2014

CACTUS
A pZ passa a limpo a trajetória de Tim Bogert, Carmine Appice, Jim McCarty e Rusty Day, trajetória essa regada a sexo, drogas, rock ‘n’ roll e selvageria estradeira. Inclui os álbuns comentados, fotos inéditas e mais relatos reveladores sobre a morte do vocalista Rusty Day.

GARY MOORE
O guitar hero irlandês é homenageado pela pZ, que relata de maneira minuciosa os três mais impressionantes anos de sua longa carreira: 1977, 1978 e 1979. Inclui passagens pelo Thin Lizzy, a gravação de um clássico da banda (Black Rose: A Rock Legend), a gravação de seu disco solo Back On The Streets, sua discografia selecionada e mais uma inesquecível tour do Thin Lizzy abrindo para o Queen…

MIKE BLOOMFIELD
O pZ Hero dessa edição, um dos mestres da guitarra no blues, ajudou Dylan a se eletrificar, deixou Al Kooper de queixo caído e ainda tocou em bandas como Paul Butterfield Blues Band, Electric Flag, KGB e muitas outras.

BANDA DE 7 LÉGUAS
A curiosa trajetória do obscuro combo psicodélico/garageiro carioca…

O QUE ROLA DE NOVO NA CENA NACIONAL

É o Radar pZ captando os mais novos sons pelo Brasil, estrelando: White, Lenzi Brothers, Dialeto, Banda do Sol e outros.

Fora do Eixo
Pierrot Lunaire (Itália), Blackfeather (Austrália), The Savages (Bermudas), Quarteto 1111 (Portugal) e La Revolución de Emiliano Zapata (México).

Mundo Bolha:
Charles Bradley, Manfred Mann’s Earth Band, Jefferson Airplane, Grupo Um, The Vagrants, Jackie Brenston, etc.

Capas Históricas: Ooh La La (Faces)

Pérolas Escondidas: Demon Fuzz, Arco Íris, Pluto, Hard Meat, Kristyl e US Navy Port Authority Soul Band

Have a Nice Day: “Sorrow” – The Merseys

poeiraCast 53 – Gary Moore
por Bento Araujo     23 mar 2011