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poeiraCast 391 – Tecladistas

Neste episódio, falamos dos tecladistas favoritos da casa, alguns dos mais geniais e influentes do rock. Torne-se um Mais

por Bento Araujo     31 out 2018

Neste episódio, falamos dos tecladistas favoritos da casa, alguns dos mais geniais e influentes do rock.

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Last Orders Please

Ex-Faces remanescentes tocam juntos em festa fechada

por Ricardo Alpendre     02 fev 2015

Rod Stewart and the FacesRod Stewart recebeu Ron Wood e Kenney Jones entre os 120 convidados de sua festa de aniversário de 70 anos, no dia 10 de janeiro em sua casa, em Los Angeles. Os três remanescentes dos Faces tocaram duas músicas homenageando o tecladista Ian McLagan, que morreu no início de dezembro.

A festa, organizada pela esposa de Rod, Penny Lancaster, teve temática dos anos 1940 celebrando a década em que o cantor nasceu, e foi animada pela Glenn Miller Orchestra incluindo vários integrantes originais – Miller morreu durante a Segunda Guerra Mundial.

Jones escreveu em sua página no Facebook: “Fui a L.A. para o aniversário de Rod. Uma grande noite, e toquei com meus amigos Rod e Woody. Só duas músicas, mas foi divertido”.

Há muito tempo, desde a separação em 1975, os Faces têm frustrado as expectativas dos fãs por uma reunião da banda. Em 2010, Mick Hucknall, vocalista do Simply Red, cantou com Wood, McLagan e Jones em shows de uma breve reencarnação da banda. Em 2012, eles iriam tocar com Rod na cerimônia de indicação do grupo ao Rock And Roll Hall Of Fame, mas o cantor declinou o convite às vésperas da apresentação. O outro integrante original, Ronnie Lane, morreu em 1997.

pZ 35

Cactus, Gary Moore, Mike Bloomfield, Pierrot Lunaire, The Merseys, La Revolución de Emiliano Zapata, Faces

por Bento Araujo     11 jul 2014

CACTUS
A pZ passa a limpo a trajetória de Tim Bogert, Carmine Appice, Jim McCarty e Rusty Day, trajetória essa regada a sexo, drogas, rock ‘n’ roll e selvageria estradeira. Inclui os álbuns comentados, fotos inéditas e mais relatos reveladores sobre a morte do vocalista Rusty Day.

GARY MOORE
O guitar hero irlandês é homenageado pela pZ, que relata de maneira minuciosa os três mais impressionantes anos de sua longa carreira: 1977, 1978 e 1979. Inclui passagens pelo Thin Lizzy, a gravação de um clássico da banda (Black Rose: A Rock Legend), a gravação de seu disco solo Back On The Streets, sua discografia selecionada e mais uma inesquecível tour do Thin Lizzy abrindo para o Queen…

MIKE BLOOMFIELD
O pZ Hero dessa edição, um dos mestres da guitarra no blues, ajudou Dylan a se eletrificar, deixou Al Kooper de queixo caído e ainda tocou em bandas como Paul Butterfield Blues Band, Electric Flag, KGB e muitas outras.

BANDA DE 7 LÉGUAS
A curiosa trajetória do obscuro combo psicodélico/garageiro carioca…

O QUE ROLA DE NOVO NA CENA NACIONAL

É o Radar pZ captando os mais novos sons pelo Brasil, estrelando: White, Lenzi Brothers, Dialeto, Banda do Sol e outros.

Fora do Eixo
Pierrot Lunaire (Itália), Blackfeather (Austrália), The Savages (Bermudas), Quarteto 1111 (Portugal) e La Revolución de Emiliano Zapata (México).

Mundo Bolha:
Charles Bradley, Manfred Mann’s Earth Band, Jefferson Airplane, Grupo Um, The Vagrants, Jackie Brenston, etc.

Capas Históricas: Ooh La La (Faces)

Pérolas Escondidas: Demon Fuzz, Arco Íris, Pluto, Hard Meat, Kristyl e US Navy Port Authority Soul Band

Have a Nice Day: “Sorrow” – The Merseys

Great Western Express ’72

Um festival britânico que marcou época mas que poucos lembram atualmente

por Bento Araujo    

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Bardney, Lincolnshire
(UK)May 26th-29th 1972

O slogan do GWE era “The Festival They Couldn`t Stop”. “Eles” eram a corte inglesa, que não queria deixar o show acontecer de qualquer maneira, ameaçando os organizadores que caso a vizinhança fosse perturbada pelo barulho e pela bagunça dos hippies e motoqueiros, todo mundo iria para a cadeia. Essas ameaças acabaram dando um tom de incerteza no evento, que até a primeira banda subir no palco, estava correndo o risco de não acontecer.

Apesar dessa incerteza e do mau tempo, o Festival foi um grande sucesso, graças ao cast estelar e ao alto astral da galera que compareceu. Falando em mau tempo, o vento e a chuva quase derrubou o palco, que teve que ter sua cobertura trocada as pressas. Além desse palco principal, como é comum nos festivais europeus, outros dois palcos não paravam de trazer atrações bacanas, como a Folk Tent, com Anne Briggs, Bridget St. John, etc., e a Giants Of Tomorrow Tent, com bandas que segundo a organização estariam “prestes a estourar”, como Budgie, Patto, Jonesy, Jade Warrior, Skin Alley, Capabillity Brown e outros.

Dentre as grandes atrações, o Status Quo chegou impressionando, pois em 1972 eles já estavam convertidos ao boogie (foi nesse ano que lançaram o genial Piledriver), então muita gente esperava que eles chegassem todos impecáveis e psicodélicos, mas na verdade o boogie rolou solto, com todos vestindo jeans, camisetas e longas cabeleiras, além de Rick Parfitt com sua bota com o adesivo “Slade Alive”. Falando em Slade, eles também arrasaram, pois estavam no auge da força e jovialidade. O set foi parecido com o do disco ao vivo irretocável daquele ano, para o deleite dos presentes.

Com o glam rock explodindo o GWE também ficou conhecido por trazer a estréia do Roxy Music nos festivais. Foi o primeiro grande concerto deles e o disco de estréia dos rapazes ainda estava pra ser lançado. Como mandava o figurino, chegaram dando uma de estrelas da noite e com uma atitude “não me toque e nem chegue perto”, claro que destoou completamente do clima da festa, repleta de lama e camaradagem. Outra banda que estava tinindo foi o Genesis, que teve a chance de se apresentar para uma platéia mais abrangente do que sua legião de fãs que já os seguiam pelos clubes e arenas. Foram muito bem recebidos por sinal, assim como Joe Cocker e o Faces, que estava em plena tour do álbum A Nod As Good As A Winky.

Quem estava escalado para o evento e não apareceu de última hora foi o Sly & The Family Stone. Para o lugar deles os organizadores escalaram outra grande banda norte-americana, os Beach Boys. O som californiano da banda transportou todos os presentes que estavam encharcados de lama e com os dentes trincando de frio. Curioso também o fato da platéia estar bem tranqüila e relaxada, apesar da presença sempre intimidadora da polícia e dos Hell`s Angels, que dessa vez se comportaram para o bem geral do evento. Talvez as várias atrações folk deram uma acalmada na galera, como aconteceu com o show da Incredible String Band, Strawbs e Lindisfarne.

Do lado mais pesado, o GWE também trouxe o Nazareth (ainda em começo de carreira), o Wishbone Ash, Atomic Rooster, Stone The Crows, Rory Gallagher e Humble Pie, esse último arrasando e estreando o novo guitarrista, Clem Clempson. Ao lado do Quo, o Pie fez o boogie rolar solto pelos campos ingleses, impressionando a galera com a performance sempre arrebatadora do líder Steve Marriott. No meio desse avassalador cast o pessoal ainda caiu na gargalhada com o Monty Python, que nessa época estava levando seu humor da TV para os festivais.

Como publicou o Melody Maker, o Great Western Express foi um dos mais bem sucedidos festivais da Inglaterra em toda sua história.