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Dr. Dopo Jam – Fat Dogs and Danishmen

Se você aprecia a fase The Grand Wazoo e Waka/Jawaka, de Frank Zappa, é muito provável que admire este segundo álbum do Dr. Dopo Jam, grupo dinamarquês fundado em 1968

por Bento Araujo     19 jan 2015

dopo jamSe você aprecia a fase The Grand Wazoo e Waka/Jawaka, de Frank Zappa, é muito provável que admire este segundo álbum do Dr. Dopo Jam, grupo dinamarquês fundado em 1968 por Kristian Pommer, que além de ser o líder, arranjador e compositor principal do mega combo, ainda tocava Moog, piano, guitarra e também cantava.

Fat Dogs and Danishmen, cujo título obviamente era uma gozação pra cima da trupe alucinada de Joe Cocker, foi registrado dentre os meses de agosto e setembro de 1973, no Metronome Studios, em Copenhagen. As gravações foram tão complexas e a mixagem demandou tanto esmero que o elepê só foi lançado em março de 1974, pelo selo local Zebra, o braço ousado dinamarquês da Polydor – fazendo mais ou menos o papel que o selo Vertigo fazia no Reino Unido. Achim Reichel, Kin Ping Meh, Night Sun e Ougenweide foram outros nomes que tiveram seus LPs lançados pela estampa Zebra.

Mais de 20 músicos estiveram envolvidos em Fat Dogs and Danishmen. O primeiro disco do grupo, Entree (1973), já trazia diversas aventuras sonoras, mas no segundo trabalho o Dr. Dopo Jam foi além.

O teor, digamos, orquestrado do disco, criou uma alta dose de drama – Fat Dogs and Danishmen é um álbum teatral, mas que não abandona os sopros inspirados da receita fusion. O extra fica por conta de violinos e uma certa latinidade, trazida à tona em sons como “Rendezvous (Suite)” e “Nova Bossa Nova”. Banda da Dinamarca com “latinidade”? Pois é, o incrível é que funcionou. O humor, presente também em muitas passagens, sela ainda mais a afinidade musical entre o maestro Kristian Pommer e Frank Zappa.

Dois meses após o lançamento de Fat Dogs and Danishmen, o Dr. Dopo Jam já era passado. Nem mesmo a fantástica arte gráfica do LP aumentou as vendas. Até hoje a banda anda completamente esquecida, sendo redescoberta apenas por aqueles que se interessam pelo jazz-rock dinamarquês do início dos anos 70 e se aventuram além das águas do Burnin’ Red Ivanhoe e do Secret Oyster.

Artigo originalmente publicado na pZ 54

http://youtu.be/Esr_RR40hAc

pZ 54

Lucifer’s Friend, Don Brewer (Grand Funk Railroad), Robert Wyatt, Beau Brummels, Rush, Status Quo, Wilko Johnson, Bango etc.

por Bento Araujo     12 jul 2014

LUCIFER’S FRIEND
Janeiro de 1971. Uma nova década estava começando, assim como um novo gênero musical. Para um grupo de jovens alemães e um poderoso vocalista que vinha da Inglaterra, aquilo foi a matéria prima crucial. Assim nasceu o Lucifer’s Friend, que graças a sua sonoridade, seu nome de batismo e à capa de seu primeiro disco, entrou para a história como um dos pioneiros do som pesado. Inclui batepapo exclusivo com John Lawton e discografia comentada.

DON BREWER (GRAND FUNK RAILROAD)
Ele foi um dos grandes bateristas dos anos 70, além de voz principal em grandes clássicos do Grand Funk Railroad como “We’re An American Band”, “Shinin’ On” e “Walk Like a Man”. Don Brewer falou por cerca de meia hora com a pZ, diretamente de sua casa em West Palm Beach, Flórida. Totalmente à vontade, relembrou fatos marcantes de sua longa carreira.

RUSH
Sem arranjos complexos e temas fantásticos, a estreia do trio canadense é pura explosão hard rock que completa 40 anos de idade. Tudo sobre o álbum de estreia de Geddy Lee, Alex Lifeson e John Rutsey, além de comentários faixa a faixa do disco.

STATUS QUO + WILKO JOHNSON AO VIVO EM LONDRES
A poeira Zine cobriu para esta edição, com total exclusividade, duas apresentações do Status Quo com a abertura de Wilko Johnson, no Hammersmith Odeon, em Londres.

BEAU BRUMMELS
Com um álbum essencialmente norte-americano, a banda de San Francisco passou de uma simples resposta local à British Invasion para um bastião da música pop local, principalmente graças à teimosia de dois sujeitos: Sal Valentino e Ron Elliott.

OS CANIBAIS / BANGO
Nesta edição a pZ celebra o legado dessas duas grandes bandas brasileiras. Dos primórdios da Jovem Guarda ao rock psicodélico. Inclui depoimentos de Aramis Barros, mentor e fundador de ambos os grupos.

ROBERT WYATT
Ele foi fundador do Wilde Flowers e depois integrou o Soft Machine, se tornando um dos pilares do som de Canterbury. Sua longa e expressiva carreira solo o transformou numa celebrada instituição da música britânica e sua integridade artística parece não ter fim.

E MAIS:
The Rising Storm, The Rockets, Jeff Beck, Neil Young, Looking Glass, Patrulha do Espaço, Dr. Dopo Jam, Ticket, Ptarmigan, Silver Mammoth, os templos sagrados do rock, Irmandade do Blues etc.