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Às vezes um artista, ou uma banda, desaparece e se torna irrelevante. É criticado e não lança nenhum
Às vezes um artista, ou uma banda, desaparece e se torna irrelevante. É criticado e não lança nenhum disco consistente por anos. Mas aí passa um tempo e acontece um lampejo de criatividade, “uma volta aos bons tempos”, onde a magia então perdida é redescoberta, como num último suspiro de vida. Essas “fases tardias artisticamente relevantes” são nosso assunto neste episódio.
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Agora são os discos internacionais de 1971 que entram na nossa conversa, depois de um episódio dedicado aos
Agora são os discos internacionais de 1971 que entram na nossa conversa, depois de um episódio dedicado aos brasileiros (o poeiraCast 462), com direito aos Top 10 individuais e ainda o desafio, para cada um, de escolher um álbum preferido daquele ano.
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Hoje nossa conversa é sobre o rock e a música em geral há 50 anos, em 1970. Ouça
Hoje nossa conversa é sobre o rock e a música em geral há 50 anos, em 1970.
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Neste episódio do poeiraCast conversamos sobre os álbuns que estão completando 30 anos de lançamento!
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No último poeiraCast de 2019, falamos sobe alguns artistas e bandas que têm “culpa” pela existência de pupilos,
No último poeiraCast de 2019, falamos sobe alguns artistas e bandas que têm “culpa” pela existência de pupilos, digamos, não tão interessantes (em nossas opiniões, é claro). E pra você, quem tem culpa no cartório?
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Neste episódio, falamos dos tecladistas favoritos da casa, alguns dos mais geniais e influentes do rock. Torne-se um
Neste episódio, falamos dos tecladistas favoritos da casa, alguns dos mais geniais e influentes do rock.
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Ian Gillan, embora não fosse o primeiro a detectar, deu uma visão do artista sobre o assunto em
Ian Gillan, embora não fosse o primeiro a detectar, deu uma visão do artista sobre o assunto em uma notória entrevista, anos atrás. Mas o que vem junto com esse rótulo “classic rock”, criado pelo mercado, e quais os possíveis fatores que geraram essa categorização?
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Este episódio, o último poeiraCast de 2016, é sobre o papel que muitas vezes o álbum ao vivo
Este episódio, o último poeiraCast de 2016, é sobre o papel que muitas vezes o álbum ao vivo tem na carreira de uma banda, abrindo território para uma mudança de estilo, de formação, ou até a derrocada criativa ou comercial.
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Aquela seção da banda que carinhosamente chamamos de “cozinha”, ou seja, o baixo e a bateria, tem muitos
Aquela seção da banda que carinhosamente chamamos de “cozinha”, ou seja, o baixo e a bateria, tem muitos admiradores. Incluindo nós, é claro. Neste episódio, citamos algumas das que achamos as melhores.
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As páginas do livro 100 Guitar Heroes, publicado pela revista Guitarist, serviram de inspiração para este programa em
As páginas do livro 100 Guitar Heroes, publicado pela revista Guitarist, serviram de inspiração para este programa em que escolhemos aleatoriamente alguns dos maiores expoentes do instrumento.
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São tantos discos de cabeceira que o programa ficou bem longo. E mesmo assim, muitos grandes álbuns de
São tantos discos de cabeceira que o programa ficou bem longo. E mesmo assim, muitos grandes álbuns de 40 anos atrás ficaram de fora. Digamos que comentamos neste episódio alguns dos melhores discos de 1976…
Agradecimentos especiais aos apoiadores: Adriano Gatti, Alexandre Guerreiro, Antonio Valença, Artur Mei, Bernardo Carvalho, Caio Bezarias, Carlos Albornoz, Claudio Rosenberg, Dario Fukichima, Ernesto Sebin, Eric Freitas, Evandro Schott, Fernando Costa, Flavio Bahiana, Gabriel Garcia, Haig Berberian, Hugo Almeida, Itamar Lima, Lindonil Reis, Luis Araujo, Marcelo Moreira, Marcio Abbes, Marcos Oliveira, Mateus Tozzi, Pedro Furtado, Rafael Pereira, Raimundo Soares, Raphael Menegotto, Rodrigo Lucas, Rodrigo Vieira, Rodrigo Werneck, Ronaldo Nodari, Rubens Queiroz, Saulo Carvalho, William Peçanha e Wilson Rodrigues.
Neste episódio a conversa é sobre como ouvimos música: em vinil, CDs, fitas, MP3, streamings… Vantagens, desvantagens e
Neste episódio a conversa é sobre como ouvimos música: em vinil, CDs, fitas, MP3, streamings… Vantagens, desvantagens e valor sentimental das diversas mídias para nós, ouvintes, e como lidamos com elas.
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Simplesmente os melhores LPs que completaram 40 anos de lançamento neste ano que se encerra. Em nossas opiniões,
Simplesmente os melhores LPs que completaram 40 anos de lançamento neste ano que se encerra. Em nossas opiniões, é claro.
Tem sons de todas as épocas. Conversamos sobre bandas que flertaram com o rock progressivo ou que até
Tem sons de todas as épocas. Conversamos sobre bandas que flertaram com o rock progressivo ou que até fizeram discos que se podem dizer progressivos, sem serem artistas do estilo.
Depois de anos gravando obras que se tornaram clássicas, algumas grandes bandas (e também artistas solo) parecem perseverar
Depois de anos gravando obras que se tornaram clássicas, algumas grandes bandas (e também artistas solo) parecem perseverar na tarefa de prejudicar seus legados e envergonhar os fãs. Por quê, e quem são eles? Neste episódio, as opiniões do nosso time.
A conversa hoje é sobre aqueles grupos que tiveram uma primeira fase em estilos diferentes daqueles que os
A conversa hoje é sobre aqueles grupos que tiveram uma primeira fase em estilos diferentes daqueles que os consagraram. E em muitos casos, o período inicial também é muito legal!
Estrelando: Deep Purple, Moody Blues, Thin Lizzy, Trapeze, UFO, Scorpions, ELO, Journey e outros.
Teria o guitarrista do Spirit substituído Ritchie Blackmore num show?
Teria o guitarrista do Spirit, Randy Cafifornia, tocado no Deep Purple, substituindo Ritchie Blackmore num show?
Sabe aquele típico boato de boteco, que você ouviu num passado distante, mas que continua te atormentando sempre que o assunto vem à tona? Nas pesquisas (livros, recortes de jornal, revistas, internet) ninguém mencionava o fato. Qual seria a saída mais apropriada? Claro, perguntar ao maior especialista de Deep Purple do mundo, Mr. Simon Robinson, presidente da Deep Purple Apreciation Society e responsável pelo excelente portal deep-purple.net.
Segundo Simon, Ritchie Blackmore adoeceu no dia 31 de março de 1972, às vésperas de uma importante headline tour pela América do Norte. O guitarrista foi para o hospital, então o grupo chegou a fazer um show como quarteto (Gillan, Glover, Lord e Paice). Passada essa apresentação, Blackmore não se recuperava (ele estava com Hepatite), então o agente norte-americano da banda ligou para um amigo, Al Kooper, e perguntou se ele estaria interessado. Kooper fez um audição relâmpago com o Purple, mas não se encaixou bem (Simon ressalta: “Kooper não era exatamente um guitarrista, ele estava mais acostumado com os teclados”). Então a saída foi trazer, de avião, Randy California.
Randy se deu muito bem na audição e realizou um show como guitarrista do Deep Purple em Quebec, no Canadá, mais precisamente no dia 6 de abril de 1972. Apesar de Randy ter curtido muito o show e de todos terem se divertido bastante naquela noite, os membro do Deep Purple sentiram que aquela não era “a banda” e acharam por melhor cancelar a turnê.
Já quanto ao set list que o grupo realizou naquela noite em Quebec, nem o próprio Simon tem ideia…
Inspirados por uma lista publicada no site U Discover Music, conversamos sobre a ligação entre o rock e
Inspirados por uma lista publicada no site U Discover Music, conversamos sobre a ligação entre o rock e a juventude, comentando álbuns hoje clássicos, sendo que alguns já têm mais que o dobro da idade dos artistas quando os gravaram.
Estrelando: Hendrix, Elvis, Dylan, Stones, Beatles e muitos outros.
Carreiras solo, bandas e projetos: hoje conversamos sobre a enorme família formada pelos outros trabalhos dos integrantes do
Carreiras solo, bandas e projetos: hoje conversamos sobre a enorme família formada pelos outros trabalhos dos integrantes do Deep Purple.
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Omega, Butterfly Ball, Stax, David Axelrod, Geordie, Os Leif’s, Count Five, Fifty Foot Hose, Mellow Candle etc.
OMEGA
Os pioneiros do rock do lado de lá da Cortina de Ferro estão na capa desta edição. Nosso editor foi até Budapest para entrevistar o vocalista/fundador dessa lendária banda húngara, que está há 55 anos na estrada. Inclui discografia comentada.
BUTTERFLY BALL
Roger Glover e sua obra-prima como artista e produtor, que está completando 40 anos de seu lançamento. O artigo aborda a composição e a gravação do álbum e seu único show de promoção, realizado no Royal Albert Hall, em 1975. Inclui fotos raras do evento, cedidas pela Deep Purple Appreciation Society e seu mentor, Simon Robinson.
STAX
Dez discos para adentrar o universo de um dos maiores selos de música negra do planeta. Estrelando: Otis Redding, Albert King, Isaac Hayes, Booker T & The M.G.’s etc.
MELLOW CANDLE
O adolescente grupo irlandês que lançou um único álbum em 1972, Swaddling Songs, é um típico exemplo de folk progressivo com influência celta. Com extrema competência e grandes composições, lançaram um trabalho único dentro da cena, considerado o disco de folk-rock mais raro (e caro) lançado por um grande selo.
OS LEIF’S
Da Bahia dos anos 60 surgiu Os Leif’s, grupo que lançou um único compacto, relançado recentemente. Coroando essa reedição, a pZ contou a história da banda e entrevistou seu popular guitarrista: Pepeu Gomes.
MINHA LOJA DE DISCOS
Entrevistamos Rodrigo Pinto, ele que é produtor e diretor do programa Minha Loja de Discos, exibido pelo Canal Bis. Rodrigo atendeu a pZ direto de Londres, onde mora atualmente, e falou sobre as duas temporadas do programa, sua exploração artística e cultural das cidades por onde passa e seu apreço por esses diversos templos vinílicos ao redor do mundo.
GEORDIE
Eles vinham do norte da Inglaterra e tentavam, a todo custo, competir com gigantes do glam rock como Slade e Sweet. Seus dois primeiros discos, Hope You Like It (1973) e Don’t Be Fooled by the Name (1974), chegaram a sair em LP no Brasil da década de 70, mas apenas uma versão deles para “House of the Rising Sun”, contida no segundo disco, ganhou alguma (mínima) notoriedade. Até que, anos depois, seu vocalista (Brian Johnson) adentrou uma das maiores bandas de rock do planeta… AC/DC!
DAVID AXELROD
Ele gravou em incontáveis estúdios, produziu incontáveis discos e regeu incontáveis orquestras. Odeia responder “como” e “por que” faz a música que faz; duelou a vida inteira com falta de sorte, tragédias e desdém de executivos de gravadora. Ficou órfão aos 14 anos de idade, foi boxeador, caminhoneiro; perdeu o filho muito cedo e viciou-se em heroína até perceber que seu amor pela música era maior do que tudo. Hoje é um dos mais respeitados arranjadores/compositores, mas ainda aguarda que alguma instituição de peso preserve e imortalize as suas trilhas originais. É o nosso “pZ Hero” da vez.
BANCHEE
O Banchee lançou apenas dois discos, que erroneamente foram caracterizados como Bosstown Sound, o que, na verdade, mais atrapalhou do que ajudou. Nem de Boston a banda era e seu som havia sido influenciado pelas boas vibrações da costa oeste. Favoritos de uma boa parcela dos leitores da pZ, atendemos aos pedidos e topamos o desafio de contar a trajetória desta obscura banda.
COUNT FIVE
O fulminante sucesso “Psychotic Reaction” e a trajetória dessa selvagem banda de garagem também estão nesta edição.
E MAIS:
Fifty Foot Hose, The Grodeck Whipperjenny, Bakery, Gov’t Mule, Pink Floyd, Rayuela, Forever Amber, Nick Gilder, Apokalypsis, Colosseum, Sly Stone, Subtropicais, Wayne County etc.
Simplesmente uma conversa sobre o que de melhor aconteceu no mercado fonográfico há 40 anos. E foi muita
Simplesmente uma conversa sobre o que de melhor aconteceu no mercado fonográfico há 40 anos. E foi muita coisa…
A exemplo do Allman Brothers, que decretou seu fim recentemente, que outros grupos deveriam colocar a mão na
A exemplo do Allman Brothers, que decretou seu fim recentemente, que outros grupos deveriam colocar a mão na consciência e tomar a mesma atitude?
Esse é o tema de discussão do poeiraCast desta semana.
Impulsionados pela paixão de sujeitos como Jeff Beck e Billy Gibbons pelas suas guitarras e seus carros, resolvemos
Impulsionados pela paixão de sujeitos como Jeff Beck e Billy Gibbons pelas suas guitarras e seus carros, resolvemos conversar sobre a importância dos automóveis na história do rock. Relembramos sons que abordam essa paixão e ressaltamos a devoção de músicos de rock pela velocidade.
Seja pela marcação dos decibéis atingidos, seja pela intensidade e duração do “zumbido” nos ouvidos nos dias seguintes,
Seja pela marcação dos decibéis atingidos, seja pela intensidade e duração do “zumbido” nos ouvidos nos dias seguintes, há bandas que se vangloriam de estar entre as mais barulhentas. E neste episódio falamos sobre elas.
Inspirados em uma votação dos ouvintes da BBC de Londres, que elegeu a clássica abertura de Led Zeppelin
Inspirados em uma votação dos ouvintes da BBC de Londres, que elegeu a clássica abertura de Led Zeppelin II, comentamos nesta semana os melhores riffs de guitarra do rock, com direito aos Top 5 individuais!
Participação especial de Wagner Xavier, autor dos livros Rock Raro e Mais Rock Raro, Volume 2
Publicado em outubro de 2014
“O segundo baixista mais importante de Liverpool”, como era conhecido, faleceu aos 72 anos de idade.
“O segundo baixista mais importante de Liverpool”, como era conhecido, faleceu aos 72 anos de idade. Nenhum comunicado da família explicou a causa da morte deste “liverpudlian” que ficara somente atrás de Paul McCartney, mas os poucos que tomaram conhecimento da notícia deram início aos seus tributos pessoais ao músico que passou por bandas como Episode Six, Roxy Music, The Merseybeats, Quatermass, Hard Stuff, Ian Gillan Band, Bullet, The Big Three e outras.
Foi no estouro da cena Merseybeat que Gustafson apareceu para o universo do rock ao integrar as bandas The Big Three e The Merseybeats. Com o enfraquecimento daquela cena, o baixista por pouco não virou morador de rua, até conseguir uma vaga na gravação do disco Jesus Christ Superstar.
O próximo passo foi substituir Roger Glover no Episode Six, já que Glover estava a caminho do Deep Purple ao lado de outro integrante do grupo, Ian Gillan. Mas Gustafson ficou pouco no Episode Six; logo estava montando um novo trio com o baterista da banda, Mick Underwood, e um tecladista chamado Peter Robinson. Assim nasceu o Quatermass, que deixou apenas um cultuado e homônimo registro pelo imponente selo Harvest. Gustafson havia mergulhado no hard-prog, popular naqueles tempos.
Mergulhado tanto que depois fundou mais dois grupos do gênero: Bullet e Hard Stuff. Contratados da Purple Records, o Hard Stuff trazia também o guitarrista/vocalista John Du Cann e o baterista Paul Hammond. Lançaram apenas dois trabalhos – Bulletproof (1972) e Bolex Dementia (1973) – mas entraram para os livros de história do rock como um belo combo praticante do mais puro hard setentista. Já o Bullet, também conhecido como o pré-Hard Stuff, gravou um álbum em 1970, que só foi lançado em 2010, sob o nome The Entrance To Hell.
Depois do fim do Hard Stuff surgiram gravações com artistas como Kevin Ayers, Steve Hackett, Shawn Phillips, Rick Wakeman, Ian Hunter, Gordon Giltrap e o próprio Roger Glover – Gustafson participou do fantástico projeto The Butterfly Ball and the Grasshopper’s Feast, lançado por Glover em 1974.
Em paralelo, John Gustafson também se tornou baixista do Roxy Music, participando de turnês e dos álbuns Stranded (1973), Country Life (1974), Siren (1975) e Viva! (1976). Seu baixo pulsante é a essência de “Love Is The Drug”, um dos poucos hits do Roxy Music nos EUA. Enquanto estava no grupo, registrou seu primeiro disco solo, Goose Grease, que permaneceu engavetado por 22 anos, sendo lançado somente em 1997, pelo selo Angel Air.
Ainda em 1976 ele embarcou na Ian Gillan Band, onde registrou os primeiros trabalhos da banda liderada pelo ex-vocalista do Deep Purple: Child In Time (1976), Clear Air Turbulence (1977), Scarabus (1977) e Live at the Budokan (1978).
Em 1982 o Status Quo emplacou nas paradas britânicas uma composição de Gustafson, “Dear John”, faixa do álbum 1+9+8+2. Não muito depois o baixista participou de uma versão reformulada do The Pirates, banda de apoio do lendário rocker britânico Johnny Kidd.
Mais sobre John Gustafson na próxima edição impressa da poeira Zine, que sai em outubro.
http://youtu.be/3JT-6pMQbSE
Fundado em 1969 como uma subsidiária da EMI, o selo Harvest fez história, principalmente em sua fase clássica,
Fundado em 1969 como uma subsidiária da EMI, o selo Harvest fez história, principalmente em sua fase clássica, até meados dos anos 70. Estrelando: Deep Purple, Pink Floyd, ELO, Wizzard, The Move, Triumvirat e muitos outros.
Publicado em setembro de 2014
O CD ao vivo Graz 1975 traz uma das derradeiras apresentações do Deep Purple com a Mk III
A Eagle Rock está lançando o CD ao vivo Graz 1975, contendo uma das derradeiras apresentações do Deep Purple com a Mk III, ou seja, com Coverdale, Blackmore, Hughes, Lord e Paice.
O show, o antepenúltimo antes de Blackmore deixar o grupo para seguir com o seu Rainbow, aconteceu na Áustria, durante a tour de Stormbringer. O destaque é a matadora versão de “The Gypsy”.
O melhor álbum ao vivo da história do rock segundo os leitores da poeira Zine
Quando o grupo embarcou para sua primeira tour japonesa, eles só pensavam em trazer de volta algumas lembrancinhas para a família. Depois de três avassaladoras performances, voltaram com o melhor disco ao vivo da história do rock, algumas doenças venéreas e a certeza de que a melhor formação da banda estava indo pro vinagre.
Se não fosse uma típica tradição japonesa você talvez não estivesse ouvindo agora seu disco ao vivo favorito de todos os tempos.
Desde os anos 60 que o mercado fonográfico japonês tinha a tradição de lançar discos ao vivo registrados durante shows de bandas internacionais pelo país. Além de funcionar como suvenir da turnê, o lançamento exclusivo geralmente também alavancava as vendas de todo o catálogo disponível do grupo. Muitas vezes o lançamento do disco ao vivo já estava incluído nos contratos que eram oferecidos aos grupos ocidentais e com o Deep Purple não foi diferente.
A Warner/Pioneer do Japão resolveu então sugerir a idéia à banda britânica, que aceitou, mas colocou algumas restrições. Primeiro: o grupo usaria seu produtor e técnico de gravação de confiança, o lendário Martin Birch. Segundo: o equipamento de gravação local teria que ser aprovado por Birch. Terceiro: a última palavra teria que ser dada pela banda; depois de registrarem os tapes, eles que decidiriam se o produto seria lançado ou não.
A chegada do Deep Purple no Japão, em agosto de 1972, causou muita euforia. Centenas de jovens aguardavam no aeroporto, munidos de flores, presentes e brinquedos. Quem mais se impressionou com a hospitalidade nipônica foi o baixista Roger Glover, que se recusou a deixar o aeroporto internacional de Tóquio antes de autografar os discos de todos os fãs que lá se encontravam.
O mais apreensivo de toda a trupe não era nenhum integrante da banda, mas sim Martin Birch. Assim que chegou no país o produtor foi conferir o equipamento que a Warner havia lhe reservado para as gravações: uma unidade móvel de oito pistas que parecia não estar em seus melhores dias. A unidade era tão compacta que Birch por um momento pensou que tudo estaria arruinado.
Seguiram para Osaka, onde seriam registradas duas apresentações, no dia 15 e 16 de agosto. No dia 17 era a vez de Tóquio, onde o Deep Purple se apresentaria no sagrado Budokan.
No último show da pequena digressão, uma cena emocionou a todos. Cerca de 13 mil garotos e garotas cantaram letra por letra a canção “Child In Time”. Chegar no outro lado do mundo e saber que todos sabem de cor a letra de suas canções foi algo demasiadamente prazeroso para Roger Glover: “Se existe um momento na minha carreira que tive orgulho de fazer parte do Deep Purple, esse momento foi aquele”.
Os três shows apresentados tiveram um repertório bem semelhante, com exceção das encores, com a banda alternando entre “Lucille” e “Speed King”.
Voltando para a Inglaterra, Birch e o grupo estavam rezando para poder aproveitar o material registrado no gravador de oito canais. Birch ouviu tudo num estúdio londrino e para sua alegria a gravação estava impecável nos shows de Osaka e um pouco a desejar no show de Tóquio. Ian Paice e Roger Glover foram os únicos integrantes que acompanharam a mixagem, o resto do pessoal não deu as caras como relembra o produtor: “Nem Ian e nem Ritchie apareceram para ouvir os tapes. Aliás, não tenho certeza, mas desconfio que até hoje eles não ouviram esse material na íntegra”.
Depois de mais uma tour pela América, apenas em novembro a banda deixou escapar na imprensa seus planos de um live album: “Todas as nossas apresentações no Japão foram gravadas para serem lançadas por lá. Depois de um tempo estamos pensando em lançar este material também na Inglaterra. Existem tantos discos piratas por aí que se colocarmos no mercado nosso próprio registro ao vivo ele certamente vai acabar com todo esse mercado ilegal” disse Roger Glover.
Made In Japan chegava então nas lojas inglesas naquele fim de ano, mas o mercado norte-americano resolveu esperar até o próximo álbum de estúdio do grupo, Who Do We Think We Are, que acabara de ser gravado pela banda em Roma.
Ao ver as lojas abarrotadas de lps importados da Inglaterra, a Warner americana resolveu voltar atrás e soltar o duplo ao vivo rapidamente, que chegou a tempo de pegar o lucrativo natal de 1972. Ho ho ho…
Uma exigência do grupo foi que o álbum duplo fosse vendido com preço de simples (certamente no Brasil isso passou batido!). Para eles não fazia sentido o fã gastar uma grana preta com um elepê que continha várias canções de um álbum que também tinha sido lançado recentemente, no caso o clássico Machine Head.
Isso impulsionou mais ainda as vendas, com a bolacha chegando na 16º posição da parada inglesa. Na América ele chegou no top ten, graças ao sucesso de “Smoke On The Water”, um single lançado às pressas por lá, trazendo a versão ao vivo e a de estúdio. A versão ao vivo foi a única pinçada por Birch da primeira apresentação de Osaka. Simplesmente por ter sido a única vez da tour em que Blackmore tocou o riff de forma correta.
Outro hit, “Black Night”, inexplicavelmente ficou de fora do disco, sendo lançada somente como compacto no Japão (como lado A) e em alguns países da Europa (como lado B).
Quem não andava muito contente com o bom desempenho da bolacha era Ian Gillan. O vocalista sempre foi famoso por possuir uma quase doentia auto-crítica e com sua atuação em Made In Japan não poderia ser diferente. Mesmo anos depois o Silver Voice não está satisfeito com o disco.
“No primeiro show de Osaka eu estava muito cansado, pois no dia anterior tinha viajado direto da Inglaterra para o Japão. A minha melhor performance acabou sendo a da última noite, em Tóquio, mas quase não pudemos usar nada desta apresentação, pois a acústica do lugar não ajudou, então acabamos dando prioridade aos sons registrados na segunda noite. Eu tinha acabado de passar por uma crise de bronquite e estava sendo difícil ter uma boa atuação naquela tour japonesa”. Apesar de manter sua opinião por todos esses anos, Gillan sabe da importância do registro: “Se tratando de uma gravação ao vivo realizada em 1972, a qualidade é fenomenal. Os tapes não foram mexidos, não fizemos sequer um overdub ou algo parecido. De qualquer forma, pra mim foi decepcionante lançar este material, pois tenho vergonha da minha atuação nele, porém naquele instante precisei ponderar o que seria melhor para toda a banda”.
Depois que Peter Frampton lançou seu Frampton Comes Alive, em 1976, os discos ao vivo passaram a ser um bom negócio para as gravadoras e serviam também para um grande grupo poder respirar, tirar umas férias por um tempo e aprontar outro álbum de estúdio; enquanto as vendas permaneceriam em alta de qualquer maneira.
Em 1972, o disco ao vivo não era encarado dessa forma. Era na verdade um extra; um bônus; e isso certamente acabou sufocando o Deep Purple e acelerou o processo de deterioração da MKII, a segunda e mais clássica formação da banda. Em cerca de apenas um ano, o Purple lançou dois álbuns de estúdio, um duplo ao vivo e excursionou sem parar pelo mundo.
Segundo Ian Paice, ninguém na banda curtia a atmosfera do estúdio. Quem ouviu Made In Japan pelo menos uma vez na vida sabe que o baterista está completo de razão.
BANZAI!
Coisas que só poderiam ter acontecido no Japão
Durante as apresentações no Japão, o Deep Purple contou com os trabalhos de uma eficaz equipe de segurança.
Antes dos shows começarem; os seguranças formavam uma fileira encostada no palco e se sentavam entre a banda e a platéia, virados de frente para a última. Caso algum fã se empolgasse muito ele seria colocado pra fora imediatamente. Os seguranças eram extremamente gentis e andavam com roupas normais; não estavam uniformizados e cada um deles era faixa preta em caratê.
Logo na primeira apresentação, Ritchie Blackmore arrebentou sua guitarra no final do show e jogou o que sobrou dela de presente para o público, praticamente petrificado com o ato de violência do guitarrista. Imediatamente os seguranças pularam no meio da platéia, deram porrada em alguns fãs e depois de algum esforço trouxeram de volta os pedaços da guitarra para Blackmore.
Roger Glover estava com cara de desespero, Ian Paice sacudia os ombros meio como se quem dizia: “Que porra é essa?”, e Jon Lord apenas dava risada.
Mas Blackmore não estava achando nada engraçado, pelo contrário, estava ficando cada vez com mais ódio e gritava para os seguranças: “Eu não quero de volta! Eu não quero de volta!”. Os seguranças apenas sorriam e saudavam o guitarrista agitando a cabeça, como os orientais costumam fazer. Eles só sacaram o intuito de Blackmore quando esse repetiu seu ato de oferecer os destroços aos fãs por mais duas tentativas…
Outra gozação da banda pra cima dos rígidos costumes japoneses acontecia sempre que eles adentravam o palco. Por lei, os shows tinham que começar as seis e meia da noite, então a primeira coisa que Ian Gillan falava no microfone era “Good Morning!”.
Woman From Tokyo
Logo após sua primeira apresentação em Osaka, o Deep Purple estava tendo de encarar tensões vindas de todos os lados. Martin Birch estava apreensivo com a qualidade do equipamento disponível e com as gravações. Gillan estava apreensivo com seu estado de saúde e Blackmore estava aborrecido com sua atuação, tanto que espatifou sua guitarra no bis do primeiro show.
Como restavam apenas mais dois shows e a ‘grande’ performance ainda não tinha sido registrada, a melhor saída para os rapazes era relaxar. Foi aí então que o promotor japonês da tour resolveu levar toda a banda para uma casa de massagem, onde todas as tensões poderiam ser aliviadas.
Segundo um artigo publicado numa revista da época, os integrantes requisitaram uma variedade de massagens maior do que um simples corpo humano poderia agüentar e os detalhes deste episódio poderiam preencher o conteúdo de algumas centenas de livros de sacanagem.
Num primeiro momento a idéia era lançar o disco ao vivo somente no mercado japonês. Então foi natural que a gravadora japonesa cuidasse de toda a parte gráfica do novo lançamento do Deep Purple e ele foi ‘ligeiramente’ diferente do lançado posteriormente no resto do mundo.
A capa da edição japonesa trazia uma foto ‘aérea’ do grupo tocando no Budokan Nippo Hall de Tóquio e um nome diferente: Live In Japan. A parte interna do elepê capa dupla trazia um book de fotos coloridas, inexplicavelmente extraídas de uma apresentação no Rainbow Theater de Londres, ao invés de algum retrato da tour japonesa. Cada foto individual acompanhava uma mensagem assinada pelos integrantes. Além do tradicional encarte com as letras em inglês e em japonês e do Obi (aquela tarja que envolve o disco), a primeira prensagem de Live In Japan vinha com um negativo de 35 mm trazendo uma foto da banda no palco. A partir dele os fãs nipônicos poderiam revelar uma bela foto de sua nova banda favorita.
Para o resto do mundo o disco saiu com um design simplório de Roger Glover e com fotos do show do Rainbow londrino. Outro detalhe que impulsionou a importação da versão japonesa foi o fato dela erroneamente dizer em sua capa que o conteúdo era extraído apenas do show de Tóquio. Os importadores britânicos insistiam na informação e garantiam que o disco japonês continha performances diferentes; é claro que estavam visando encher o bolso de dinheiro. Na verdade o conteúdo das edições era idêntico: uma compilação do melhor das três apresentações.
Relembrando a carreira deste grande guitar hero dos anos 70
Thomas Richard Bolin foi mais uma daquelas perdas inestimáveis e irreparáveis para o rock. Nasceu em Sioux City, Iowa, USA, no primeiro dia de agosto de 1951. Aventurou-se bem cedo pelos caminhos da música: primeiro tentou a bateria, depois o piano, porém foi só aos 13 anos de idade que sacou que o seu lance era mesmo a guitarra.
O tímido e charmoso garoto que optou em abandonar a escola ao invés de ter que cortar seu cabelo se mandou para Denver, no Colorado, onde montou sua primeira banda, o American Standard.
Logo depois conheceu uma garota chamada Candy Givens, uma jovem vidrada em Janis Joplin. Com ela funda o Zephyr, grupo de projeção apenas local que lançou apenas dois álbuns com a guitarra de Bolin. Um dos maiores méritos da banda foi abrir um show do Led Zeppelin, que terminou com Jimmy Page impressionado com a performance do precoce Bolin.
Ligado com a onda jazz-rock que assolava o planeta, Bolin abandona o Zephyr com o intuito de montar um novo grupo nos moldes da Mahavishnu Orchestra e do Weather Report. Dessas aspirações do guitarrista nasce o Energy, uma banda que fazia muitos shows e até chegou a gravar algum material, porém não atraiu a atenção de nenhuma gravadora. Pelo menos o nome de Bolin ia sendo muito (bem) falado entre os músicos, tanto que o batera da Mahavishnu Orchestra, Billy Cobham, acaba convidando-o para a gravação de seu álbum solo, o magnífico Spectrum (Aliás, o convite para ingressar no Deep Purple surgiu de um atônito David Coverdale, completamente atordoado com a atuação de Bolin nesse disco).
A próxima parada de Bolin foi o James Gang, onde gravou os discos Bang e Miami. Essa época foi crucial para Bolin, pois com o James Gang desenvolveu seus vocais (ele era o lead singer em algumas faixas da banda) e sua postura de palco, trazendo uma performance cada vez mais ousada, com roupas extravagantes e cabelos nas mais diversas tonalidades.
Insatisfeito, sai do James Gang e se manda para Los Angeles onde é requisitado pelo ex-batera do Weather Report, Alphonse Mouzon. Com ele grava o álbum Mind Transplant.
Naquela altura, a saída mais correta que Bolin achou para dar uma direção mais firme em sua carreira foi a de embarcar também numa carreira solo. Produziu sua própria demo tape e saiu atrás de uma estampa para lançar o disco. A gravadora Nemperor se animou e soltou, em 1975, o álbum Teaser, que era um perfeito retrato de seu estilo de vida intenso e sempre perigoso. Teaser mesclava peso e balanço como na sexy faixa título e mais belos temas como“Lotus”, “The Grind” e na excepcional “Dreamer”.
Ao mesmo tempo em que tinha uma promissora carreira solo agendada, Bolin recebe e aceita o convite para ser o substituto de Ritchie Blackmore no Deep Purple. Exige no contrato total liberdade para promover seu recém lançado álbum solo, seja em tours de divulgação, seja tocando com seu próprio grupo. O músico sentia necessidade de apostar numa carreira paralela com as atividades do Purple. Ficou claro também nesse contrato que nos shows do Purple, Bolin apresentaria pelo menos duas músicas de sua carreira solo, que geralmente eram “Wild Dogs” e “Homeward Strut” (erroneamente creditada como “The Grind” em alguns bootlegs).
Esclarecido esses detalhes, o reformulado Deep Purple grava com Bolin o álbum Come Taste The Band, um de seus melhores trabalhos. A banda soava livre, espontânea e suingada como nunca.
A tour do álbum foi uma montanha russa, com alguns shows históricos e outros deprimentes graças a um Tommy Bolin no auge do vício em heroína. Numa de suas aplicações, o guitarrista acaba atingindo um nervo de sua mão esquerda o que acabou paralisando todo seu braço.
Depois de um fatídico show em Liverpool, o Deep Purple finalmente encerrava suas atividades, cancelando uma tour pela Alemanha e mandando Tommy Bolin de volta pra casa. O pronunciamento oficial sobre o fim do grupo só apareceria em julho de 1976, quando Tommy já estava preparando seu segundo disco solo – Private Eyes.
Remontou uma nova versão de sua banda, a The Tommy Bolin Band com Mark Stein (ex-Vanilla Fudge e Boomerang) no teclados e Narada Michael Walden na batera, entre outros. Excursionou abrindo para Robin Trower e Steve Marriot e ainda arrumou tempo de gravar algumas sessões com a banda canadense Moxy.
Private Eyes seguia o mesmo caminho de Teaser e trazia um repertório elegante como “Shake The Devil”,“Someday Will Bring Our Love Home”, “Post Toastee” e “Bustin’ Out For Rosie” trazendo sempre o vocal marcante e peculiar de Bolin.
O guitarrista ia fazendo shows em pequenos clubes com sua banda e um de seus planos era montar um super grupo ao lado de Billy Cobham e Glenn Hughes, o que nunca chegou a acontecer.
No dia 03 de dezembro de 1976, Bolin estava em Miami e abriu o show de Jeff Beck, no Jai Alai Fronton Hall Club. No backstage posou para fotos ao lado de Beck e voltou para o hotel. Chegando lá, Bolin estacionou no bar do hotel e tomou vários drinks como de costume. Depois subiu para o quarto com sua namorada e apagou no meio de uma ligação telefônica. A garota colocou Bolin debaixo de uma ducha gelada, mas ele não esboçou nenhum sinal de melhora. Como ele tinha consumido heroína, valium e álcool todos ficaram temerosos em chamar um médico.
A respiração de Bolin ia ficando cada vez mais fraca e esparsa. A garota, mesmo vendo que Bolin estava realmente num péssimo estado, chamou os médicos somente na manhã do dia seguinte.
O guitarrista tinha sido sufocado por uma espécie de paralisação na área pulmonar, causada pela overdose.
Tarde demais, Bolin estava morto antes mesmo da ambulância chegar. O legista alegou ter achado quatro marcas recentes de agulhas no seu corpo e o atestado de óbito indicou overdose por heroína, morfina, lidocaína e álcool. Bolin tinha apenas 25 anos de idade.
O enterro foi realizado em Sioux City em uma cerimônia organizada pela família para 350 convidados. Uma ex-namorada de Bolin, Karen, voou de Londres para Iowa para o funeral e trouxe consigo um anel que foi colocado por ela no dedo de Bolin antes do sepultamento. O anel tinha sido um presente do manager do Deep Purple, Rob Cooksey, que ofertou a joia ao guitarrista. Segundo o manager, Jimi Hendrix estava usando esse anel quando morreu e a namorada de Bolin tinha guardado a peça com ela porque tinha certeza que Bolin provavelmente perderia a joia. Histórias do mundo do rock…
Batemos um papo com o homem de frente do Whitesnake
pZ – Qual a diferença entre escrever uma canção rock e uma pop? É melhor ter reconhecimento pelas glórias do passado ou ter o novo álbum no topo das paradas?
DC – O primeiro passo é agradar a mim mesmo, pois se isso não ocorrer não há sentido de encarar a música como meio de expressão pessoal. Não sou e nunca serei um cantor pop, pois nunca tive o feeling pra esse tipo de coisa. Na minha opinião a música tem que ter substância. Por outro lado, eu curto escrever músicas mais melódicas, mas sem abrir mão das dinâmicas do rock mais pesado. É interessante mesclar uma guitarra e uma bateria pesada com uma memorável melodia, aliás essa é uma forma de criação natural para mim… Lógico que eu adoraria chegar ao topo das paradas novamente, pois isso significa que atingi um enorme número de pessoas com a minha música.
pZ – Qual a sua opinião sobre os downloads pela Internet? Você concorda com a atitude do Radiohead, que lançou um novo álbum onde os fãs determinavam o preço de cada canção?
DC – Pra ser honesto eu não tenho uma opinião… Existem muitas razões para isso tudo estar acontecendo e devo te confessar que para mim, e para outros artistas da minha geração, isso é algo ainda novo e ainda não totalmente explorado; ainda preciso sacar onde está o grande barato nisso tudo. Na verdade eu não me preocupo com isso… O Whitesnake continua mandando bem e temos uma dedicada base de fãs. Penso que a galera do Hard Rock permanece muito fiel, portanto tenho certeza que eles irão comprar este novo álbum, mesmo sabendo que algumas pessoas fizeram o download ilegal antes mesmo do lançamento oficial. Pelo menos eles parecem ter gotado bastante do que ouviram!
pZ – Qual a coisa mais engraçada que algum integrante ou ex-integrante do Whitesnake fez na estrada?
DC – Não tenho ideia…
pZ – Se você tivesse a chance de passar um dia com alguém que, não está mais entre nós, mas que certamente foi uma grande influência para sua carreira; quem seria essa pessoa? O que você perguntaria a ele?
DC – Jimi Hendrix. Gostaria apenas de ficar curtindo a sua energia fabulosa. Se eu ficasse à vontade com ele, certamente perguntaria sobre suas influências. Amo todo o trabalho de Hendrix.
pZ – Qual fato sobre você que certamente surpreenderia os seus fãs? Conte pra gente algo que você nunca contou antes…
DC – Sem chance… É segredo! (risos). OK, a minha cobra não é tão branca…
pZ – Você sempre quis ser um rock star?
DC – Não, eu sempre quis ser um cantor e um músico de sucesso.
pZ – O que você se lembra da audição realizada com o Uriah Heep, em 1976, logo que o Purple acabou?
DC – Lembro perfeitamente desta ocasião! Eu sabia que não daria certo, mas aceitei apenas para que eles não ficassem desconfortáveis com a situação. Foi uma noite muito divertida, mas nada sério. Naquele período da minha vida eu sabia exatamente o que fazer com a minha carreira e simplesmente cantar numa outra banda certamente não estava nos meus planos. Eu já tinha o meu plano principal, que era formar o meu próprio grupo.
pZ – Hoje, quando você vê uma foto ou um vídeo seu 35 anos mais jovem, o que passa pela sua cabeça? O que o Coverdale de hoje diria para aquele de tempos atrás?
DC – Eu diria: “Aperte seu sinto camarada, pois essa será uma aventura divertida!”
pZ – Te dá um certo calafrio saber que toda uma nova geração está talvez descobrindo sua música exatamente agora?
DC – Ah sim, com certeza, mas para ser honesto, fico apavorado por estar ainda trabalhando como músico. Todos os dias eu agradeço a Deus por esse dom abençoado…
pZ especial de aniversário. Na estrada do rock n’ roll e os maiores discos ao vivo da história do rock escolhidos por você.
pZ especial de aniversário
Na estrada do rock n’ roll e os maiores discos ao vivo da história do rock escolhidos por você!
São cinco anos de atividade, trazendo a cada três meses o melhor da música do melhor dos tempos. Para comemorar, nada melhor do que uma edição especial, toda colorida e com 84 páginas, trazendo contos da estrada protagonizados por grandes bandas do rock n’ roll. De quebra, aqui estão os 30 melhores discos ao vivo da história, escolhidos por você no decorrer deste segundo semestre. Para escrever sobre cada um deles, contamos com participações especiais de uma série de convidados ilustres.
Monterey Pop Festival
Grand Funk Railroad (Shea Stadium 1971)
Concerto Latino Americano de Rock (São Paulo 1977) (O Terço, Crucis, Arnaldo & Patrulha, etc.)
Led Zeppelin (Knebworth 1979)
MC5 (Detroit 1968)
Genesis (Brasil 1977)
David Bowie (Londres 1973)
Festivais ao Ar Livre no Brasil dos anos 70 (Iacanga, Saquarema, Guarapari, etc.)
Mamma Mia: the Spaghetti Incidents (Zappa, King Crimson, VdGG)
Quando o bicho pega nos palcos e bastidores (Cactus, Humble Pie, Slade)
30 discos ao vivo que abalaram o rock (segundo os leitores da pZ)
Deep Purple, Allman Brothers, Thin Lizzy, Gentle Giant, Humble Pie, Scorpions (e uma entrevista exclusiva com Uli ‘John’ Roth), Uriah Heep, Lynyrd Skynyrd, Kiss, Rainbow, Iron Maiden, Focus etc.
Publicado em junho de 2014
Publicado em junho de 2014
Deep Purple, Pappo, Charlee, Hollywood Rock 1975 etc.
Nesse número trazemos um especial sobre uma das fases mais subestimadas do Deep Purple, o período em que eles lançaram o disco Come Taste The Band. A fase que contava com Tommy Bolin na guitarra ficou marcada pelos altos e baixos. Detalhes sobre a entrada do guitarrista na banda, o making-off do disco na Alemanha, a desastrosa tour de promoção e o final do grupo em 1976 estão presentes nesse especial, além de uma justa homenagem ao guitarrista falecido naquele mesmo ano.
Já que o assunto é homenagem, não poderíamos deixar passar em branco a trágica morte do guitarrista argentino Pappo.
O festival Hollywood Rock comemora seus 30 anos na poeira Zine. Aquela primeira edição de 1975 teve como atrações principais só artistas brasileiros: Rita Lee com seu Tutti Frutti, Os Mutantes, O Peso, O Terço, Raul Seixas, Vímana, Veludo, Erasmo Carlos entre outros. Um levantamento sobre o Festival e mais uma exclusiva com Nelson Motta (o organizador do evento) estão imperdíveis.
Como Comprar: Progressivo Italiano
Pérola Escondida: Charlee (mais entrevista com Walter Rossi)
Have A Nice Day: Ohio Express / The Ides Of March