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Dez discos para entender as jams

Escolhemos dez álbuns contendo jams, lançados bem antes da explosão das jam bands, mas que serviram de cartilha para as gerações seguintes

por Bento Araujo     17 nov 2015

No final dos anos 80 e início dos 90, surgiu nos EUA um novo fenômeno musical. Na verdade não totalmente novo, mas com tendências nostálgicas, era o fenômeno das jam bands. Phish, Blues Traveler, Widespread Panic, Bela Fleck and the Flecktones, Col Bruce Hampton, Primus, Black Crowes e muitos outros grupos realizavam apresentações livres e estendidas, repletas de improvisos musicais. Aquela era uma cultura inteiramente relacionada ao que bandas como Cream e The Jimi Hendrix Experience fizeram nos anos 60, utilizando a liberdade do jazz para levar seu rock às derradeiras consequências. Sacando aquela revolução, dois nomes do rock norte-americano, Grateful Dead e Allman Brothers Band, lançaram então o modelo para as futuras gerações de jam bands. Os discos de estúdio não eram lá tão festejados, mas os registros ao vivo viravam febre e uma espécie de culto passou a acontecer nas apresentações dessas duas bandas. Aqui estão dez álbuns contendo jams, lançados bem antes da explosão das jam bands, mas que serviram de cartilha para as gerações seguintes.

Grape Jam (Columbia, 1968)
MOBY GRAPE

Originalmente, este álbum era um presente, ofertado a quem adquirisse o segundo disco do Moby Grape, chamado Wow. Somente na Alemanha, saiu como um disco duplo: Wow/Grape Jam. Essas cinco jams registradas livremente em estúdio foram lançadas antes mesmo de Super Session, e, não por mera coincidência, tanto Al Kooper como Mike Bloomfield participam de Grape Jam tocando piano. Mas os holofotes estavam virados para os integrantes do Grape, todos músicos de primeira: Bob Mosley, Skip Spence, Don Stevenson e Jerry Miller, este último literalmente brincando com a sua guitarra pelo álbum. Relaxado, o grupo apenas apertou o play e registrou tudo. Falta rumo e inspiração, mas não competência. Apenas bons músicos jogando conversa fora. Ouça “Never” e descubra de onde o Zeppelin sacou sua “Since I´ve Been Loving You”.

Super Session (Columbia, 1968)
MIKE BLOOMFIELD / AL KOOPER / STEPHEN STILLS

Al Kooper sempre foi um ávido e experiente entusiasta de improvisos e sessões musicais livres. Assim, resolveu registrar um novo trabalho, que num lado contaria com o maior guitarrista branco do blues americano, Mike Bloomfield, e no outro lado com Stephen Stills. Não que tudo havia sido calculado daquela forma, mas a necessidade falou mais alto: Bloomfield se mandou e não conseguiu finalizar o disco. Foi aí, então, que Kooper ligou para Stills e resolveu tudo rapidamente. O intuito de Kooper foi se divertir em estúdio, com músicos, que assim como ele, estavam desempregados de suas grandes bandas. Assim, eles estariam livres das pressões dos grandes selos, dos produtores e dos executivos. Ironicamente, criaram não só um disco que foi um sucesso como também um novo termo musical: Super Session.

Live/Dead (Warner, 1969)
GRATEFUL DEAD

Não é o melhor disco ao vivo do Grateful Dead, mas foi a primeira gravação estendida oficial de um concerto do grupo pai das jam bands. Mais que isso, foi também neste álbum que os deadheads conheceram o seu hino #1, “Dark Star”, que toma conta do primeiro lado inteiro do LP, com seus 23 minutos. Os paradigmas do formato “canção pop” vem abaixo durante os quatro lados experimentais, registrados no Fillmore West, que representam de maneira fidedigna o show da banda em 1969. Com Live/Dead o pioneiro Grateful Dead solucionou o enigma de como trazer para a sala do ouvinte casual a longa experiência de presenciar o conjunto ao vivo. Foi um ato sem dúvida visionário, que até hoje faz sentido dentro do mercado fonográfico, mostrando que o disco pode ser legal, mas o show é que é realmente imperdível.

Trip In The Country (Polydor, 1970)
AREA CODE 615

615 é o DDD de Nashville e o Area Code foi um supergrupo local formado pela nata dos músicos de estúdio da crucial cidade da música norte-americana: Charlie McCoy, Mac Gayden, Weldon Myrick, Kenny Buttrey, Bobby Thompson, Wayne Moss, Buddy Spicher, Norbert Putnam e David Briggs. Lançaram apenas dois álbuns que, juntos, criaram uma espécie de cartilha do country fusion, com muitos improvisos virtuosos. Trip In The Country foi o segundo deles e fez muito sucesso no Reino Unido, já que a canção “Stone Fox Chase” foi escolhida como tema de abertura do programa The Old Grey Whistle Test. Infelizmente, nos EUA o grupo não decolou; somente os mais inteirados sabiam da existência da banda, que se apresentava no Fillmore geralmente para poucos felizardos. Wayne Moss fundaria na sequência o Barefoot Jerry.

https://youtu.be/o0RBDFr9aGw

At Fillmore East (Capricorn, 1971)
THE ALLMAN BROTHERS BAND

Se Jerry Garcia é o rei das jam bands, Duane Allman pode ser o príncipe e este aqui é o seu ápice em disco. Canções como “In Memory of Elizabeth Reed”, “Whipping Post” e “Mountain Jam” tomavam conta de boa parte dos shows dos Allmans onde as jams rolavam livres e soltas. Duane passeava com seus solos em companhia de Dickey Betts e isso virou marca registrada da cena. Produzido e registrado por Tom Dowd, o álbum duplo se tornou referência quando o assunto é álbum ao vivo. A versão original de 1971 contém sete músicas em quatro lados, mas At Fillmore East já foi relançado em formato expandido por diversas vezes. Na mais recente delas, se transformou num luxuoso box de seis CDs. Esteticamente, historicamente e culturalmente, é um marco da música norte-americana, como alegou a Library of Congress, em 2004.

Live! At The Spring Crater Celebration Diamond Head, Oahu, Hawaii (Volcano 1972)
COSMIC TRAVELERS

Este obscuro grupo lançou somente este álbum, registrado ao vivo em 1972, na cratera do vulcão havaiano Diamond Head. O quarteto era experiente, pois seus integrantes haviam tocado com Otis Redding, Etta James, Paul Revere, Lee Michaels etc. Juntos, conversavam musicalmente de maneira explosiva e telepática, o que fica evidente nos seis temas do disco. O guitarrista Drake Levin pode abusar um pouco além da conta com o seu wah-wah, mas o ritmo contagiante da cozinha e os vocais do pessoal compensam. A gravação leva o ouvinte para o lado do palco e a sonoridade desses viajantes cósmicos bebeu na fonte de nomes como James Gang, Deep Purple, Chambers Brothers e Sly Stone. Este LP virou uma raridade, mas foi relançado recentemente, tendo sua bela capa reproduzida em toda a sua glória.

Jamming with Edward! (Rolling Stones, 1972)
THE ROLLING STONES

Quando os Stones resolveram tornar públicas suas jams em estúdio, a coisa ficou séria. Passou a ser legal conferir o que seus astros aprontavam nos confinamentos criativos de um estúdio de gravação. Nos EUA, este álbum completamente desleixado chegou até a figurar nas paradas de sucesso da Billboard. Jamming with Edward! saiu somente em 1972, mas foi registrado em 1969, durante as sessões de Let It Bleed, no Olympic Studio londrino. Para a festa, vieram Mick Jagger, Charlie Watts, Bill Wyman, Nicky Hopkins (o “Edward” do título) e Ry Cooder – todos entediados, esperando o aparecimento de Keith Richards no estúdio para que as gravações “oficiais” pudessem começar. O resultado é frouxo, incorreto, negligente, indefinido e, por tudo isso, muito agradável de escutar.

Bobby Keys (Warner, 1972)
BOBBY KEYS

Ele não participou de Jamming with Edward!, mas sua presença sempre foi fundamental nas jams dos Stones do início dos anos 70 pra frente. Em 1972, Bobby lançou seu primeiro LP solo, recheado de jams, onde inseria seus sopros por cima de atuações inspiradas de ilustres amigos. Muito querido da alta classe do rock britânico, todos queriam participar do álbum de Bobby Keys. A lista de convidados é impressionante: Jack Bruce, Jim Gordon, George Harrison, Leslie West, Nicky Hopkins, Corky Laing, Dave Mason, Felix Pappalardi, Carl Radle, Ringo Starr, Klaus Voorman e outros. O álbum foi lançado somente na Inglaterra e na Alemanha e ficou por décadas esquecido, fora de catálogo, sendo relançado apenas recentemente. Com a morte de Keys, no fim do ano passado, essa é a melhor hora para celebrar esse grande músico e cair de ouvidos em suas jams.

The Cosmic Jokers (Kosmische Musik, 1974)‎
THE COSMIC JOKERS

É importante ressaltar que apesar das jam bands serem fruto de um fenômeno tipicamente pertencente ao rock norte-americano, a atitude de registrar uma sessão livre de música improvisada em estúdio aconteceu no mundo todo e veio originalmente do jazz. Na Europa esse conceito também ganhou muitos adeptos, principalmente na Alemanha. Foi lá que o visionário produtor/agitador Rolf- Ulrich Kaiser resolveu celebrar música, arte, diversão e LSD de uma forma ímpar, convidando seus amigos para informais experimentos em estúdio, com o gravador rolando o tempo todo. Assim surgiu o Cosmic Jokers, projeto que lançou cinco discos naquele ano de 1974. Este foi o primeiro deles e é considerado o Bitches Brew do Krautrock, uma colagem espacial de improvisos e texturas sonoras influenciadas pelo Ash Ra Tempel e por Timothy Leary.

https://youtu.be/tyAoZcVuzcY

Shut Up ‘N Play Yer Guitar (B. Pumpkin 1981)
FRANK ZAPPA

Quem mais poderia lançar três discos recheados de solos de guitarra registrados ao vivo? Zappa pode ser lembrado pelo grande público apenas como um piadista irreverente, mas seus apreciadores sabem que ele foi um dos maiores guitarristas que já pisou no planeta. Tudo foi registrado ao vivo entre os anos 1976-1980; muitos dos temas são solos extraídos de determinadas canções. Por exemplo, três temas surgiram de improvisos durante o solo de “Inca Roads”. A única exceção é a última faixa, “Canard Du Jour”, um improviso de estúdio com Jean Luc Ponty, registrado em 1972. Essa série de três discos foi lançada separada, mas depois reunida num só box. Para quem deseja se aprofundar mais nos solos de Zappa, o álbum duplo Guitar (1988), também é recomendadíssimo.

Artigo originalmente publicado na pZ 58

“Time Of The Season” – The Zombies

O hit póstumo que definiu a psicodelia britânica dos anos 60, graças a Al Kooper

por Bento Araujo     17 mar 2015

zombies fr4037153Foi em março de 1967 que o mundo dos Zombies desabou de vez… De volta de uma grande excursão pelas Filipinas, onde tocaram para mais de 30 mil fãs em uma única semana, a banda estava literalmente “quebrada”. Com poucas libras no bolso, os integrantes, completamente desiludidos, queriam saber de outros projetos… O vocalista Colin Blunstone, por exemplo, nem sequer dormia mais só de pensar de ter que voltar a tocar no circuito de pubs e Universidades em troca de cerveja e ainda ter que dirigir a van do grupo e dar uma de tour manager. Para ele, lugar de zumbi era enterrado debaixo da terra…

Quem também não via a hora de cair fora era o recém casado guitarrista Paul Atkinson, que precisava agora pagar as contas que surgiam com o matrimônio. Depois de uma reunião entre o grupo, na casa do baixista Chris White, ficou acertado que acabariam mesmo com tudo, mas antes gravariam mais um disco como despedida.

Durante três semanas do verão de 1967 a banda alugou um salão, onde ensaiaram com muito esmero o novo material. As gravações aconteceram em Abbey Road, com produção de Argent e White, cansados de sofrer na mão de produtores insensíveis. Num mar de azar e prejuízo os Zombies pelo menos tiveram sorte por gravar nas renomadas salas do Abbey Road, aliás eles foram a primeira banda que não era contratada da EMI a gravar no local. Isso ainda consequentemente refletiu num fundamental detalhe: quem seria o engenheiro de som dos rapazes era Geoff Emerick, o renomado engenheiro que trabalhava com os Beatles.

Apesar do clima desolador, as gravações do que viria a ser a obra-prima Odessey And Oracle aconteceram normalmente. Apenas numa das sessões aconteceu algo engraçado: o staff do estúdio sempre foi super rigoroso com os horários das gravações. O pessoal dos Zombies se excedeu em alguns minutos numa ocasião específica, mas isso não foi desculpa para alguns funcionários retirarem o piano do estúdio enquanto Rod Argent estava sentado no mesmo… Sendo um excelente grupo vocal, os Zombies continuaram fazendo música mesmo sem piano e com os funcionários desmontando tudo o que viam pela frente.

A última canção a ser composta para aquelas sessões de gravação foi “Time Of The Season”, um blend hipnótico e sexy repleto de vocais sussurrados, quebras de tempo, teclados jazzísticos e uma linha de baixo caliente. Segundo Rod Argent, a música é uma herança de outros temas como “She’s Not There” e “Summertime”. Já a letra reflete uma certa riqueza espiritual, ao invés da material. Influência direta de Beatles em “Baby You’re A Rich Man”.

“Time Of The Season” é a última faixa de Odessey And Oracle e seu terceiro single. Tanto o compacto como o álbum falharam miseravelmente na Inglaterra, tendo crítica e público tratando o grupo com completa indiferença. Nesse amargo panorama a banda encerrou suas atividades assim que o disco chegou às prateleiras. Rod Argent tratou de fazer audições com músicos para sua nova banda; Chris White de início também se animou com a idéia de Argent. Grundy e Atkinson sumiram completamente e Colin Blunstone foi ser corretor de seguros…

E a vida dos zumbis ia rolando nesse pique letárgico, até que, no início do ano seguinte (1968), Al Kooper estava de férias em Londres e lá comprou cerca de 40 LPs de grupos ingleses, em sua maioria, lançamentos que não chegavam ao outro lado do Atlântico. Dentre esse baú de LPs que cruzou o oceano estava Odessey And Oracle, e a faixa que deixou Kooper completamente ensandecido era “Time Of The Season”.

No primeiro dia em seu novo trabalho, Kooper, agora um staff producer da Columbia Records, chegou intimando seu chefe, o temível Clive Davis. Kooper sugeriu que o selo comprasse os direitos daquele disco e o lançasse nos EUA, pois tinha certeza que seria um sucesso estrondoso. Davis não estava colocando muita fé em seu novo funcionário e pensou em deixar tudo de lado num primeiro momento. Depois de mais pedidos insistentes de Kooper, Davis lançou o disco pela subsidiária Date Records, e pediu para que o próprio Kooper contasse a história de como achou tal álbum por suas andanças londrinas através de um texto estampado na contra-capa da edição ianque da bolacha. De início o lançamento não deu em nada, pois o selo não promoveu o disco e pra piorar lançou dois singles mal escolhidos. Só na terceira tacada é que seguiram o conselho de Kooper e lançaram “Time Of The Season” como single, um tremendo estouro em fevereiro de 1969, chegando na segunda colocação das paradas.

Fazia um ano que o grupo não existia mais e agora eles vendiam dois milhões de cópias mundo afora. Haja azar!

Promotores norte-americanos não quiseram nem saber e trataram de capitalizar pra cima do sucesso da banda britânica, colocando na estrada sem o menor pudor, músicos impostores e oportunistas usando o nome “The Zombies”. Isso rendeu muita confusão pelos EUA em 1969…

Já a banda original (menos Atkinson, que morreu) voltou em 2008 para tocar pela primeira vez Odessey And Oracle nos palcos e desfrutar um pouco do sucesso “póstumo” do álbum, que cada vez mais conquista ardorosos novos fãs. Um excelente DVD desse show também foi lançado.

Escrita por Rod Argent

Execução: Rod Argent,
Paul Atkinson, Colin Blunstone, Hugh Grundy e Chris White

Produção de Rod Argent e Chris White

Lançada como single em:
abril ‘68 / fevereiro ‘69

Uk chart: nenhum

US chart: #2

Disponível no disco:
Odessey And Oracle, Columbia

Artigo originalmente publicado na pZ 27

pZ 58

Aeroblus, The Nice, Zior, Trust, Graham Nash, Edy Star, Necro, Marvin Gaye, discos de jams etc.

por Bento Araujo     02 fev 2015

AEROBLUS
O único disco lançado pelo Aeroblus, em 1977, foi um marco do rock dos anos 70 – abrindo caminho para uma série de bandas pesadas do rock latino-americano. Foi também o elo entre o rock argentino e brasileiro do período, já que a banda contava com dois argentinos (Pappo e Alejandro Medina) e um brasileiro (Rolando Castello Junior). Junior e Medina nos ajudaram a contar a intensa e turbulenta trajetória do Aeroblus. Inclui fotos raras, memorabilia do período, detalhes sobre o novo disco da banda (recheado de raridades da época) e um artigo sobre as passagens do guitar hero argentino Pappo pelo Brasil.

THE NICE
A estreia do The Nice em vinil mostrou ao mundo um novo estilo de fazer rock, mesclando a música jovem do período com a erudição de seus integrantes, dentre eles o tecladista Keith Emerson, que anos depois fundaria o Emerson Lake & Palmer. Mas as primeiras sementes do que viria a ser o rock progressivo foram plantadas em 1967, com The Thoughts Of Emerlist Davjack.

NAPOLEON MURPHY BROCK
Ele atendeu a pZ pessoalmente para um longo e descontraído papo, numa chuvosa tarde de verão, em meio a uma feijoada e cerveja gelada. Napoleon veio ao Brasil fazer duas concorridas apresentações com a banda Let’s Zappalin’, liderada pelo guitarrista Rainer Tankred Pappon, ex-integrante da The Central Scrutinizer Band. O ex-vocalista, saxofonista, dançarino e divertidíssimo frontman dos Mothers (of Invention), de Frank Zappa, participou das gravações de discos emblemáticos como Roxy & Elsewhere, One Size Fits All, Bongo Fury, Apostrophe (‘), Zoot Allures, Sheik Yerbouti, Them or Us e Thing-Fish e contou histórias reveladoras nesta entrevista exclusiva.

ZIOR
De uns anos pra cá, os fãs de heavy metal passaram a buscar as origens de seu tão amado gênero de preferência. Riffs neolíticos, visual tenebroso e a famigerada temática satânica. Essa combinação tão festejada teve sua origem em finais dos anos 60 dentro do rock. Black Sabbath, Black Widow e Coven são nomes cultuados dentro dessa seara, mas os britânicos do Zior continuam, inexplicavelmente, fora desse culto. Aqui está a história completa da banda, incluindo um especial sobre o selo Nepentha, que lançou o Zior na época.

EDY STAR
Único integrante vivo da Sociedade da Grã-Ordem Kavernista, o glamouroso e indomável Edy Star atendeu a pZ para um memorável bate-papo. A partir deste encontro, passamos para o papel a trajetória do artista, que, em 1974, lançou seu clássico álbum Sweet Edy…

GRAHAM NASH
O nosso pZ Hero desta edição é um músico capaz de fazer parte do que de melhor existe no pop e rock inglês e americano, com identidade diversificada, mas sempre inconfundível em sua voz de tenor. Graham Nash é um desses artistas que mostram que o rock também pode ter sintonia fina.

TRUST
No universo do rock pesado, o Trust sempre foi mencionado graças a sua associação direta com três nomes: AC/DC, Iron Maiden e Anthrax. Servindo de parceria, ou influência, o Trust marcou quem viveu o rock do início dos anos 80. Nem a barreira da língua foi capaz de prevenir o sucesso do grupo francês em todo o mundo. No Brasil, por exemplo, as cópias importadas de seus elepês eram disputadas no braço. O artigo inclui discografia básica selecionada e fotos raras do período.

DISCOS DE JAMS
Dois nomes do rock norte-americano, Grateful Dead e Allman Brothers Band, lançaram o modelo para as futuras gerações de jam bands. Os discos de estúdio não eram lá tão festejados, mas os registros ao vivo viravam febre e uma espécie de culto passou a acontecer nas apresentações dessas duas bandas. Neste especial selecionamos dez álbuns contendo jams, lançados bem antes da explosão das jam bands dos anos 90, mas que serviram de cartilha para as gerações seguintes. Estrelando: Grateful Dead, Allman Brothers Band, Al Kooper, Moby Grape, Stones, Zappa, Area Code 615, Cosmic Travellers, Cosmic Jokers etc.

PÉROLAS ESCONDIDAS
Climax, The Unfolding, Cai, Burnin Red Ivanhoe, Country Weather e Perigeo.

E MAIS:
Joe Cocker, Necro, Vento Motivo, Bobby Keys, Ronnie Self, Demis Roussos, Os Depira, Edgar Froese, Lincoln Olivetti, Marvin Gaye, Kim Fowley, Gil & Gal, Radio Birdman, Gryphon, Patrulha do Espaço, The Standells etc.

Super Session em Hi-Fi

Al Kooper, Stephen Stills e Mike Bloomfield soando como nunca

por Bento Araujo     31 jul 2014

Super SessionO álbum Super Session (1968) foi remixado em 5.1 e será lançado em SACD.

Você irá escutar na mais pura e alta fidelidade as jams entre Al Kooper, Stephen Stills, Mike Bloomfield, Barry Goldberg e ‘Fast’ Eddie Hoh.

O novo mix foi obra do próprio Kooper, que ainda escreveu as liner notes dessa edição, a ser lançada em breve pelo selo Audio Fidelity.

Veja mais sobre o relançamento no site da Audio Fidelity.