Arquivo da tag: argus

poeiraCast 471 – 50 anos de Demons and Wizards e Argus

Em 1972 eram lançados, no intervalo de alguns dias, dois álbuns que se tornariam icônicos das respectivas bandas: Mais

por Bento Araujo     11 Maio 2022

Em 1972 eram lançados, no intervalo de alguns dias, dois álbuns que se tornariam icônicos das respectivas bandas: Demons and Wizards, do Uriah Heep, e Argus, do Wishbone Ash. Este episódio é uma conversa sobre os álbuns e o rock da época.

Ouça o poeiraCast também pelo Spotify, Deezer, iTunes e diversos apps de podcast.

Depois de treze anos de estrada e mais de 470 episódios online, o poeiraCast precisa do seu apoio para continuar no ar. Seja um assinante/apoiador do poeiraCast e faça parte desta história. Para realizar o seu apoio e saber mais sobre as recompensas, acesse catarse.me/poeiracast

Importante: o poeiraCast somente irá continuar se atingirmos a meta mínima da campanha.

Agradecimentos especiais aos apoiadores:

Alexandre Citvaras, André Gaio, Antonio Neto, Bruno Pugliese, Caio Bezarias, Carlos Albornoz, Cláudio Lemos, Claudio Rosenberg, Eduardo Alpendre, Ernesto Sebin, Fernando Padilha, Flavio Bahiana, Hélio Yazbek, James Yamazato, José Adja de Souza, Luís Araújo, Luís Porto, Luiz Paulo Jr., Marcelo Moreira, Marcelo Zarra, Marcio Abbes, Marco Antonio de Carvalho, Matheus Pires, Mauricio Pires, Miguel Brochado, Nei Bahia, Peter Alexander Weschenfelder, Rafael Campos, Raul dos Santos, Rodrigo Acrdi, Rodrigo Lucas, Rodrigo Werneck, Vagner dos Santos, Vandré dos Santos.

Wishbone Ash: A lendária capa de Argus

Estava feita a conexão entre arte gráfica e a música do Wishbone Ash, uma fusão de rock, folk e prog.

por Bento Araujo     17 jul 2015

Wishbone AshArgus
(Decca/MCA, 1972)
Design e foto: Hipgnosis

Assim como o OVNI que paira na contracapa, a confecção da arte gráfica de Argus, hoje, 40 anos depois, ainda soa como coisa de outro mundo, como explicou Martin Turner (o baixista da banda) na biografia Blowin’Free: Thirty Years of Wishbone Ash: “A capa de Argus é particularmente relevante em relação à música contida no álbum. A foto se relaciona com a música. O pessoal do estúdio Hipgnosis gostava de sentar com os músicos e construir novas ideias a partir disso. Eles realmente se envolviam com a música para poder interpretá-la na capa. Eles até se mandaram para o Sul da França para achar o local ideal para a foto. Tivemos que esperar horas e horas para o disco voador surgir! Você pode interpretar essa capa de diversas maneiras. De certa forma a imagem resume o tempo”.

Uma desoladora foto de um guerreiro medieval, ou do guardião/sentinela Argos propriamente dito – na mitologia grega, o filho de Zeus e Niobe – avistando um disco voador, com aquela bucólica paisagem de fundo. Estava feita a conexão entre arte gráfica e a música do Wishbone Ash, uma fusão de rock, folk e prog.

Foi de Storm Thorgerson (um dos cabeças da Hipgnosis) a ideia de captar a foto na região da Provença, especificamente no alto do Gorge du Verdon, um canyon com milhares de metros de altura, considerado um dos mais belos da Europa.

Com medo da altura elevada, a equipe resolveu fazer a foto da beira da estrada mesmo, como relatou Thorgerson: “Saiu caro pra banda mandar a gente até lá. Apesar de terem curtido o resultado, aquela foto poderia ter sido feita em qualquer canto da Inglaterra, por um valor muito menor, mas claro que eu não contei isso pra eles!”

Reza a lenda que a capa de Argus inspirou George Lucas a criar seu Darth Vader e as conexões cinematográficas não param por aí. Bruce Atkins, o sujeito que fez o papel de Argos, recentemente declarou ao jornal britânico The Guardian: “Eu estava usando o capacete e a capa que Ken Russell usou em seu filme The Devils. E sinto dizer, mas na nossa correria para voltar para Londres, esquecemos no aeroporto a espada que Roman Polanski usou em Macbeth”.